domingo, 30 de novembro de 2014

COLUNA DO DODÓ ALVES - VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL






VIOLÊNCIA E SEGURANÇA PÚBLICA NO BRASIL

 

Por Claudson A. Oliveira

       (Dodó Alves).

 

A violência como excesso de poder colabora para entender tanto a violência oficial, realizada pelos aparelhos do Estado, pelas polícias, bem como a violência entre indivíduos na sociedade, como o poder dos traficantes ou das milícias frente à população civil. Esse tipo de violência, assim, se constitui entre a relação assimétrica de poder.

 

Neste sentido se coloca em lados opostos indivíduos que se interagem pelo recurso da agressão moral e da força física. Nesse cenário, a relação social reforça preconceitos e discriminações, em vez de gerar alternativas para superar o problema da própria violência.

 

São sintomas da violência no processo Democrático: o principal dilema que vive a sociedade brasileira é o Brasil dento da democracia caracterizada pelo crescimento intenso da violência, particularmente dos crimes de sangue, a partir de meados dos anos 80 e 90, até os dias de hoje.

 

O processo Democrático enfrenta fatores da violência com base no  próprio ordenamento jurídico, como exemplo: o Direito Penal, que na interpretação de um bom advogado criminal,  visualiza a regra geral do direito penal a liberdade. Neste mesmo entendimento a sociedade assistiu do mesmo jeito e não consegue entender, o indivíduo tira a vida do outro e responde o crime em liberdade.

 

Desta maneira, deixamos o direito penal à parte e vamos aos fatores da violência no processo Democrático - fatores socioeconômicos que relacionam a pobreza, as desigualdades e as heranças dos períodos de recessão econômica, que viveu o Brasil e diversos planos econômicos contra a inflação e imposições do FMI.

 

Outros fatores institucionais relacionados à insuficiência do Estado em atender às demandas sociais, juntamente com crise no modelo familiar e a perda do poder de influência do setor principalmente no socioeconômico e religioso.

Não muito distante aparece os fatores culturais como os relacionados à integração e, ou falta dela como a racial e a desordem moral exemplificando o declínio dos valores morais na sociedade.

 

Nos grandes centros urbanos a demografia urbana, exemplo do grande Rio de Janeiro a Cidade Maravilhosa, incapaz de suportar em termos de infraestrutura, o crescimento da taxa de natalidade, a migração e ocupação desordenada do solo urbano e o surgimento, como consequência, de aglomerados urbanos desprovidos de condições minimamente adequadas às demandas das pessoas.

 

O poder da grande Mídia e sua influência na produção do medo do crime e da Sensação de Insegurança, já exposto neste Blog e na sociedade, função da ênfase em crimes violentos.

 

Por fim os fatores da globalização mundial e a transnacionalização das relações ente países e regiões, incluindo o crime organizado, com a entrada de grande quantidade de drogas e armas de guerras jamais vistas e fabricada no Brasil advindo de países vizinhos.

 

Na legislação a Constituição brasileira no Título V, da Segurança Pública no art. 144, aduz que o dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

 

Neste diapasão muito difícil de compreender a responsabilidade dos Gestores da Violência e Segurança Pública no Brasil. Pergunto se você sabia que só a partir da constituição federal de 88, a segurança pública ganhou o sentido público, de ser algo que depende dos cidadãos, não é uma exclusiva da política de Estado?

 

Neste padrão praticamente decorre do processo de Democratização, antes desse período se tinha a Política de Segurança Nacional, que visava à defesa dos interesses do Estado do regime autoritário de 1964-1985, não à garantia de segurança da sociedade.

 

A questão proposta para que se dê solução a Segurança Pública, não pode ficar exclusiva aos institutos do Direito Penal e das pregações da justiça, particularmente, da justiça criminal, presídios e polícia.

 

Por fim, evidentemente, as soluções devem passar pelo fortalecimento da capacidade do Estado em gerir a violência, pela retomada da capacidade gerencial no âmbito das Políticas Públicas de Segurança, nos investimentos da Educação, na criação de empregos, na Assistência Social da Família necessitada. Como também um vasto planejamento que devem passar pelo alongamento dos pontos de contato das instituições públicas com a sociedade civil e com a produção acadêmica mais relevante à área.

 

E mais, estamos na hora de conhecermos no Maranhão, o verdadeiro sentido da Democracia, e o "Poder" que enseja nas suas instituições, já que passado 50 anos (cinquenta), só conhecermos os modelos ideológicos de dominação política da seguinte forma: Feudalismo (Poder paralelo) x Ditadura Militar Feudalismo x Ditadura Militar na transição a Democracia Feudalismo x Democracia em estado de privatização FHC Feudalismo x Socialismo Populista do PT (usa a Democracia como desface) e por último vamos assistir o Comunismo x Socialismo Populista do PT.

 

Em breve conclusão, vou prometer sempre ao finalizar a coluna Violência Segurança Pública no Brasil, relatar comentários de Ciências Políticas, afinal estamos todos inserido no mesmo processo. Que Deus nos abençoe.

 

Abraços!

 

Abraços! 

Referências Bibliográficas:

ROCHA, Alexandre, Violência e Segurança Pública no Brasil.

ADORNO, Sérgio, Entrevista com Sérgio Adorno.

WIEVIORKA, Michel, O Novo Paradigma da Violência.

SOUZA, Luiz Antônio Francisco, Políticas Públicas e a área da segurança no Brasil. Debate em torno de um novo paradigma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário