A
Rede Sustentabilidade se reuniu na noite de quarta-feira em São Paulo e
recomendou o voto em Aécio Neves (PSDB), branco ou nulo para o segundo turno
das eleições, no dia 26 de outubro.
'A síntese é que a
mudança simboliza hoje o voto em Aécio, em branco ou nulo. Seriam as três
posições que a Rede considera adequada ao processo de mudança que o Brasil
precisa realizar', declarou a jornalistas o porta-voz Walter Feldman.
O grupo, que não
conseguiu o aval da Justiça Eleitoral como partido político para lançar a
candidatura de Marina Silva dentro do prazo, se reuniu até a madrugada desta
quinta-feira em São Paulo para definir uma posição.
Marina foi a terceira
mais votada nas eleições de domingo, com mais de 21% dos votos (cerca de 22
milhões de eleitores), atrás de Dilma Rousseff, a primeira, com 41,5%, e Aécio,
que obteve 33,5%.
Segundo Feldman, a
reunião demorou mais de quatro horas e contou com a participação de 120
integrantes do diretório da Rede Sustentabilidade e representantes de 80
municípios, muitos deles por de teleconferência.
A recomendação em
Aécio, esclareceu Feldman, não significa que a Rede aderirá imediatamente ao
programa de governo proposto pelo PSDB ou que esta também seja a posição de
Marina Silva, que avisou que só anunciaria seu apoio nesta quinta-feira.
'É um não a Dilma e
um 'se' a Aécio, mas com os pontos que destacamos. No documento que a Rede vai
a apresentar (ao PSDB), estarão bem claros os assuntos que o partido acredita
que devam ser debatidos', apontou, deixando aberta a possibilidade para uma possível
aliança.
Sobre a ex-candidata,
Feldman manifestou que 'Marina espera oficialmente que os partidos coligados
apresentem suas posições para só assim ela se pronunciar'. Além disso, disse
que a visita feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a Marina Silva
na quarta-feira foi um encontro de 'cortesia'.
'Eu não estava
presente, então, não sei qual foi a conversa deles', expressou o porta-voz.
A decisão foi tomada
horas depois que o PSB declarou oficialmente apoio a Aécio Neves, também sem
que a ex-candidata se pronunciasse sobre o assunto.
A decisão do partido
foi anunciada após uma reunião em Brasília, na qual 21 de 29 membros se
inclinaram a apoiar Aécio no segundo turno contra Dilma. O apoio do PSB se uniu
aos anúncios do PSV e do PV, feitos no mesmo dia.
Aécio já tinha
recebido o apoio formal do PPS, que no primeiro turno esteve na coalizão
'Unidos pelo Brasil', que apoiou a candidatura de Marina.
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