Mesmo pressionado pelo sumiço das imagens das câmeras de segurança do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no dia 08 de janeiro, o ministro Flávio Dino (PSB), não deixou de desdenhar do seu desafeto político, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.
Os advogados de Jair Bolsonaro, da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, do advogado Fábio Wajngarten e do militar Marcelo Câmara informaram, em notas, que os quatro ficarão em silêncio em depoimentos sobre os presentes oficiais. Os quatro fazem parte da lista de oito citados no inquérito das joias que estiveram na Polícia Federal nesta quinta em Brasília e São Paulo.
Flávio Dino desdenhou do silêncio adotado pelos citados e indiretamente afirmou que seria melhor eles ficarem em silêncio do que eventualmente se comprometerem.
“Fui juiz federal por 12 anos. E sempre dizia aos acusados: o interrogatório é um momento precioso para a autodefesa. Poucos abriam mão desse direito. E quando o faziam, era em razão da avaliação deles de que falar era pior do que calar. A experiência sempre ensina muito”, afirmou.
É bem verdade que toda vez que está pressionado, como agora, Flávio Dino tenta mudar o rumo do debate, resta saber se a estratégia vai vingar.