terça-feira, 6 de junho de 2017

ATLAS DA VIOLÊNCIA REVELA QUE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR É A MAIS VIOLENTA DO MARANHÃO


Policiais em um protesto, entre tantos na cidade de São José de Ribamar, por reclamação de falta de infraestrutura (Foto: Reprodução/ TV MIrante)
Com base no Atlas da Violência, levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a cidade mais violenta do Maranhão é São José de Ribamar. Em 2015, ano base da pesquisa, foram 159 homicídios e nove mortes violentas com causa indeterminada (MVCI) para uma cidade que fica na Região Metropolitana de São Luís e tem pouco mais de 174 mil habitantes. Assim, a taxa de homicídio gira em torno de 89,2% e a taxa de mortes violentas com causa indeterminada chega a 5,2%.

Segundo relatório, São Luís aparece no ranking das 30 cidades mais violentas. A capital ficou na 23ª posição com 758 homicídios e 36 mortes violentas com causa indeterminada. A população ludovicense supera 1 milhão de pessoas.

O município de São José de Ribamar possui um Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,708. A taxa de ocupação (pessoas economicamente ativas) é de pouco mais de 18 mil para uma cidade que passa dos 174 mil habitantes. O índice de pobreza é de 53,28%, de acordo com o censo de 2015. A cidade tem 1.601 professores que são distribuídos entre a pré-escola, ensinos médio e fundamental. O número de alunos nestas três etapas são 33.244 mil e os prédios que servem de escola são 248.

O ensino médio tem os menores números. São 248 professores para 3.768 mil alunos, que se concentram em 11 escolas. A população alfabetizada supera os 136 mil. A renda média por pessoa varia entre R$ 255 e R$ 320, considerando as diferenças entre moradores da zona rural e urbana.

São José de Ribamar é uma das cidades turísticas do estado e é reconhecida também por ter o santuário do padroeiro do Maranhão, que dá nome ao município. Entretanto tem problemas sérios com a infraestrutura, por exemplo. Nos últimos meses, uma série de manifestações foram realizadas em diversos bairros pelos mesmo motivo. Segurança, saúde e educação também já foram alvos de manifestações que bloquaram ruas e precisaram da presença policial.

SEGURANÇA

O batalhão da Polícia Militar responsável pela cidade é o 13º, comandado pelo tenente-coronel Alexandre Francisco. Contudo não só São José de Ribamar é missão do batalhão, mas também Paço do Lumiar e Raposa, que compõe a Região Metropolitana da capital. Na 1ª companhia de São José de Ribamar, são cerca de 66 policiais, na 2ª companhia em Paço do Lumiar são 52 policiais e na 3ª companhia da Raposa são 46 policiais.

Recentemente, em divulgação oficial, a Polícia Militar informou que as ações do 13º BPM, em Ribamar, foram intensificadas nas Vilas Campina, J. Câmara, Moropóia, Roseana Sarney, Vila São Raimundo e Vieira.

“Homens dos grupos Garra e Tático Móvel realizam diariamente rondas em toda a região. É mais uma ação presença da Polícia Militar. Com o policiamento de motocicletas nossas equipes tem mais mobilidade e podem agir com mais rapidez. Além da área urbana, o patrulhamento é voltado também para atender os locais mais afastados na zona rural”, disse ao site da própria PM o tenente-coronel Alexandre Francisco.

Nessas ações, as apreensões de arma branca são a maioria, contudo armas de fogo também são encontradas. Esses objetos são utilizados em diversos crimes, entre os quais homicídios.

São José de Ribamar também tem praias que atraem turistas, mas a presença de criminosos, inclusive com invasão de residências, tem registros toda semana. As principais praias do município são Panaquatira, Boa Vista e Juçatuba.

CASO DE REPERCUSSÃO

No dia 23 de maio de 2015, uma residência na Praia de Panaquatira foi invadida por seis bandidos armados e terminou com a morte de cinco pessoas no local. O fato ficou conhecido como a ‘Chacina de Panaquatira’.

Um grupo de amigos estava numa casa no residencial Ponta Verde, em Panaquatira, passando o fim de semana. Assim como esta residência, várias outras são locadas por temporada. Os criminosos perceberam a movimentação e invadiram o local para roubar as pessoas. O policial militar Max Müller Rodrigues de Carvalho estava no local e tentou evitar o assalto, na troca de tiros, o PM e outros quatro morreram no local, entre eles um dos assaltantes.

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