A
presidenta da Petrobras, Graça Foster, anunciou na tarde de ontem, segunda-feira (17) a
criação da Diretoria de Governança, como parte das medidas para melhorar a
gestão da companhia. O órgão é uma das 66 medidas listadas pela estatal, que
tem dois ex-diretores entre os investigados pela Operação Lava Jato, da Polícia
Federal, por diversos crimes financeiros.
“Propusemos
ao Conselho de Administração (Consad), da Petrobras, que criássemos uma
diretoria de governança”, disse. Foster acrescentou que teve o apoio unânime do
conselho. Na avaliação de Graça, essa é a mais importante das 66 medidas de
adotadas.
A
presidenta da Petrobras disse que estuda medidas jurídicas para o ressarcimento
de “recursos desviados, eventuais sobrepreços e para o ressarcimento dos danos
à imagem da companhia”. Segundo as investigações da Polícia Federal indicam que
recursos a título de propina foram pagos a diretores e políticos por
empreiteiras, em troca de contratos com a petrolífera.
“Onde
houver prejuízo vamos buscar [ressarcimento desses prejuizos], para que haja
reforço no caixa da companhia”, frisou a executiva. “Temos sido bastante
cobrados, para buscar receber de volta aquilo que pagamos além do normal, do
previsto e do razoável”, frisou Graça Foster.
Por
causa das denúncias, a estatal não pode divulgar o balanço contábil, previsto
para a última sexta-feira (14). Nesta segunda-feira, a empresa revelou os dados
de produção.
Auditorias
externas foram contratadas para investigar o impacto de eventuais ilícitos
citados pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em
depoimento na Justiça. A companhia informou que vai requerer o acesso às
declarações.
A
companhia informou que contratou, por um ano, dois escritórios
de advocacia independentes especializados em investigações: o
TRW (Trench, Rossi e Watanabe Advogados), por R$ 6 milhões; e o Gibson,
Dunn & Crutcher LLP, por U$ 5 milhões.
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