terça-feira, 13 de agosto de 2013


João Neto (em memória) Breola, Gedmar e Zé Lopes

Marinezio, Zé Lopes, Ribinha, Zeca e Edson













MANTRA

O meu grito
Em dissonância
Com o teu coração
Sufoca este teu silêncio
Que se apresenta
Cheio de palavras



Do livro “Chão de Concreto” de Zé Lopes

Ricardo Murad pede desculpas a jovem que deu à luz na calçada e anuncia sindicância

ricardo_murad

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, usou sua página pessoal no Facebook para pedir desculpas públicas à família da jovem que deu à luz na calçada da Maternidade Maria do Amparo, em São Luís.
Ela foi para a unidade após ser encaminhada pela Maternidade Marly Sarney, que não a recebeu sob a alegação de superlotação.
Na mensagem, Murad reconhece que “desculpas pública não resolvem”, e informa que determinou a abertura de uma sindicância e a realização de uma auditoria para evitar que novos casos como esse aconteçam.
“Determinei não só a abertura de uma sindicância rigorosa, como também uma auditoria em todo o sistema para evitar que situações inadmissíveis como essa possam voltar a ocorrer”, escreveu.
Veja abaixo a íntegra da nota.
Amigas e amigos,
Lamentável sob todos os aspectos o ocorrido com a jovem que deu à luz na calçada da Maternidade Maria do Amparo encaminhada pela Maternidade Marly Sarney sob a alegação de superlotação.
Desculpas públicas não resolvem, mas eu peço desculpas à jovem Natália e ao seu esposo.
Nada justifica esse tipo de atendimento.
Determinei não só a abertura de uma sindicância rigorosa, como também uma auditoria em todo o sistema para evitar que situações inadmissíveis como essa possam voltar a ocorrer.
Lamento não ter sido informado do fato tão logo tenha ocorrido.

Nonatinho, acusado de estuprar enteada, se apresentar na delegacia de Bacabal

Por Sérgio Mathias - Atualizada às 20h51
Foragido desde o o início do mês de maio desse ano quando foi acusado de violentar a menor K. N. C. de apenas nove anos, na época sua enteada. Raimundo Nonato Oliveira Lima Filho, conhecido em nossa cidade como Nonatinho se apresentou na noite dessa segunda-feira (12) na Delegacia do  1º DP.

Acompanhado do advogado Jeferson Santos ele negou todas as acusações durante depoimento prestado aos delegados Carlos Alessandro e Dey Robson, no entanto, Nonatinho foi surpreendido com um pedido de prisão preventiva.

Com a medida cautelar da Justiça o acusado foi recolhido provisoriamente à uma das celas do 1º DP. Na manhã de terça-feira (13) ele será recambiado para a Unidade Prisional de Piratininga onde deverá permanecer até o julgamento.


EM TEMPO: A prisão preventiva pode ser decretada a pedido do delegado, do promotor, do querelante (nos casos de crimes de ação privada) ou de ofício (ou seja, sem provocação de ninguém) pelo juiz. Ela pode ser revogada a qualquer momento, se houver prova de que os motivos que a determinaram não existiam ou, se existentes, não mais se fazem presentes.

Quando se tem prisão preventiva, a soltura se dará por revogação da prisão preventiva e, ao contrário do que acontece quando há concessão de liberdade provisória, o réu não precisa cumprir condições impostas pelo juiz para permanecer livre.

O artigo 316 do CPP dispõe que “o juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no correr do processo, verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem”. O juiz pode liminarmente não concordar com um pedido de revogação de prisão preventiva, mas ser forçado a isso por uma decisão do Tribunal de Justiça.

Entenda o caso

Segundo o que a vítima relatou a mãe, os abusos vinham sendo praticados há algum tempo. Todas as vezes que ficava sozinho com a enteada Nonatinho a convidava para assistir filmes pornôs e em seguida a violentava.

