terça-feira, 29 de julho de 2014

EX-PRESIDENTE NEGA DESVIO DE R$ 16 MILHÕES NA CRUZ VERMELHA





O ex-presidente da Cruz Vermelha Brasileira (CVB) Walmir Moreira Serra Júnior negou que a entidade tenha desviado recursos na ordem de R$ 16 milhões, durante a sua gestão, de 2010 a 2012, arrecadados para campanhas humanitárias, conforme apontou uma auditoria realizada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha. Segundo mostraram as investigações, o montante foi repassado irregularmente para a organização não-governamental (ONG) denominada Instituto Humanus, com sede em São Luís. Os recursos seriam destinados para socorro das vítimas dos conflitos na Somália; do tsunami no Japão em 2011 e das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro.

Walmir Júnior afirmou que a entidade nacional não faz a gestão e repasse de recursos, cabendo apenas as filiais a realização dessas atividades. O ex-presidente da CVB afirmou ainda que não teve acesso ao resultado da auditoria e que tomou conhecimento do caso por meio da impressa.

"O órgão central não faz gestão de recursos porque não pode ter conta bancária e não pode administrar o seu próprio patrimônio, que está bloqueado judicialmente. A minha administração não desviou recursos porque não recebeu esses recursos", disse o ex-presidente.

Ele afirmou ainda que as filiais da Cruz Vermelha nos estados e municípios têm autonomia, de acordo com o estatuto da entidade, para fazer a gestão da verba que recebem por meio das doações. O Estado procurou a filial da Cruz Vermelha no Maranhão, mas ninguém foi localizado para falar sobre o assunto.

Desvio - A Cruz Vermelha Brasileira está sendo acusada de ter desviado irregularmente recursos arrecadados em campanhas humanitárias, conforme mostrou uma auditoria feita pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, com sede em Genebra, na Suíça. De acordo com as investigações, o Instituto Humanus foi acusado de receber indevidamente, entre os anos 2010 e 2012, cerca de R$ 16 milhões da Cruz Vermelha, oriundos de verbas que seriam utilizadas para o socorro das vítimas dos conflitos na Somália, do tsunami no Japão em 2011, e das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro.

O dinheiro, conforme a auditoria, foi repassado à organização não-governamental Humanus, que pertenceria - à época dos repasses - à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha, Ânderson Marcelo Choucino.

A auditoria conduzida pela empresa inglesa Moore e Stephens concluiu que os desvios estão concentrados quase exclusivamente nas filiais da Cruz Vermelha do Maranhão, Petrópolis (RJ) e Ceará. No total, foram encontrados gastos sem comprovação e movimentações suspeitas na ordem de R$ 25 milhões. Os recursos públicos e de doações deveriam ter sido empregados em projetos conduzidos pelas filiais entre 2010 e 2012 ou entregues a vítimas de catástrofes.

Providências - A Cruz Vermelha Brasileira já entregou o resultado da auditoria para o Ministério da Justiça e irá protocolar pedido de providencias judiciais nos ministérios públicos federal e estaduais. A direção da entidade pedirá punição aos gestores dessas filiais a época em que ocorreram os desvios. A Cruz Vermelha também estuda medidas judiciais que visem à reparação pelos danos causados a imagem da instituição perante a opinião pública.

A entidade informou ainda, por meio de nota, que pretende devolver o dinheiro desviado aos doadores Além disso, a Federação Internacional da Cruz Vermelha deve enviar no mês de setembro para o Brasil uma comissão de crise, formada por representantes de vários países, para acompanhar as investigações sobre o desvio de verbas da entidade.

Além de apontar o suposto desvio financeiro, a auditoria contratada pela Cruz Vermelha apresentou um plano de recuperação das contas da entidade, que confirmou que vai colocar em prática todas as recomendações do relatório.

Mais

Em sua coluna no dia 12 de agosto de 2012, na Veja, o jornalista Ricardo Setti, levantava suspeitas sobre o destino dos recursos doados a Cruz Vermelha Brasileira " que não foram aplicados como pensam os incautos beneméritos".

Trecho da coluna: " A Cruz Vermelha Brasileira organizou três grandes campanhas nacionais de arrecadação - uma para as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35 mil desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no norte do Japão.

Os recursos arrecadados nessas campanhas, com toda a certeza, não foram aplicados em nenhum daqueles locais. Nem um único centavo chegou a quem precisava. Nos três casos, as doações foram encaminhadas para contas bancárias da entidade no Banco do Brasil em São Luís, no Maranhão.


Por que no Maranhão? Não se sabe, mas se suspeita: 1) porque o presidente nacional da Cruz Vermelha, Walmir Moreira Serra Júnior, mora lá; e 2) porque justamente sua irmã, Carmen Serra, é quem comanda a filial da Cruz Vermelha maranhense. Sob os argumentos mais diversos, os irmãos Serra passaram a manter as contas sob sigilo, e nem o alto escalão da entidade tem informações sobre o montante depositado ou sobre as movimentações".

2 comentários:

  1. eu fui enganado por esse cidadão ai o tal de walmir de jesus morreira serra junior, ele pegou o meu dinheiro em uma posta causa e sumiu com o meu dinheiuro e nao se habilitou em meu processo deixando arquivar o meu processo. eu fui ate a oab representei contra o mesmo, foi marcada uma audiencia no conselho de etica por fim o meu advogado que eu tive que contratar acompanhou o causo, ganhou a tal situaçao nesse dia cabia o recurso, mais uma semana eu liguei para la, simplesmente foi anulada a tal audiencia alegação falta de membros do conselho ou seja eu descobrir que ele tem influencia na casa e tenta travar as coisas por la de qualquer jeito.

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