domingo, 17 de abril de 2022

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO


JULGAMENTO MORTE E RESSURREIÇÃO DO NOSSO ÚLTIMO REI

Judas sabia aonde Jesus e os outros discípulos iriam quando a ceia tivesse terminado, jardim das oliveiras, chamado Getsêmani, nas encostas das montanhas. Jesus, Pedro, Tiago e João caminharam juntos, atravessaram um riacho e ficaram ali. Disse Jesus: não vão embora, fiquem aqui comigo, meu coração está partindo de mágoa, tristeza e medo. Disse mais: vou me afastar só um pouquinho de vocês, vou orar, não saiam daqui. Os três companheiros podiam ver a aflição e a angústia de Jesus. Então Jesus orou dizendo: por favor, pai, não deixe que eu atravesse o terrível sofrimento que está por vir! Salve-me dele, se isso for possível. Mas acima de tudo, quero fazer o que agrada o senhor, e não o que eu quero. Apesar de Jesus precisar dos três amigos, eles estavam cansados, adormeceram. Jesus os acordou por duas vezes, mas logo que começava a orar eles cochilavam de novo. Então Jesus perguntou já um pouco irritado: será que vocês não podem ficar acordados comigo, nem mesmo por uma hora? Agora vocês devem acordar, eu vou ser preso. Vejam! Aí vem Judas, aquele que me entregou aos meus inimigos! Então os discípulos acordaram alarmados com as luzes das tochas dos soldados que iluminavam o jardim. Judas vinha na frente dos guardas dizendo: vejam se pegam o homem certo, não vão confundir. Por segurança, podem prender aquele que eu beijar. Aí Judas foi direto a jesus e disse: olá, mestre, tudo bem? Então ele abraçou Jesus longamente. Parecia que ele já estava se arrependendo logo ali. Às vezes fazemos coisas aparentemente certas, mas uma voz interior nos diz: isso está errado! Pois bem, Jesus ao ver Judas, perguntou com tristeza: Judas, meu amigo, por que você está aqui? Você me trai com um beijo? Nesse momento os guardas partiram para cima de Jesus e o agarraram. Essa história de traição é assim, quem nos trai são os nossos amigos, pois os inimigos moram longe. Pedro ficou muito furioso. Ele puxou a sua espada e atacou um dos soldados cortando a sua orelha.


Mas jesus imediatamente disse: guarde a sua espada, Pedro! Se eu quisesse ficar livre, podia chamar exércitos de anjos para lutarem por mim. Mas estou pronto para dar a minha vida, de acordo com o plano de Deus. Então Jesus tocou gentilmente na orelha do soldado e a reconstituiu. Os guardas levaram o prisioneiro, que não manifestou resistência. Jesus foi levado à casa de Caifás, o sumo sacerdote, a maior autoridade religiosa do reinado. Embora fosse noite, o conselho reuniu imediatamente para julgar Jesus. Queriam evitar problemas com as irritáveis multidões da Páscoa. Pedro e João seguiram Jesus de longe, pois poderiam ser presos também. Jesus foi colocado pelos soldados no Pátio da casa de Caifás. João se aproximou e entrou também no pátio da residência, pois ele conhecia alguns membros da casa. Pedro ficou esperando do lado de fora. Então João perguntou para uma mulher serva da casa: o meu amigo pode entrar também? Sim, porém a pessoa ficou olhando fixamente para Pedro, quando este se aproximava. Então ela perguntou a Pedro: você é um dos discípulos daquele homem? Respondeu Pedro: não, não sou, disse Pedro num misto de medo e indignação. Ele entrou e foi aquecer as mãos num braseiro que havia no meio do pátio. Um homem que estava ali o observou atentamente e perguntou: você pertence àquele bando? Respondeu, Pedro: eu nem sequer conheço esse homem! Em um canto do pátio um grupo de empregados cochichavam e olhavam fixamente para Pedro. Um deles gritou em voz alta: digam o que quiser, ele é um seguidor do prisioneiro. Qualquer um pode perceber que ele vem da Galileia, basta ouvir o seu sotaque nortista. Nessa hora Pedro descontrolou-se dizendo: não sei do que vocês estão falando, eu já disse que não o conheço. Nessa hora um galo cantou. Então Pedro se lembrou das palavras de Jesus: “antes que o galo cante, você dirá três vezes que não me conhece”. Na verdade, quando estamos sendo acusados de um crime, a maioria das pessoas se afastam de nós. Então Pedro olhou para Jesus rodeado de acusadores e enfrentando, sozinho, todas as acusações contra si. Jesus olhou para trás e viu Pedro. Porém, com muito amor, compreendeu a conduta do discípulo. É assim, para compreendermos as aflições das pessoas é preciso ter amor no coração. Era mais do que Pedro podia suportar. Ele não tinha estado à altura da pessoa que mais amava e em quem mais confiava. Ele saiu do pátio e foi chorar amargamente. Durante toda a noite Jesus ouviu do Conselho acusações falsas. Nenhuma das testemunhas que foram ouvidas disseram a mesma história. Não conseguiam provar nada contra Jesus. Já desesperado, o Caifás desafiou diretamente Jesus: diga-me sob juramento, você é o Messias, filho de Deus? Respondeu jesus: sim, sou. Nesse momento Caifás disse: isso decide a questão. O prisioneiro declarou ser divino. Pela nossa lei, ele merece morrer, pois cometeu blasfêmia. Jesus foi levado a Pilatos, governador da Judeia, que estava na Galileia para manter a ordem na festa de Páscoa. Encheram a cabeça do governador de mentiras e fuxicos a respeito de Jesus. Esse homem cometeu crime de sedição, diziam os fuxiqueiros mentirosos. Porém, Pilatos não conseguiu detectar qualquer crime praticado por Jesus. Então disse Pilatos: levem esse homem Herodes Julgar, ele é governador da Galileia, portanto o mais indicado para tal mister. Porém, Herodes interrogou Jesus com deboche sem conseguir encontrar nele nenhuma culpa. Como esse governante era muito inescrupuloso e debochado, colocou uma coroa de espinho em jesus, deu um tapa no seu rosto e o devolveu a Pilatos. Sem saber o que fazer, Pilatos colocou o povo para escolher entre Jesus e Barrabás quem deveria ser liberado da prisão. O povo escolheu Barrabás e jesus foi crucificado e morto. Porém, como era inocente, ressuscitou no domingo de Páscoa e subiu aos céus vivos. Gloria a Deus nas alturas e paz na terra entre os homens de boa vontade. Hoje é DOMINGO DE PÁSCOA, dia da ressurreição de Jesus Cristo, o NOSSO ÚLTIMO REI.



3 comentários:

  1. "sim, sou" declarou jesus. Os judeus não utilizam o verbo 'ser' ao ser humano e, sim a divindade. Quando eles explicam suas profissões, ou quaisquer que seja a situação, o verbo ser não é direcionado ao homem, somente ao divino.
    O primeiro teste do passarinho não é voar... é ter coragem, pq ele vai pular, só não sabe se voa ou se cai. Jesus testificou isso.

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    1. Excelente observação, o filósofo grego, Parmênides, viveu no século IV aC e já dizia: o princípio de todas as coisas é o SER, único, eterno, infinito e unipotente. Em todas as coisas o ser existe.

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  2. Excelente texto do Dr. Erivelton Lago. Fica a reflexão. Judas nunca morreu, Pedro sempre nega a Cristo e Barrabás parece ser o preferido até hoje.

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