Ao tomar conhecimento do fato a mãe da criança, e até então esposa do acusado, o denunciou imediatamente.

A conjunção carnal, inclusive, já teria sido confirmada através de exames.

O paradeiro de Raimundo Nonato que trabalhava em uma empresa de montagem de som automotivo, na BR-316, era desconhecido.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O ANIVERSÁRIO DO POETA GONÇALVES DIAS



          Foi um poeta e teatrólogo brasileiro, nascido em Caxias, era filho de uma união não oficializada entre um comerciante português com uma mestiça cafuza brasileira (o que muito o orgulhava de ter o sangue das três raças formadoras do povo brasileiro: branca, indígena e negra), e estudou inicialmente por um ano com o professor José Joaquim de Abreu, quando começou a trabalhar como caixeiro e a tratar da escrituração da loja de seu pai, que veio a falecer em 1837.
IniIniciou seus estudos de latimfrancês e filosofia em 1835 quando foi matriculado em uma escola particular.
Foi estudar na Europa, em Portugal em 1838 onde terminou os estudos secundários e ingressou na Faculdade de Direito daUniversidade de Coimbra (1840), retornando em 1845, após bacharelar-se. Mas antes de retornar, ainda em Coimbra, participou dos grupos medievistas da Gazeta Literária e de O Trovador, compartilhando das ideias românticas de Almeida GarrettAlexandre Herculano e Antonio Feliciano de Castilho. Por se achar tanto tempo fora de sua pátria inspira-se para escrever a Canção do exílio e parte dos poemas de "Primeiros cantos" e "Segundos cantos"; o drama Patkull; e "Beatriz de Cenci", depois rejeitado por sua condição de texto "imoral" pelo Conservatório Dramático do Brasil. Foi ainda neste período que escreveu fragmentos do romance biográfico "Memórias de Agapito Goiaba", destruído depois pelo próprio poeta, por conter alusões a pessoas ainda vivas.
No ano seguinte ao seu retorno conheceu aquela que seria sua grande musa inspiradora: Ana Amélia Ferreira Vale. Várias de suas peças românticas, inclusive “Ainda uma vez — Adeus” foram escritas para ela. Nesse mesmo ano ele viajou para o Rio de Janeiro, então capital do Brasil, onde trabalhou como professor de história e latim do Colégio Pedro II, além de ter atuado como jornalista, contribuindo para diversos periódicos: Jornal do Commercio, Gazeta Oficial, Correio da Tarde e Sentinela da Monarquia, publicando crônicas, folhetins teatrais e crítica literária.
Em 1849 fundou com Manuel de Araújo Porto-alegre e Joaquim Manuel de Macedo a revista Guanabara, que divulgava o movimento romântico da época. Em 1851 voltou a São Luís do Maranhão, a pedido do governo para estudar o problema da instrução pública naquele estado.
Gonçalves Dias pediu Ana Amélia em casamento em 1852, mas a família dela, em virtude da ascendência mestiça do escritor, refutou veementemente o pedido. No mesmo ano retornou ao Rio de Janeiro, onde casou-se com Olímpia da Costa. Logo depois foi nomeado oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passou os quatro anos seguintes na Europa realizando pesquisas em prol da educação nacional. Voltando ao Brasil foi convidado a participar da Comissão Científica de Exploração, pela qual viajou por quase todo o norte do país.
