sexta-feira, 25 de março de 2022

SECRETARIA DE CULTURA DE BACABAL COMUNICADO

 

SEXTOUUUUUUU

 


QUARTA DOSE LIBERADA PARA IDOSOS DE 80 ANOS OU MAIS

 


Como sempre tem feito, a gestão do prefeito Eduardo Braide (Podemos) tem agido com destreza para acelerar a imunização da população, tanto que São Luís recebeu o título de capital brasileira da vacinação.

Nesta quinta-feira (24), um dia após o Ministério da Saúde ter anunciado a aplicação da 4º dose da vacina contra a Covid-19, em idosos de 80 anos, a Prefeitura de São Luís anuncia que a imunização desse público alvo já será iniciado na capital maranhense.

O próprio prefeito Eduardo Braide foi quem fez o anúncio e o chamamento para a imunização, que terá início hoje, sexta-feira (25).

“A 4ª dose tá liberada pra turma de 80 anos ou mais. A partir desta sexta (25), iniciaremos a aplicação da 4ª dose de vacina contra a Covid em quem tem 80 anos ou mais, e tenha tomado a 3ª dose há quatro meses. Será em todos os nossos pontos de vacinação. Aguardamos vocês!”, afirmou Eduardo Braide.

Só vale lembrar que nesse caso, a orientação é que a aplicação seja feita, preferencialmente, com a PfizerJanssen e AstraZeneca também podem ser utilizadas no novo reforço de idosos, independentemente do imunizante anterior, de acordo com a orientação do Ministério da Saúde.

quinta-feira, 24 de março de 2022

BRANDÃO AGORA É PSB

 



No discurso durante evento de sua filiação ao PSB, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (23), na concorrida solenidade que contou com a filiação de outros pré-candidatos e também do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, cravou:

“Saiba, presidente (Carlos Siqueira), que o senhor recebe hoje, em seu partido, um homem íntegro, honesto, sem processos ou condenações, e com uma vida limpa”.

Carlos Brandão teve sua ficha de filiação abonada pelo governador Flávio Dino, que entrega o comando do governo para o seu vice.


Muito cumprimentado pelos nomes da política nacional, Geraldo Alckmin, futuro candidato a vice na chapa do ex-presidente Lula (PT), fez questão de realçar a experiência do mais novos socialista, com muito otimismo e já contando com a reeleição de Brandão:

“Se Deus quiser, o Brandão vai se eleger para continuar esse trabalho do governador Flávio Dino”, disse o ex-governador de São Paulo.



quarta-feira, 23 de março de 2022

DE TUDO, MUITO - CRÔNICA DE ELOY MELÔNIO


Dizem que o verbo “dizer” joga nas duas pontas: ora é falar; ora, escrever.

É isso e muito mais: dar uma opinião, passar uma informação, exprimir um sentimento. E, nesse jogo lexical, cada um diz o que vem à mente ou ao coração. Sem se esquecer de que é a “palavra” que joga em todas as posições, inclusive no banco de reservas.

Se falei “dizer”, não é demais ouvir a voz da sabedoria. Aristóteles dizia que “o sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz”. Na filosofia popular, a gente se vira mesmo é com “tudo que é bom dura pouco” ou “tudo o que é demais sobra”.

Esses conceitos parecem coisa do passado. Não dizem mais a mesma coisa nestes novos tempos. E desconfio que o “bom senso” já não está com essa bola toda. Acho até que a teoria do “equilíbrio” não se sustenta mais. Ou você ataca (e se defende) pela direita ou pela esquerda. No meio do discurso, pode haver pedras.

E, por falar nisso, será que ainda existe esse negócio de “bom senso”?

Ao que tudo indica, é essa falta de equilíbrio o grande problema da sociedade. Por causa dele, muita gente cai do cavalo. Parece que está tudo fora do prumo. O velho “normal” já era, e grande lance agora é o novo. Não se diz e não se faz mais um monte de coisas como antigamente.

Viver esse novo tempo não é tarefa fácil. O excesso de alegria é chato. A revelação de inteligência pedantismo. Opiniões, sugestões, lições… quem as pediu?

Apesar de tudo, ainda há gente interessada no velho bom senso. Não dá pra levar a sério o que se vê, se ouve ou se fala nas redes sociais nem nas mídias tradicionais. Alguém acredita que o papa chamou os brasileiros de “cachaceiros”? Teria alguém coragem de dizer que os sintomas da Covid-19 não passam de “uma gripezinha”?

