A VOZ DO SILÊNCIO
Há
poucos dias Bacabal voltou a viver uma época que sempre quis esquecer, a
época da pistolagem. Semanas atrás, o empresário Ivaldo Mandacaru foi
fulminado por dois pistoleiros, com identidade de policiais, que deixaram a
cidade com mais um escândalo a nível nacional, como se não bastassem os
outros. O que o nosso blog sentiu, e acho que é um sentimento coletivo, é que
ninguém mais tocou no assunto, a imprensa parou de comentar e o caso está,
visivelmente, abafado. Nós bacabalenses, não podemos calar diante de tanta
barbárie, diante de coisas que não elevam nem um pouco, o bom nome da
terrinha. Esperamos que as autoridades deem
Um bom domingo
a todos.
|
domingo, 28 de abril de 2013
OPINIÃO
OSWALDO
MAIA
DE
BACABAL PARA O BRASIL
...URGENTE
Este é mais um caso de
bacabalenses que tem que sair da terra para brilhar em outras plagas. Dono de
uma voz penetrante, de um carisma acentuado de uma postura digna e de um
talento invejável, ele conquistou São Luiz com sua forma serena de fazer rádio
e agressiva de fazer televisão, principalmente no programa que virou a
coqueluche da ilha, o Brasil Urgente Maranhão, diário vespertino da Band..
Estamos falando de Oswaldo Maia, talento que
circulou por vários meios de comunicação de Bacabal, fez programas românticos,
foi âncora de jornais e por ser mais um diferente, sofreu até atentado,
mudou-se da boa terrinha e hoje é uma das maiores expressões televisivas da
capital maranhense.
Maia que ja apresentou pela Rede Record o programa "Qual é a bronca", também apresenta um programa de variedades na Rádio Antena Um. Campeão de audiência no horário das cinco da tarde,
ele deixou pra trás até o jornal local, dando uma canja de meia hora para o
ícone José Luis Datena e voltando para fazer mais meia hora antes do Jornal da
Band.
Apresentador de um programa que mistura policia,
politica, filantropia, denuncia e entretenimento, Oswaldo Maia tem uma forma ímpar
de comentar os fatos e por estar sendo considerado o melhor no gênero, programa
e apresentador seguem de mãos dadas em nome da justiça dessa ilha que para
muitos, é maravilhosa.
MAIS
UM DIA
Os galos de briga
Presos na jaula
Da minha infância
Ainda mantém
Seus bicos e esporões afiados
Manchados com o sangue
Que também foram tinta
Que no chão
E na parede da rinha
Deixaram para os séculos
E séculos sem fim
Em molduras de ossos
Expostos na galeria do absurdo
A arte macabra da imperfeição.
O milho debulhado e espalhado
No piso do meu quarto de insônia
Foi o conforto para meus joelhos
Na auto-flagelação
Do meu corpo em agonia.
Toda vez que a noite me acorda
Com suas cãibras agudas
E seus demônios malvados
Foge pela fresta da janela
As imagens do novo
Que habitavam em mim
E o velho que sou
Sente lentamente
Mais uma manhã chegar
Trazendo com o sol
O pesadelo de viver mais um dia.
Zé Lopes
Do livro “Bacabal Alves de Abreu Souza Silva de
Mendonça e da Infância Perdida”
HISTÓRIAS
DE BACABAL
CAIXÃO DE TAXINHA
Chico Fedora, como sempre, fumava já a pontinha do
cigarro. Um pastor amigo seu, na intenção de lhe ver parar de fumar, disse:
-
Chico Fedora, veja só; cada cigarro que tu fumas, é um prego que tu enfias no
teu caixão.
E Chico Fedora muito rápido completou:
-
Pastor, então o meu caixão vai ser feito só de taxinha, pois só me dão a
última.