Voltou à Europa em 1862 para um tratamento de saúde. Não obtendo resultados retornou ao Brasil em 1864 no navio Ville de Boulogne, que naufragou na costa brasileira; salvaram-se todos, exceto o poeta que foi esquecido agonizando em seu leito e se afogou. O acidente ocorreu nos baixios de Atins, perto da vila de Guimarães no Maranhão.
Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional. Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma ideia de Brasil à literatura nacional.
O grande amor: Ana Amélia
Por ocasião da elaboração da antologia poética da fase romântica, elaborada por Manuel BandeiraOnestaldo de Pennafortgentilmente escreveu a nota que segue, retirada daquela obra e aqui transcrita:
" A poesia "Ainda uma vez --adeus,--" bem como as poesias "Palinódia e "Retratação" -- foram inspiradas por Ana Amélia Ferreira do Vale, cunhada do Dr. Teófilo Leal, ex-condiscípulo do poeta em Portugal e seu grande amigo.
" Gonçalves Dias viu-a pela primeira vez em 1846 no Maranhão. Era uma menina quase, e o poeta, fascinado pela sua beleza e graça juvenil, escreveu para ela as poesias "Seus olhos" e "Leviana". Vindo para o Rio, é possível que essa primeira impressão tenha desaparecido do seu espírito. Mais tarde, porém, em 1851, voltando a S. Luís, viu-a de novo, e já então a menina e moça de 46 se fizera mulher, no pleno esplendor da sua beleza desabrochada. O encantamento de outrora se transformou em paixão ardente, e, correspondido com a mesma intensidade de sentimento, o poeta, vencendo a timidez, pediu-a em casamento à família.
" A família da linda Don`Ana -- como lhe chamavam -- tinha o poeta em grande estima e admiração. Mais forte, porém, do que tudo era naquele tempo no Maranhão o preconceito de raça e casta. E foi em nome desse preconceito que a família recusou o seu consentimento.
" Por seu lado o poeta, colocado diante das duas alternativas: renunciar ao amor ou à amizade, preferiu sacrificar aquela a esta, levado por um excessivo escrúpulo de honradez e lealdade, que revela nos mínimos atos de sua vida. Partiu para Portugal. Renúncia tanto mais dolorosa e difícil por que a moça que estava resolvida a abandonar a casa paterna para fugir com ele, o exprobrou em carta, dura e amargamente, por não ter tido a coragem de passar por cima de tudo e de romper com todos para desposá-la!
" E foi em Portugal, tempos depois, que recebeu outro rude golpe: Don`Ana, por capricho e acinte à família, casara-se com um comerciante, homem também de cor como o poeta e nas mesmas condições inferiores de nascimento. A família se opusera tenazmente ao casamento, mas desta vez o pretendente, sem medir considerações para com os parentes da noiva, recorreu à justiça, que lhe deu ganho de causa, por ser maior a moça. Um mês depois falia, partindo com a esposa para Lisboa, onde o casal chegou a passar até privações.
" Foi aí, em Lisboa, num jardim público, que certa vez se defrontaram o poeta e a sua amada, ambos abatidos pela dor e pela desilusão de suas vidas, ele cruelmente arrependido de não ter ousado tudo, de ter renunciado àquela que com uma só palavra sua se lhe entregaria para sempre. desvairado pelo encontro, que lhe reabrira as feridas e agora de modo irreparável, compôs de um jato as estrofes de "Ainda uma vez -- adeus --" as quais, uma vez conhecidas da sua inspiradora, foram por esta copiadas com o seu próprio sangue."