Muita gente reclama desse novo palco, com seus figurinos e falas. Toquinho, o parceiraço de Vinicius de Moraes, revela num vídeo sentir-se um estranho no ninho. Saudosista, relembra a infância e a adolescência marcadas pela pureza e ingenuidade. Em sua “Aquarela”, já parecia antever as cores desse novo mundo: “Nessa aquarela, não nos cabe/ Conhecer ou ver o que virá/ O fim dela, ninguém sabe/ Bem ao certo onde vai dar”; “Vamos todos/ Numa linda passarela/ De uma aquarela que, um dia, enfim/ Descolorirá”.

Como diz o outro, a nudez feminina é uma dessas poucas coisas positivas. Antigamente, corríamos às bancas para “comprar” a PLAYBOY do mês, que trazia uma famosa na capa: Luma de Oliveira, Xuxa, Adriane Galisteu. Hoje, anônimas desfilam nuas a um click no smartphone, sem nenhum custo. O que tem de gente rebolando, mostrando o bumbum, “não está escrito (nem dito)”. Gente que a gente conhece do barzinho, do shopping, das redes sociais. Amigos trocam vídeos e fotos com incrível naturalidade. Nesse novo tempo (com o perdão de Nelson Rodrigues), “toda nudez será prestigiada”.

Entre o velho e o novo, o mundo gira, e a vida segue. No campo das Letras, a choradeira é geral. “Tá tudo muito diferente”, diria Machado de Assis, caso se deparasse com Fernanda Montenegro e Gilberto Gil ao descer, numa quinta-feira qualquer, para o chá das cinco na sede da ABL. Letras, em seu sentido estrito, apenas na sigla ABL. Num contra-ataque, acho que os escritores podem facilmente entrar para a Academia dos Astrólogos ou dos Alquimistas.

Esse novo cenário é um turbilhão de “fake news”, retórica vazia, “haters”, insultos, agressões. Uma realidade na qual o eufemismo é uma figura de linguagem arcaica nos embates políticos, seja entre eles ou entre nós. Em nome da assertividade, jogam-se no lixo a ética, o respeito, os bons costumes e ─ acredite ─ o velho e cansado bom senso.

Bruninho, torcedor-mirim do Santos F.C., sentiu na pele essa pressão ao ser hostilizado por torcedores marmanjos do seu próprio time, no fim do jogo Santos x Palmeiras (7-11- 2021). Seu erro: pediu a camisa do goleiro do time adversário, de quem é fã. Situação assim faz-me lembrar da pergunta (que já calou) de Galvão Bueno: Pode isso, Arnaldo?

Hoje, todo mundo pode tudo. Tudo é de todos, e todos só é realmente todos se ─ em alguns casos ─ trocarmos a vogal da última sílaba da palavra por outra letra ou sinal.

Eloy Melonio é professor, escritor, poeta e compositor

terça-feira, 22 de março de 2022

MAIS PESQUISAS ELEITORAIS NO ESTADO

 


Faltando um pouco mais de seis meses para as eleições de 2022, os números de pesquisas eleitorais vai aumentando e, somente nos próximos dias, teremos mais dois levantamentos a serem divulgados.

A primeira pesquisa a ser divulgada será da Exata, contratada pela TV Difusora, com previsão de divulgação para próximo sábado (26).  No entanto, um detalhe, não muito normal, chamou a atenção para o levantamento.

A pesquisa Exata primeiro entrevistou os 1.400 eleitores, entre 15 e 19 de março, para depois registar o levantamento, que só ocorreu em 20 de março.

Já na próxima segunda-feira (28), dois depois da pesquisa Exata, será a vez do levantamento da MBO ser divulgado.

A pesquisa MBO irá ouvir 2000 eleitores em 59 municípios maranhenses, entre os dias 20 e e 24 de março. O curioso é que o levantamento não colocou o nome dos pré-candidatos ao Governo do Maranhão pelo PSOL, Enilton Rodrigues, e PSTU, Hertz Dias.

Sendo assim, é aguardar e conferir, afinal pesquisa eleitoral é algo que não deve faltar nas eleições do Maranhão.

