No editorial que escrevi e postei no dia 05 de maio referindo-me ao Bacabal Esporte Clube, está mais atual do que nunca.
O PERIGO MORA EM CASA
O Bacabal Esporte Clube não vem desempenhando um bom futebol dentro de casa, como na casa dos adversários. As estatísticas provam que o time azul e branco dentro do seu próprio domínio, tem se mostrado apático e com baixo desempenho, um rendimento muito fraco, a prova disso são os resultados e para selar a escrita, o empate de três a três contra o time do imperatriz na primeira partida da final do primeiro turno, tirou qualquer pretensão do leão sagrar-se campeão.
Com a derrota para o Maranhão dentro de casa, o Bacabal perdeu a chance de liquidar a fatura e ficar olhando de longe quem pegaria na semi-final, mas como a lição de casa não está sendo feita, teme-se que o Imperatriz possa jogar, novamente, água no chopp do BEC e ele tenha que passar por tudo que passou no primeiro turno, ou seja, nadou, nadou e morreu na praia. Baseado nas atuações que fez fora do Correão, tirando apenas a primeira partida contra o São José, no Castelão, onde o time se mostrou cansado, tudo correu bem, o BEC foi buscar os resultados e até a sua classificação, na casa do adversário com jogos memoráveis, como o contra o Americano, em São Luis, quando começou perdendo por um a zero e terminou com a esmagadora vitória por seis a um. Que o time abra o olho e desça do salto nessa última partida contra o Imperatriz, pois uma derrota pode complicar todo o trabalho e o que se pode decidir em casa, ter-se que buscar fora, só que na fase mais difícil. Chutando todo o desconforto desta fase, o leão tem que rugir para que, muitos torcedores, não botem culpa no baixo desempenho dentro do Correão, as suas ausências nas arquibancadas..
Vejam o que diz o Sérgio Mathias
VAIDADE E INDISCIPLINA
Essa queda de rendimento é um claro
reflexo do amadorismo, tanto da diretoria como dos próprios atletas. Ainda
envaidecido pelo fato de ter sido destaque no programa Fantástico da Rede Globo
por ter feito 3 gols em uma única partida o centroavante Cris se achou no
direito de abandonar a concentração e os treinos.
Segundo a assessoria de imprensa do clube, o jogador não foi relacionado
para a partida de hoje porque no último final de semana disputou uma partida de
futebol amador em Igarapé Grande.
Ainda segundo o clube, há pouco tempo o atacante Romário, enquanto estava de
licença médica foi flagrado por diretores do BEC que foram visitá-lo no povoado
Vila Nova, disputando uma partida de futebol amador.
"PUXANDO O FREIO DE MÃO"
Outro que também andou faltando aos
treinos foi justamente o maior ídolo dos torcedores. Apesar de pessoas próximas
ao atleta negarem, Pedro Gusmão faltou a dois dias de treinos para viajar à
Curitiba. Na capital do Paraná ele tratou de detalhes da sua transferência para
o Atlético Paranaense, o que só deve acontecer após o estadual.
O fato é que após acertar seu destino
profissional, o atual artilheiro do Campeonato Maranhense perdeu completamente
o foco e o interesse pela competição.
A ser substituído na segunda etapa da
partida de hoje o atacante foi vaiado pelos poucos torcedores que compareceram
ao Correão para prestigiar o representante bacabalense.
Vejam o que disse l.ouremar Fernandes no primeiro jogo do BEC no segundo turno.
O Bacabal Esporte Clube jogou uma
‘pelada’ ontem à noite contra o São José no Castelão. O resultado é que o São
José ganhou por 3 a 1.
O BEC tinha, pela primeira vez durante
o campeonato, a obrigação de vencer. Por vários motivos: vem de uma boa
campanha no primeiro turno quando chegou na disputa do título; É um time com
mais entrosamento; Estava diante de um adversário sem confiança em si; É uma
equipe com mais estrutura de apoio logístico, basta saber que os jogadores do
São José chegaram para partida por conta própria, cada um em seu veículo. O
BEC, não há partida em que o time não fique concentrado em um hotel de Bacabal.
São detalhes.
E por detalhes o BEC perdeu a
oportunidade de conquistar valiosos pontos logo no início do segundo turno. O
time marcou o primeiro gol e se acomodou. A inércia tomou conta dos
jogadores. Salvo raras exceções.
MAS O QUE HOUVE?
O problema pode ser psicológico. Os
atletas do BEC, em sua maioria, não tem idéia das limitações técnicas de que
são portadores. Some-se a isso a falta de amor a um Clube de futebol. Isso não
é crime, mas é um pecado grande que portam até os grandes craques do nosso
futebol. Muitos estão na equipe como alternativa para serem vistos por outros
clubes, por empresários do futebol.
A deficiência técnica foi superada na
primeira fase pelo trabalho em equipe. O trabalho de grupo comandado pelo
treinador Erasmo Fortes rendeu um bom resultado. Os jogadores incutiram em si o
espírito de luta que deve prevalecer em uma disputa. Vestiram a camisa como diz
o jargão.
Ontem eles se despiram desse espírito
quando entraram no Castelão para enfrentar o São José. Ou será que vestiram a
camisa do empáfia futebol clube? O fato de terem chegado à simples final de um
turno do Campeonato Maranhense tenha feito com que jogassem nas águas do Mearim
as sandálias da humildade.
Teriam os jogadores calçado chuteiras
com salto alto? Somente os atletas podem responder.
Quem viu a equipe que enfrentou o
Sampaio e o Imperatriz não reconheceu o time de ontem. Faltou muita coisa que
pode ser resumida em poucas palavras: faltou responsabilidade. Os poucos
torcedores que foram ao Castelão viram, desde o início do jogo que o BEC seria
o vencedor. Viram mal, a visão dos atletas do Leão do Mearim era outra.
...
Pois é, o que acreditávamos que era um "projeto que deu certo", ja começa a nós preocupar e essa história de já estar classificado não convence e mais uma vez, a torcida está desconfiada e se esse foi o presente que o Bacabal Esporte Clube deu para as mães, coitado dos filhos, que passrão por mais uma prova de fogo na quinta-feira. É esperar pra ver.