NOTA DO BLOG

NOTA DO BLOG


Hoje é dia de Santa Clara  e aqui no Maranhão, particularmente, tem uma ilha, que faz parte do complexo de ilhas da cidade de Humberto de Campos, que tem o nome Santa Clara e festeja a Santa. A quermesse tem uma semana de duração e atrai uma grande quantidade de turistas, religiosos e festeiros. Para se chegar até a Ilha de Santa Clara, depois de se chegar em Humberto de Campos, pega-se uma lancha que faz o percursos em duas horas, ou caminhonetes que chegam em 40 minutos até uma hora. A festa é da igreja com apoio da prefeitura e da população local e leva atrativos de peso, como por exemplo, esse ano, o Bumba-Meu-Boi da Maioba. A ilha de Santa Clara é uma beleza para quem quer sossego e lá tem com fartura, peixe, camarão e caranguejo. É um bom lugar para se passar fins de semana.



Gravação de conversa entre traficantes do Rio cita desembargador maranhense

O Fantástico de ontem (12) exibiu uma reportagem que apresenta uma gravação que aponta o envolvimento de um desembargador maranhense com os dois maiores traficantes do Brasil.


Em um diálogo entre Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar e Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, os traficantes conversam sobre as suas intenções em conseguir transferência para um presídio estadual, que seria no Maranhão. 

O motivo: Fernandinho Beira-Mar afirmou conhecer um desembargador do Maranhão que poderia possibilitar a vinda de Marcinho VP para o estado.

Separado por um vidro e por telefone, Marcinho diz que está tentando transferência para um presídio estadual. E Beira-Mar reforça, se referindo a outros presos.

Beira-Mar: O que eu penso, você saindo daqui para um estadual, já é uma vitória, de lá você consegui ir para outro lugar igual o baby... O baby não, o Dinho está tentando ir para o Maranhão.

Marcinho VP: Eu também estou com um "corre" no Maranhão também, minha advogada está fazendo...

Fernandinho oferece ajuda.

Beira Mar: No Maranhão eu tenho um fortíssimo lá, um desembargador que era amigo do Tular. 

Marcinho VP: Sei, mas aí tem outras pessoas também que estão vendo a vaga pra mim lá...

As informações são gravíssimas, porém, por enquanto, têm-se apenas as gravações obtidas pelo Fantástico como evidências que envolvem esse magistrado não identificado no diálogo.

O enfoque principal da reportagem seria explicar os ataques sofridos pelo grupo Afro Reggae, e o envolvimento do pastor Marcos Pereira – preso por estupro das fiés de sua igreja no Rio de Janeiro. Porém, logo após a passagem da repórter Lília Teles, a gravação revela a informação que ainda vai gerar uma problemática sem precedentes no meio jurídico do Maranhão.
HOJE É DIA DE SANTA CLARA DE ASSIS


Clara de Assis viveu há oito séculos, e sempre foi bastante conhecida nos ambientes franciscanos. Foi contemporânea e companheira de São Francisco de Assis, fundadora da Segunda Ordem Franciscana, a das Irmãs Clarissas. 

Irmã Clara de Assis e as Senhoras Pobres

O estilo de vida de Francisco não poderia ser privilégio dos homens. Muitas mulheres escutavam sua pregação, observavam seu estilo de viver o Evangelho e também queriam viver assim. Uma delas foi Clara.

Nasceu Clara em torno de 1193, em Assis, filha de Ortolana di Fiumi e Faverone Offreduccio. Recebera da mãe uma sólida religiosidade e do pai a força de caráter. Tinha mais três irmãs e um irmão. A caçula era Inês. Francisco a conhecia de vista, pois em Assis todos se conheciam. Admirava nela os longos cabelos dourados.

Aos 18 anos, Clara ouviu Francisco pregar os sermões da Quaresma na igreja de São Jorge, em Assis. As palavras dele inflamaram tanto seu coração, que ela o procurou, em segredo, pois também ela desejava viver "segundo a maneira do santo Evangelho".

Francisco lhe falou sobre o desprezo ao mundo e o amor a Deus, e fortaleceu-lhe o desejo nascente de abandonar tudo por amor a Cristo. Encerrou a conversa dizendo: "Quero contar-te um segredo, Clara: desposei a Senhora Pobreza e quero ser-lhe fiei para sempre". Clara respondeu que queria viver a mesma vida, a mesma oração e sobretudo a mesma pobreza.

Acompanhada de Bona di Gueifuccio, amiga íntima, para escutar Francisco, passou a frequentar a capela da Porciúncula. Estava decidida a viver o Evangelho ao pé da letra. Mas, como sair de casa? Francisco e os irmãos ensinaram-lhe o modo. O dia 18/19 de março de 1212 era Domingo de Ramos. Rica e belamente vestida, Clara participou da Missa da manhã. Não havia meio de sair desapercebida do castelo de seus pais, mas encontrou a única saída possível pela porta de trás do palacete: a saída dos mortos. Toda casa medieval tinha esta saída, por onde passava o caixão dos defuntos.