COLUNA DO JOSÉ SARNEY- DOM PEDRO I

 


Por José Sarney

Nos 150 anos da Independência, em 1972, o Coronel Otávio Costa, chefe da comunicação do Médici, teve a ideia de criar uma diplomacia dos ossos para reavivar o nosso sentimento patriótico: trouxe de Portugal os ossos de D. Pedro I, que percorreram o Brasil inteiro e, depois, tiveram o devido repouso no Panteão do Ipiranga, em São Paulo.

O caixão não podia ser aberto, fazia parte do acordo Portugal-Brasil, porque havia sempre o perigo de ossos trocados. E os portugueses bem sabem disso: a urna que continha os ossos de Santo Antônio de Lisboa, venerada por séculos na igreja do mesmo nome, quando foi aberta, para grande surpresa, tinha apenas ossos de um pobre carneirinho!

No Maranhão, a urna fúnebre ficou solitária no Palácio dos Leões.

O jornalista Erasmo Dias, tradicional boêmio de São Luís e grande escritor, estava, como em todas as noites, na zona do meretrício, quando se lembrou dos ossos de D. Pedro. Era alta madrugada. Chamou os bêbados retardatários das pensões de mulheres:

— Dom Pedro I está no Palácio dos Leões. Convido vocês a irem comigo visitar os ossos do Imperador.

Organizou um séquito respeitoso que, cambaleante e silenciosamente, subia e descia as ladeiras desertas da velha cidade para prestar homenagem ao proclamador da Independência.

Chegaram ao Palácio dos Leões, onde estava o caixão, para o velório patriótico.

Na sala de lustres portugueses, luzes baças, o caixão dourado.

Os bêbados se aproximaram. Erasmo foi o intérprete deles. Fechou o punho, bateu forte na tampa do caixão do Imperador e falou com a voz embargada e roufenha, pela cerveja e pela noite:

— Guabiru! Guabiru! Papaste as melhores damas do Império!

Feita a homenagem, retiraram-se em respeitoso silêncio.

D. Pedro adorava cavalos e formara o hábito de elogiá-los aos donos, que acabavam por presenteá-los ao Imperador. Uma feita admirou um cavalo de um homem de sua guarda de honra, Domingos Marcondes de Andrade. Elogio, elogio, e nada. D. Pedro comentou o apreço exagerado do dono pelo animal. O guarda lhe disse que corria que ele costumava chamar os cavalos pelo nome de quem os presenteara e que nunca nenhum Marcondes fora montado. Assim o cavalo passou ao Imperador com a promessa de nunca o chamar com o nome do antigo dono.

Conta-se que D. Pedro I, após a abdicação, quando partia para a reconquista da coroa portuguesa, viu aquela fileira de barões nomeados por ele, deputados e senadores, entre a solidariedade e o medo do futuro.

O Marquês de Paranaguá apresentou-se na nau inglesa Warspite. D. Pedro disse-lhe que dele não podia se encarregar, pois já trazia muita gente às costas.

— Espero que não irá a Portugal antes de minha filha ficar estabelecida no trono; proíbo-lhe.

— Mas, senhor, que quer que eu faça? Não tenho fortuna.

— Faça o que quiser, não é da minha conta: por que não roubou como Barbacena? Estaria bem, agora.

Barbacena negociara o casamento de D. Pedro com D. Ana Amélia, e o Imperador o considerava inescrupuloso.

Era o mesmo Dom Pedro que dissera ao Marquês de Quixeramobim sobre Gonçalves Ledo, um dos grandes heróis da Independência e homem de grande prestígio, inimigo dos Andrada, quando aquele defendia do crime de responsabilidade seu Ministro da Guerra, General Oliveira Álvares:

— Forte tratante! É a terceira vez que o compro e em todas me tem servido bem.

Desde 1826 abdicara da Coroa portuguesa em nome da filha, Maria II. D. Miguel, seu irmão, dera um golpe de Estado e formara um regime absolutista. Depois de preparar, com parcos recursos, o resgate de Portugal para a filha e para o liberalismo, D. Pedro, usando o título de Duque de Bragança, finalmente desembarca perto do Porto, em julho de 1832. Um ano depois de tremendo esforço, em que fizera de tudo, até montar canhões, conquista Lisboa e Porto; em maio de 1834 assina a Paz. Mas, nas comemorações, leva o lenço à boca num acesso de tosse e o retira vermelho de sangue: está tuberculoso. Continua, com imensa dificuldade, trabalhando. Ocupa, no Palácio de Queluz, o Quarto dom Quixote — decorado com cenas do livro de Cervantes —, onde nascera. E ali morre, quatro meses depois, vitorioso contra os moinhos de vento da História.



segunda-feira, 21 de março de 2022

PONTO DE VISTA - UMA GRANDE OPORTUNIDADE- POR JOAQUIM HAICKEL

 


Por Joaquim Haickel

Já faz algum tempo comentei com alguns amigos, que a política do Maranhão tinha tudo para passar de um patamar conflagrado, cheio de disputas e intrigas, para um estágio de evolução, onde a união, a paz e a prosperidade, tomariam o lugar das acirradas divergências de outrora.