HOJE É DIA DE JAMIR LIMA
A VIDA COMO ELA É Sempre que tenho oportunidade, gosto de repetir que o elo entre a vida e a morte é o mais minúsculo possível e que deveríamos valorizar ao máximo nossos momentos, "curtir", fazer o melhor que pudermos, viver mesmo! Intensamente! Certa vez, acho que no Tv Fama (da RedeTv!), o cantor Leonardo, quando perguntado sobre o neto que está para nascer, disse: "é muito melhor chegar do que ir". E ir não presta não! (Outra do Leonardo: "mulher não trai, mulher vinga". A gente tem de convir que o cantor goiano é bem criativo em matéria de "tiradas". O "bicho" é inteligente, de boa memória e de raciocínio rápido. Não é fácil ganhar dele, não! Tremendo gozador, com respostas sutis na ponta da língua, não se esquiva a nenhuma provocação. Que o diga o Faustão, do Domingão). Quando alguém "chega" para este mundo de meu Deus é um Deus nos acuda! É um alvoroço só! Todo mundo agitado, coração batendo a mil por minuto! O nascimento, convenhamos, é coisa de Deus mesmo. É algo inexplicável! O ser humano é muito frágil quando nasce. Pode gritar, "berrar", só não pode é levar aquelas "palmadas" de "boas vindas" médicas, a lei, agora, não permite. Só consegue se comunicar pelos olhos, esperneando ou chorando. E fica exigindo atenção 24 horas! E, destas maneiras, reclama sem parar! Minha mãe é de 15 de dezembro e meu pai, 1º de janeiro. O interessante, no caso, é que comemorávamos (a família) ao mesmo tempo o fim de ano, o início do outro e os aniversários dos dois, muito "regados" a leitão assado, cabrito assado, doce de figo, de mamão, de cidra, de laranja, uma mesa farta e festiva. Era uma festança de 2 semanas. Misturávamos tudo: o Natal, o "reveillon", a missa do galo, aí o foguetório (que não poderia faltar) saudando os novos tempos, com os aniversários. Os dois se foram, não temos mais aquelas festas, e o que é pior, nesta época vem a lembrança daqueles tempos idos, porque não dizer "anos dourados", e o que era só alegria vem num misto de tristeza, "recheado" de melancolia e nostalgia. Mas, como no dizer do Zeca Pagodinho, "deixa a vida me levar". É assim que a gente deve fazer, e com "qualidade", como dizem por aí. Mas, voltando ao Leonardo, a tristeza da ida de um ente querido é sempre compensada com a chegada de outro. É a lei da natureza. E a chegada de uma nova vida gera sempre aquela expectativa, aquela ansiedade e uma alegria incontida, contagiante. E como viver a vida é o mais importante, àqueles que estão chegando nossas boas-vindas, tal qual o ano novo que se aproxima. E que façam da vida o melhor proveito, dando o seu melhor (com naquela musiquinha dos Titãs) e que venham vacinados contra os males que nos afligem. Somente assim, a vida será bem melhor! |
Jamir de Sousa Lima
|
sábado, 27 de abril de 2013
DIA
DA SAUDADE
Passo brilhantina nos cabelos
Grisalhos de tanto sofrimento
Busco na babugem o sustento
Que me dão de esmolas ao meu apê lo
Lambo a sede virgem do sal grosso
E adoço a minha fome com o mascavo
Do açúcar que endurece e como um cravo
Joga meu penar em fundo poço
Sinto a perfurada no meu peito
E a faca amolada dos dois lados
Faz com que o sangue jorre e feito um dado
Decida a sorte vã e seu efeito.
Lavo os olhos com o soro fisiológico
Saído das nascentes dos hospícios
E bebo, e fumo, e cheiro os meus vícios
N’um ato automático e biológico.
E se decido não viver nessa cidade
Por um fio, ando mal, desiludido
E me esforço fraquejado e decidido
A não morrer em pleno dia da saudade.
Zé Lopes
Do livro “Bacabal Alves de Abreu Souza Silva de
Mendonça e da Infância Perdida”
Assinar:
Postagens (Atom)