À noite, quando todos dormiam, a nobre e jovem Clara de Favarone fugiu de casa por esse buraco, percorrendo uma milha fora da cidade, até chegar à Porciúncula, onde foi recebida com muita festa pelos irmãos franciscanos, que tinham ido ao seu encontro com tochas acesas e a acompanharam até à porta da igreja.

Ali se desfez das vestes elegantes, e São Francisco, com uma grande tesoura, lhe cortou os cabelos, causando-lhe dó cortar tão formosa cabeleira. Em seguida, deu-lhe o hábito da penitência: uma túnica de aniagem amarrada em volta por uma corda e um par de tamancos de madeira. Clara se consagrou pelos três votos: pobreza, obediência e castidade.

Os familiares, enfurecidos, procuravam por Clara. Entrando na Capela, viram Clara prostrada aos pés do Altar. Puxaram-na com tanta força que lhe arrancaram o véu, percebendo então a cabeça raspada. E foi aí que concluíram que nada mais poderiam fazer: não conseguiriam mesmo mudar-lhe a ideia.

Como Francisco não tinha convento para freiras, Irmã Clara ficou alguns dias no mosteiro de São Paulo e algumas semanas no mosteiro beneditino de Panzo. Por fim, recolheu-se a São Damião, numa casa pobre contígua à capela, onde ficou até sua morte, em 1253. Seguiu-a na vocação a irmã Inês, 16 dias depois, e mais tarde sua irmã Beatriz e, por fim, até sua mãe, Ortolana.

A obra tornou-se conhecida, e diversas mulheres vieram fazer-lhe companhia. Ficaram conhecidas como as "Senhoras Pobres", ou "Irmãs Clarissas". Em pouco tempo, havia mosteiros em diversas localidades da Itália, França e Alemanha. Inês, filha do rei da Bohemia, também fundou um convento em Praga, e ela mesma tomou o hábito.
As Senhoras Pobres e a pobreza

Clara e sua comunidade praticavam austeridades desconhecidas entre as mulheres da época: não usavam meias, sapatos, ou qualquer outra proteção para os pés. Dormiam no chão. Observavam a abstinência completa de carnes, e falavam apenas quando obrigadas pela necessidade e pela caridade. Clara aconselhava o silêncio como meio de evitar os pecados da língua e de conservar a mente sempre concentrada em Deus. Jejuava tanto que Francisco teve de obrigá-la a não passar os dias sem comer ao menos um pedaço de pão. Clara mesmo percebeu seus exageros, e mais tarde escreveu para Inês da Bohemia: "Nossos corpos não são feitos de bronze, e nossas forças não são como pedra; por isso vos imploro, no Senhor, que vos abstenhais desse rigor excessivo da abstinência que praticais".

Como Francisco, Clara não aceitava qualquer propriedade. Quando o Papa Gregório IX lhe ofereceu uma renda, Clara protestou veementemente, dizendo: "Eu preciso ser absolvida dos meus pecados, mas não desejo ser absolvida da obrigação de seguir a Jesus Cristo". Em 1228, o Papa lhe concedeu o "Privilégio da Pobreza". Tinha sido um pedido insistente de Clara. Na Cúria romana, onde se pediam privilégios, títulos, propriedades e honrarias, causou espanto alguém pedindo o "privilégio de ser pobre".

Clara e Francisco conheciam a alma do mundo e sabiam que qualquer exceção à regra da pobreza desencadearia sua negação. Francisco o exemplificou com o caso do livro que um frade queria ter: primeiro se quer um livro, depois mais livros, depois uma estante, vem uma biblioteca, segue-se uma casa para guardá-la... E adeus, pobreza evangélica.

