domingo, 16 de fevereiro de 2014

CARNAVAL DE SALÃO - CRÔNICA DE UMA VOLTA ANUNCIADA




Com a falência das micaretas, com o cansaço da música baiana, com a descarnavalização  dos grandes pólos e com a violência desenfreada que assola as cidades brasileiras, está cada vez mais, anunciada a volta dos carnavais de salão.

Uma pálida visão, mas realista desse fato, é grande número de festivais de marchinhas, inclusive um da Rede Globo, o que fomenta as músicas de salão e consequentemente os bailes tradicionais.

Quem ganha com isso , além da população que quer brincar com segurança, conforto e tranqüilidade, são as cidades interioranas, principalmente aquelas que ainda preservam algum clube social.


O carnaval do Zé Pereira, aquele em que as fantasias brilhavam entre os mascarados, as colombinas, os pierrôs, os arlequins, os fofões, com confetes e serpentinas, está afinando a sua orquestra e redecorando o repertório cheio de Amélia, Aurora, Isabel Cristina, Ana e tantas outras musas do cancioneiro momesco.

Está de volta os desfiles de reis momos, de rainhas, de princesas, de musas, os concursos de fantasias, as visitas dos blocos. Está de volta o carnaval privado, com suas bandas com naipes de metais, tocando as velhas marchinhas e fazendo o povo rodar no salão.


A saudade do passado, ou melhor, a necessidade do passado, está mexendo com o imaginário popular e os foliões que se preparem, pois os clubes, estão para viver os velhos momentos em um novo tempo. Pena que os clubes de bacabal não pertencem mais aos sócios. Mas aí, é outra história.


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