Disse a eles que isso aconteceria quando do natural declínio hegemônico do grupo liderado pelo ex-presidente José Sarney, mas não antes de haver um acirramento entre este grupo e um outro que quisesse se estabelecer em substituição a ele, mas que isso não perduraria, pois as mudanças geracionais, culturais e políticas não permitiriam que continuassem a existir hegemonias como aquela, e como tantas outras que existiram por nosso país.

Eu sempre disse que Flávio Dino seria governador do Maranhão, e que tentaria se firmar como liderança que se igualasse a Sarney, mas sempre soube que isso não aconteceria, não que Flávio não tivesse capacidade para isso, mas pelo fato de só ter sido possível existir uma liderança como a de Sarney, porque no tempo em que ela nasceu e se consolidou, era possível que isso acontecesse. Hoje em dia, lideranças como aquelas não são mais plausíveis nem possíveis de existir. Os tempos são outros.

Previ que se passaria por um breve interlúdio, gerado pelo declínio natural de quem permaneceu tanto tempo no poder, e o novo poder estabelecido. Que haveria uma fase de transição, que a princípio poderia parecer e até em alguns casos, ser, violenta, mas que com o arrefecimento dos ânimos, graças a sabedoria do antigo morubixaba, e pelo rápido amadurecimento do novo cacique, as coisas poderiam se consolidar de forma a fazer com que caminhássemos todos para um tempo em que o Maranhão marcharia junto, mesmo que não totalmente unificado, em busca de tempos melhores.

O que eu não previ é que isso seria feito pelas mãos de alguém que fosse desprovido de maiores ambições, que fosse alguém que não causasse medo nas pessoas, alguém que não usasse o poder para intimidar ou submeter, correligionários e adversários. Não imaginei que teria que ser manso, o artífice desta obra.

Eis que surge Carlos Brandão, homem simples, de temperamento afável, comedido, simpático, que pela sua forma de ser, pode conseguir, graças ao ambiente que temos hoje, graças às mudanças sociais, políticas e culturais que ocorreram nos últimos tempos, uma coisa que nem Sarney nem Dino conseguiram. Juntar todos os políticos do Maranhão… Se não todos, pelo menos os mais relevantes eleitoralmente, em torno de um projeto de ESTADO, onde mais importante que grupos e partidos, seja realmente o povo e a organização administrativa que o agrega.

Lembro que também previ, e parece que nisso eu errei feio, que haveria um grande acordo entre as duas bandas do grupo liderado por Flávio Dino. Brandão seria candidato a governador, Weverton indicaria o candidato a vice, e até ao senado, caso Dino fosse candidato a vice-presidente da república.

Sempre soube que o candidato sendo Brandão, pela boa relação que ele sempre teve com importantes figuras ligadas ao ex-presidente José Sarney, o grupo iria apoiá-lo, pois este seria um movimento natural, e seguir os movimentos naturais é uma das regras fundamentais e imutáveis da boa política.

Os movimentos refratários e persecutórios ao grupo Sarney, de forma indiscriminada, perpetrados por Flávio Dino, assim que assumiu o poder, se mostrou eficiente por um lado e inócuo por outro, pois se aquilo serviu para ele fazer uma limpeza no ambiente, acabou matando junto, a oportunidade de unir quase todos os políticos do Maranhão em torno de si. Essa oportunidade Brandão tem agora.

Mas para que isso aconteça, de maneira retumbante, precisaria que o senador Weverton Rocha entendesse que o momento não é de confronto, que apesar dele não perder nada, caso não vença a eleição ao governo, pelo fato de ter ainda quatro anos de mandato de senador, ele deveria pensar naquilo que poderia ser mais interessante para seus companheiros, que não são poucos nem fracos, que correm o risco de ter no mínimo contra si, a má vontade do próximo governador e da próxima administração estadual.