Mais tarde, em 1247, o Papa Inocêncio IV queria impor às Senhoras Pobres uma Regra que de certo modo permitisse a propriedade comum. Preocupada, Clara mesma redigiu uma Regra, lembrando-se de tudo o que vira e aprendera com Francisco. Ela pede, por amor de Deus, que concedam ao Convento de São Damião o "Privilégio da Pobreza". Esta Regra foi aprovada dois dias antes de sua morte, valendo o privilégio para São Damião. Para os outros conventos, permitiu-se uma espécie de propriedade comum.
Francisco e Clara, amizade de Santos 

A obra de Clara estava sempre no coração de Francisco. Muitas vezes ele enviou doentes e enfermos que ela conseguia curar sob seus delicados cuidados. Apesar de sua humildade, Francisco era obrigado a reconhecer a grande admiração que Clara e as outras irmãs tinham por ele. Era uma admiração espiritual, mas também humana. Para evitar qualquer tipo de dependência, e para torná-las totalmente livres dele, passou a visitá-las cada vez mais raramente. As irmãs sofriam a sua ausência e alguns frades acharam que isso era falta de caridade, mas Francisco disse que a finalidade da ausência era "no futuro não haver nenhum intermediário entre Cristo e as irmãs".

Após longa ausência, e depois de muitos pedidos das irmãs, um dia Francisco aceitou ir pregar em São Damião. Entrou na igreja e ficou um momento de pé, rezando de olhos levantados para o céu. Depois pediu um pouco de cinza. Com ela desenhou um círculo à sua volta e o resto passou na cabeça. E então rompeu o silêncio, não para pregar, mas para rezar o Salmo da Penitência (Si 50). Depois foi embora, feliz por ter ensinado à Clara e às irmãs que nada mais podiam ver nele do que um pecador que fazia penitência.

Em março de 1225, já muito doente, Francisco visitou Clara em São Damião e manifestou o desejo de ali permanecer, mas a doença exigia tratamentos em outros lugares. Foi ali, sofrendo terrivelmente com a enfermidade e o barulho dos ratos que lhe impediam o sono, que explodiu num hino de alegria ao Criador, o "Cântico das Criaturas" ou ao "Irmão Sol". Foi no jardinzinho de Clara, que, pela última vez, que os dois conversaram. No ano seguinte morreu o "pai Francisco". Clara viveu mais 27 anos na paz e na saudade de Francisco.


Clara de Assis, mãe e adoradora

A si própria Clara gostava de chamar "uma plantinha do bem-aventurado pai Francisco". Ela nunca deixou os muros do convento de São Damião. Designada abadessa (superiora) por Francisco, em 1215, Clara dirigiu o convento durante 40 anos. Sempre quis ser serva das servas, submissa a todas e beijando os pés das irmãs leigas quando regressavam do trabalho de esmolar, servindo à mesa, assistindo aos que estivessem doentes. Enquanto as irmãs descansavam, ela ficava em oração e as cobria, caso as cobertas lhes caíssem. Saía da oração com o semblante iluminado. Falava com tanto fervor que inflamava os que ouviam sua voz.

A exemplo de Francisco, nutria fervorosa devoção ao Santíssimo Sacramento. Mesmo quando estava doente e acamada (esteve sempre doente nos últimos 27 anos de vida), ficava confeccionando belos corporais e toalhas para o serviço do Altar, que depois distribuía pelas igrejas de Assis.

A força e a eficácia poderosa de sua oração foi sentida, de maneira muito especial, em 1244, quando o imperador Frederico II atacou o vale de Espoleto, tendo ao seu serviço um exército de sarracenos. Lançaram-se ao saque de Assis, e como São Damião ficava fora dos muros, resolveram começar por ali. Embora muito doente, Clara levantou-se, fez colocar o Santíssimo num ostensório, e saiu com ele em punho, colocando-se bem à vista do inimigo. E Clara orou, com grande fervor, pedindo a Cristo que salvasse suas irmãs do saque e do estupro. Em seguida, orou pela cidade de Assis. No mesmo instante, o terror se apoderou dos assaltantes, que fugiram em debandada.


