O ex-presidente da Cruz Vermelha
Brasileira (CVB) Walmir Moreira Serra Júnior negou que a entidade tenha
desviado recursos na ordem de R$ 16 milhões, durante a sua gestão, de 2010 a
2012, arrecadados para campanhas humanitárias, conforme apontou uma auditoria
realizada pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha. Segundo
mostraram as investigações, o montante foi repassado irregularmente para a
organização não-governamental (ONG) denominada Instituto Humanus, com sede em
São Luís. Os recursos seriam destinados para socorro das vítimas dos conflitos
na Somália; do tsunami no Japão em 2011 e das enchentes na região serrana do
Rio de Janeiro.
Walmir Júnior afirmou que a entidade
nacional não faz a gestão e repasse de recursos, cabendo apenas as filiais a
realização dessas atividades. O ex-presidente da CVB afirmou ainda que não teve
acesso ao resultado da auditoria e que tomou conhecimento do caso por meio da
impressa.
"O órgão central não faz gestão de
recursos porque não pode ter conta bancária e não pode administrar o seu
próprio patrimônio, que está bloqueado judicialmente. A minha administração não
desviou recursos porque não recebeu esses recursos", disse o
ex-presidente.
Ele afirmou ainda que as filiais da
Cruz Vermelha nos estados e municípios têm autonomia, de acordo com o estatuto
da entidade, para fazer a gestão da verba que recebem por meio das doações. O
Estado procurou a filial da Cruz Vermelha no Maranhão, mas ninguém foi
localizado para falar sobre o assunto.
Desvio - A Cruz Vermelha Brasileira
está sendo acusada de ter desviado irregularmente recursos arrecadados em
campanhas humanitárias, conforme mostrou uma auditoria feita pela Federação
Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha, com sede em Genebra, na Suíça.
De acordo com as investigações, o Instituto Humanus foi acusado de receber indevidamente,
entre os anos 2010 e 2012, cerca de R$ 16 milhões da Cruz Vermelha, oriundos de
verbas que seriam utilizadas para o socorro das vítimas dos conflitos na
Somália, do tsunami no Japão em 2011, e das enchentes na região serrana do Rio
de Janeiro.
O dinheiro, conforme a auditoria, foi
repassado à organização não-governamental Humanus, que pertenceria - à época
dos repasses - à mãe do vice-presidente da Cruz Vermelha, Ânderson Marcelo
Choucino.
A auditoria conduzida pela empresa
inglesa Moore e Stephens concluiu que os desvios estão concentrados quase
exclusivamente nas filiais da Cruz Vermelha do Maranhão, Petrópolis (RJ) e
Ceará. No total, foram encontrados gastos sem comprovação e movimentações
suspeitas na ordem de R$ 25 milhões. Os recursos públicos e de doações deveriam
ter sido empregados em projetos conduzidos pelas filiais entre 2010 e 2012 ou
entregues a vítimas de catástrofes.
Providências - A Cruz Vermelha
Brasileira já entregou o resultado da auditoria para o Ministério da Justiça e
irá protocolar pedido de providencias judiciais nos ministérios públicos
federal e estaduais. A direção da entidade pedirá punição aos gestores dessas
filiais a época em que ocorreram os desvios. A Cruz Vermelha também estuda
medidas judiciais que visem à reparação pelos danos causados a imagem da
instituição perante a opinião pública.
A entidade informou ainda, por meio de
nota, que pretende devolver o dinheiro desviado aos doadores Além disso, a
Federação Internacional da Cruz Vermelha deve enviar no mês de setembro para o
Brasil uma comissão de crise, formada por representantes de vários países, para
acompanhar as investigações sobre o desvio de verbas da entidade.
Além de apontar o suposto desvio
financeiro, a auditoria contratada pela Cruz Vermelha apresentou um plano de
recuperação das contas da entidade, que confirmou que vai colocar em prática
todas as recomendações do relatório.
Mais
Em sua coluna no dia 12 de agosto de
2012, na Veja, o jornalista Ricardo Setti, levantava suspeitas sobre o destino
dos recursos doados a Cruz Vermelha Brasileira " que não foram aplicados
como pensam os incautos beneméritos".
Trecho da coluna: " A Cruz Vermelha
Brasileira organizou três grandes campanhas nacionais de arrecadação - uma para
as vítimas dos deslizamentos na região serrana fluminense, que deixaram 35 mil
desabrigados; outra para a Somália, país africano faminto e devastado por
guerras civis; e mais uma para a tragédia do terremoto seguido de tsunami no
norte do Japão.
Os recursos arrecadados nessas
campanhas, com toda a certeza, não foram aplicados em nenhum daqueles locais.
Nem um único centavo chegou a quem precisava. Nos três casos, as doações foram
encaminhadas para contas bancárias da entidade no Banco do Brasil em São Luís,
no Maranhão.
Por que no Maranhão? Não se sabe, mas
se suspeita: 1) porque o presidente nacional da Cruz Vermelha, Walmir Moreira
Serra Júnior, mora lá; e 2) porque justamente sua irmã, Carmen Serra, é quem
comanda a filial da Cruz Vermelha maranhense. Sob os argumentos mais diversos,
os irmãos Serra passaram a manter as contas sob sigilo, e nem o alto escalão da
entidade tem informações sobre o montante depositado ou sobre as
movimentações".
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluireu fui enganado por esse cidadão ai o tal de walmir de jesus morreira serra junior, ele pegou o meu dinheiro em uma posta causa e sumiu com o meu dinheiuro e nao se habilitou em meu processo deixando arquivar o meu processo. eu fui ate a oab representei contra o mesmo, foi marcada uma audiencia no conselho de etica por fim o meu advogado que eu tive que contratar acompanhou o causo, ganhou a tal situaçao nesse dia cabia o recurso, mais uma semana eu liguei para la, simplesmente foi anulada a tal audiencia alegação falta de membros do conselho ou seja eu descobrir que ele tem influencia na casa e tenta travar as coisas por la de qualquer jeito.
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