Por outro lado, infelizmente, ainda consigo identificar, principalmente no grupo ligado a Brandão, pessoas com um velho pensamento, algo mais antigo que o vitorinismo, do tempo em que Benedito Leite e Magalhães de Almeida mandavam em nosso Estado, gente que tem um lema, que em minha opinião sintetiza o que há de pior na política e na vida: “Quanto menos somos, melhor passamos”. Existem pessoas assim também do lado de Weverton, mas acredito que Brandão, nem as pessoas mais importantes, próximas a ele pensam desta forma, e acredito que Weverton também não.

Em minha modesta opinião, o melhor que poderia acontecer para o nosso ESTADO, para a nossa GENTE, seria que os grupos políticos majoritários de nossa terra entrassem em um grande acordo, e que não houvesse disputa, entre eles, quanto aos cargos majoritários no Maranhão, em 2022. Penso que assim todos sairiam ganhando.

Isso não é coisa fácil de acontecer, mas nada impede que seja tentado! Digo isso como livre pensador que sou. Livre e pensador o suficiente para saber que muitas vezes, existem coisas que estão à nossa frente, coisas obvias, e não as enxergamos nem ouvimos, até que uma criança ou alguém a quem não damos importância, nos mostre.

PS: Lembro a você que me lê agora, que em uma contenda, existem aqueles que ganham mais com ela que os próprios contendores. São os apostadores, que muitas vezes não arriscam nada na disputa, mas ganham muito com ela.



domingo, 20 de março de 2022

COLUNA DO DR. ERIVELTON LAGO



  •  DIREITO PENAL: AS APARÊNCIAS ENGANAM
  • Nos processos julgados pelo Tribunal do Júri, a desclassificação é uma decisão interlocutória modificadora da competência, pela matéria, e se dá quando o juiz discorda com a imputação contida na denúncia e diz que o crime é outro que não seja o doloso contra a vida. Essa informação está no artigo 419 do Código de Processo Penal. Uma certa vez, o jovem Jacó Carvalhal Rocha desferiu um tiro em Vanderlei Serra quando esse espancava uma jovem senhora numa festa no povoado Recanto dos Sonhos, em Santa Inês, MA. O povo que estava por ali começou a gritar: homicídio! Homicídio! o homem matou o outro barbaramente. Outros diziam: ele não morreu, ainda está arquejando! Chamem a ambulância! - A ambulância chegou e o jovem baleado foi levado para o hospital, no caminho o veículo bateu numa carroça e caiu dentro de um riacho que beirava a estrada. O jovem baleado morreu. Arquimedes, um dos médicos da cidade, foi o perito do caso e disse o seguinte, depois dos exames de praxe: A bala transfixou o abdômen da vítima perfurando o intestino grosso, mais especificamente o cólon, porém, “o homem morreu afogado”.

    O promotor e o juiz não aceitaram a conclusão do médico perito e disseram: se ele não tivesse sido baleado não teria sido conduzido para o hospital, se não tivesse ido na ambulância não teria morrido, assim, Jacó tem que ser levado a julgamento pelo tribunal do júri. Josafar Lento, o advogado de defesa, não recorreu da decisão que mandou o acusado a júri. Assim, o jovem foi levado a julgamento no dia 11 de setembro de 2007. Romão Dylli Genty foi o advogado contratado pela família do acusado para fazer a sua defesa no plenário do Júri. No dia do julgamento, o promotor de justiça, Bartolomeu Kaifás, disse que Jacó matou a vítima por motivo fútil; que só Deus tem o direito de tirar a vida de um ser humano. O advogado do acusado afirmou em plenário que a vítima foi ferida por disparo de arma de fogo, mas sua morte foi por afogamento proveniente do acidente ocorrido no trajeto entre o local do crime e o hospital. Disse também que tudo que ali explicava estava escrito no artigo 13, parágrafo 1º do Código Penal e no laudo pericial. Encerrados os debates, já na sala especial, o juiz fez a seguinte pergunta aos jurados: senhores jurados, o acusado Jacó fez um disparo de arma de fogo contra a vítima Vanderlei? Os jurados responderam, sim, ele atirou na vítima. Em seguida, o juiz perguntou novamente para os jurados: o ferimento causado pelo disparo deu causa à morte da vítima Vanderlei? Os jurados responderam, não, pois a vítima morreu afogada como disse o médico e o advogado. Quando os jurados deram essa resposta, o juiz disse: vocês acabaram de fazer uma desclassificação própria, agora eu tenho que condenar o Jacó, não por homicídio, mas por lesão corporal seguida de morte. O acusado foi condenado a cumprir pena de 4 anos de prisão. Essa pena está descrita no artigo 129, parágrafo 3º do Código Penal Brasileiro. Moral da história: no direito penal, como em muitas coisas da vida, as aparências enganam. No caso aqui relatado, aquilo que o senso comum viu como sendo um homicídio, na verdade era uma lesão corporal seguida de morte. As aparências enganam.. 