A morte de uma Santa

Clara suportou os longos anos de enfermidade com santa paciência. Em 1253, teve início uma longa agonia. O papa Inocêncio IV deu-lhe duas vezes a absolvição com o perdão dos pecados, e comentou: "Quisera Deus que eu necessitasse de perdão tão pouco assim". Clara doente e pobre, as mais altas autoridades da Igreja sentiam sua sabedoria e santidade, e vinham aconselhar-se com ela em São Damião.

Durante os últimos 17 dias não conseguiu tomar nenhum alimento. A fé e a devoção do povo aumentavam cada vez mais. Diariamente cardeais e prelados chegavam para visitá-la, pois todos tinham certeza de que era uma santa que estava para morrer

Ir. Inês, sua irmã, estava presente, bem como os três companheiros de Francisco, os freis Leão, Ângelo e Junípero. Vendo que a vida de Clara estava chegando ao fim, emocionados, leram a Paixão de Jesus segundo João, como tinham feito 27 anos antes, na morte de Francisco.

Clara consolou e abençoou suas filhas espirituais. E, para si, disse: "Caminhas pois tens um bom Guia. ó Senhor, eu vos agradeço e bendigo pela graça que me concedestes poder viver'. E foi recebida na Corte Celeste. Era Senhora Pobre e tinha 60 anos de vida.

Dois anos após a sua morte, o papa Alexandre IV canonizou-a em Anagni. Era o ano de 1255.

Oração a Santa Clara
Querida Santa Clara, que fostes motivo de alegria e orgulho santo para vossos pais e irmãs, que soubestes retribuir-lhes o amor e a dedicação com que vos cercaram desde o berço, eu vos consagro minha família e todos que comigo convivem.

Bem vedes, querida santa Clara como são difíceis os tempos em que vivemos, onde o amor e a fidelidade familiar, tornam-se quase impossíveis. Sei, contudo, que a Deus nada é impossível e que, com fé e confiança, tudo se alcança. Por isso, imploro confiante: visitai nosso lar, permanecei conosco, e já que sois mais clara que vosso próprio nome, auxiliai-nos a clarear nossa mente e nosso coração, para que possamos permanecer unidos entre nós, e, sobretudo, permanecer fiéis a Deus. Ide a Nosso Senhor Jesus Cristo e dizei-lhe uma palavra em nosso favor! Santa Clara, rogai por nós!

Amém.








IVO, O OVO E A UVA

O ovo
A uva
O volvo
A vulva
Tua língua molhada
Na minha
Coisa dura
Tanto bate até que
Fura.


Do livro “Menu Para Desjejum (Sem Colesterol)” de Jorge Passinho

FUTEBOL

SAMPAIO VENCE FORTALEZA E FECHA TURNO DA SÉRIE C COMO LÍDER ISOLADO DO GRUPO

Os gols foram marcados por Célio Codó, no primeiro tempo, e Pimentinha,
no segundo tempo. Jogo contou com boa presença de público no Castelão
Fim do primeiro turno e passados dez jogos da maioria dos times, o Sampaio continua como líder do Grupo A do Campeonato Brasileiro Série C. Com a vitória na noite deste domingo, por 2 a 1, no Estádio Castelão, contra o Fortaleza, o tricolor maranhense não tem ninguém ao seu lado na primeira colocação.
Os gols foram marcados por Célio Codó, no primeiro tempo, e Pimentinha, no segundo tempo. Para o visitante, Ruan fez aos 48 minutos do segundo tempo. O jogo contou com boa presença de público no Castelão. A torcida do Sampaio dividiu espaço com alguns torcedores do Fortaleza, que ficaram no setor 3.
Com o resultado, o Sampaio chegou aos 20 pontos ficando isolado na liderança do Grupo A. O Fortaleza ficou com 16 e estacionou na sexta colocação.
O próximo jogo do Sampaio será contra o Brasiliense, novamente às 19h de domingo, no Estádio Boca do Jacaré (DF). O Fortaleza também joga no próximo domingo. A partida será contra o Baraúnas, às 16h, no Estádio Alcides Santos (CE).
Os 15 minutos iniciais foram bem distribuídos entre os dois times. Sampaio e Fortaleza disputavam lance a lance com velocidade, principalmente pelas laterais.

