sábado, 14 de fevereiro de 2015

DESFILE DOS BLOCOS TRADICIONAIS DO GRUPO B NÃO EMPOLGA




A noite de ontem na passarela  do samba em São Luis, foi destinada ao desfile dos blocos tradicionais da série B, trazendo para o popular, segunda divisão. A falta de critério, a falta de bom gosto, a ausência total de criatividade por parte das agremiações, é o reflexo da quase nenhuma notoriedade e no frigir dos ovos, pouquíssimas pessoas saíram de suas casas para ver aquele festival de feiúra, um numero inexpressivo de espectadores estiveram nas arquibancadas, pouco mais de cem pessoas.

Diante desse quadro, a Comissão do Carnaval junto com a Associação ou Liga dos Blocos Tradicionais, deveriam reunir e definir um critério para ser “Bloco Tradicional” e conseqüentemente formar mais uma ou duas séries, ou seja, uma terceira e quarta divisão.

A parte que coube a Prefeitura e a Func – Fundação Municipal de Cultura, foi cumprida na risca, conforto para os jurados, transporte, alimentação, assistência, para os blocos não foi diferente, toda a assistência e aparato para um bom desfile, som, passagem, avenida limpa e tudo mais. A organização é digna de uma nota 10.

O que tem que ser discutido, e urgente, repito, é a formação de pelo menos, um grupo “C” logo, com a ajuda financeira da Associação, da Prefeitura/Func, das leis de incentivo e de outras fontes patrocinadoras, fica confortável comprar uma peça de pano, vestir meia dúzia de pessoas e passar na avenida batendo tambor com a certeza de ano que vem tudo irá se repetir. É preciso que haja mais rigor e exigências para que a dignidade e o nome “Tradicional” seja respeitado no carnaval de São Luis. Quem viu o “bloco” Os Vingadores desfilar vestido de fofão, sabe que aquilo de tradicional nada tinha, era um autêntico bloco de sujo, literalmente sujo. 

Dos dezoito blocos que estavam selecionados para desfilar, seis não compareceram e que punição eles terão para o ano que vem? É preciso definir qual o número mínimo de brincantes para que possa concorrer, é preciso um julgamento rígido no quesito fantasia e é preciso também que se abra mais um item para julgamento, interpretação.

O dsigner Wilson Bozzó
Os sambas cantados ontem, muitos são dos mais renomados compositores da ilha como é o exemplo de Roberto Ricci, Walasse Godinho, Renato Dionizio, Coqueiro, Coronel Franklin, Vovô, Preto Jorge, Vicente Melo, Jailson Pereira, Jeová França, Marcilio Dias, Magno, Luzian Filho, Josias Filho, todos com destaq1ue na música popular produzida no Maranhão. Deixando de lado os compositores, seus intérpretes foram um fiasco, apenas três ou quatro seguraram a peteca, com destaque para Vovô que puxou os Trapalhões e entre os antagonismos que a noite reservou, o bloco Os Guerreiros apresentou o melhor samba e o melhor intérprete, mas pasmem, um samba imenso para um bloco mínimo. Outro destaque, para baixo, foi para o bloco Vinagreira Show que veio arrumadinho, com um bom samba do Roberto Ricci mas com um intérprete que não conseguiu afinar uma nota sequer durante o desfile.

Sobre fantasias, que se parecem demais, mudando só as cores, o premiado designer Wilson Bozzó, explicou que muitos carnavalescos de blocos, ainda estão naquela de que tradicional é a mesmice e por isso tem medo de ousar. “Esses donos de blocos se prendem ao termo e à dinâmica tradicional, preservam a estética do antigo, isso também acontece com alguns blocos do grupo “A”, diz Bozzó que já foi campeão por vários blocos usando materiais alternativos e fantasias diferentes.

Quatro Blocos subirão para a elite e desfilarão no ano que vem entre os grandes. A escolha vai ser muito difícil. Pobres jurados.



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