A primeira grande jogada do confronto foi aos 16 minutos. Pimentinha partiu pela direita, mas conseguiu se livrar de dois marcadores, sendo que o lateral-direito Carlinhos ficou no chão após o drible do camisa 11 do Sampaio. Na sequência, Pimentinha passou a bola para Célio Codó, que mesmo sem marcação, chutou de pé esquerdo em cima do goleiro João Carlos e perdeu uma boa oportunidade.
 
A ligeira superioridade foi transformada em gol aos 28 minutos, com Célio Codó. O atacante tricolor aproveitou o cruzamento de Eloir, pela direita, e passou de toda a defesa do Fortaleza para fazer o gol de cabeça. João Carlos ainda tentou, mas não conseguiu defender.

Depois do gol, o Sampaio ampliou o domínio e Eloir ganhou mais espaço. Com as boas jogadas do meia, o tricolor maranhense cresceu muito no jogo. Aos 44 minutos, outro lance importante foi um chute forte de Pimentinha de fora da área. Com o pé direito, o atacante do Sampaio tentou colocar no canto baixo esquerdo do goleiro João Carlos, que teve que afastar para o lado. Em seguida, a defesa jogou para longe da grande área.
 
Aos 46 minutos, Guaru levantou a bola e Rodrigo Ramos não conseguiu defende na primeira chance. Germano fez a ‘barreira’ e quase Waldison empatou para o Fortaleza. Este foi o último lance do primeiro tempo.

Segundo tempo

Ainda no primeiro minuto de jogo, Pimentinha partiu pela direita e passou para Arlindo Maracanã, mas Charles conseguiu evitar o segundo gol do Sampaio.

No lance seguinte, Guaru cobrou a primeira falta do time cearense. A bola por alto não assustou o Sampaio, já que os zagueiros estavam bem posicionados e atentos.

Aos seis minutos, Pimentinha fez o que ninguém esperava, perdeu o gol praticamente em cima da linha. Ele chutou a primeira e o goleiro do Fortaleza defendeu, mas não tirou a bola do caminho do atacante. Na sequência, um zagueiro do Fortaleza pressiona o jogador maranhense, mas Pimentinha, de pé esquerdo, bate na bola que passa em paralelo à linha de gol.
 
A pressão era tamanha, que só podia resultar em mais um gol. O placar foi ampliado, aos 11 minutos, com Pimentinha. Após receber passe de Eloir, o velocista bateu, de pé esquerdo, no canto baixo esquerdo do goleiro João Carlos.

Após o segundo gol do Sampaio, um princípio de confusão entre torcidas dos dois times foi rapidamente controlado pela Polícia Militar.

Aos 17 minutos, Pimentinha passou por dois zagueiros em velocidade e habilidade, mas na conclusão da jogada a bola foi para fora. O chute buscava o ângulo superior esquerdo do Fortaleza.

Aos 19 minutos, Jackson Caucaia chutou, de pé direito, e a bola ‘explodiu’ no trave direito. O goleiro Rodrigo Ramos ficou apenas observando. A defesa do Sampaio recuperou em seguida a posse de bola.

Aos 29 minutos, Assisinho venceu da defesa do Sampaio, tentou driblar Rodrigo Ramos, pela direita, mas o goleiro conseguiu fazer boa defesa.

O último lance do jogo foi justamente o gol de Ruan, que entrou no segundo tempo. O camisa 18 do Fortaleza descontou para o time cearense após cruzamento. O gol foi de cabeça.