DIAGNOSE- DICA DE SAÚDE- ROSÁCEA

 


De repente, você sente uma ardência na pele e percebe que ela está avermelhada, esses são alguns sinais de um problema crônico, mas que tem solução! Afinal, como tratar rosácea?

Existem alguns tipos de problemas que podem se desenvolver na pele, portanto é preciso identificá-los para entender qual o tratamento adequado. Pensando nisso, trouxemos este post com tudo o que você precisa saber sobre a rosácea e como controlar os sintomas. Ficou curiosa? Continue a leitura e confira!



O que é exatamente a rosácea?

A rosácea é uma doença crônica inflamatória de pele bastante comum. Os sintomas mais característicos são a vermelhidão e as lesões inflamadas nas áreas das bochechas, nariz, testa e queixo.

Ela surge entre os 30 e 50 anos e afeta mais mulheres do que homens. Embora seja mais recorrente na pele clara e oleosa, ela pode aparecer em todos os tipos de cútis.

É importante saber que existem 5 subtipos de rosácea: eritemato telangectasia, rosácea pápula pustulosa, rosácea fimatosa, rosácea ocular e granulomatosa. Por isso, deve-se buscar ajuda médica para diagnosticar como tratar rosácea antes de fazer qualquer investimento


Por que ela aparece?

A causa certa da rosácea ainda é desconhecida, mas podemos dizer que é um conjunto de fatores hereditários e ambientais. Algumas situações podem aumentar o fluxo sanguíneo na pele do rosto, e, assim, surgir a vermelhidão. A seguir, veja quais são:

alimentos e bebidas muito quentes, como o café ou chás;

comidas picantes;

bebidas alcoólicas;

temperaturas extremas no corpo sem proteção: muito calor ou muito frio;

exposição direta ao sol;

muito estresse, vergonha ou raiva;

atividade física intensa;

sauna e banhos muito quentes;

uso de medicamentos, como corticosteroides e os que dilatam os vasos sanguíneos.

Quais são os sintomas da rosácea?

Além do rubor e da ardência, outros sintomas caracterizam a rosácea. Por isso, é interessante saber quais são para buscar ajuda profissional, caso você desconfie que tem o problema. Conheça os sinais:

rosto vermelho com pequenos vasos sanguíneos aparentes no nariz e nas bochechas;

protuberâncias no rosto que parecem com acne;

secura nos olhos, pálpebras avermelhadas, muitas vezes com irritação e inchaço;

em alguns casos, a pele pode engrossar, principalmente na região do nariz dando aspecto grosseiro e, até mesmo, modificando o formato dele.

Como tratar a rosácea?

Ainda não existe a cura para a rosácea, mas a boa notícia é que com os tratamentos certos é possível manter os sintomas bem atenuados e evitar os incômodos. Quer saber como controlar essa doença? Acompanhe!

Eliminação dos gatilhos

O primeiro passo para manter a rosácea sob controle é evitar os fatores que fazem com que ela apareça. Afinal, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Veja algumas atitudes para isso:

não consuma alimentos e bebidas muito quentes e picantes;

elimine as bebidas alcoólicas do seu dia a dia; evite a exposição ao sol, ao vento e ao frio; 

prefira lugares frescos e com sombra; não tome banhos muito quentes ou de sauna;não use dermocosméticos que contenham álcool, adstringentes, ácidos e abrasivos.

Outro ponto importante é sobre as atividades físicas. Elas são fatores que podem desencadear a rosácea, já que gera um fluxo sanguíneo maior. Como elas são fundamentais para a saúde e não podemos deixar de praticá-las, prefira as que são feitas em lugares bem ventilados e protegidos do sol.

Cuidados com a pele

Todos os tipos de pele precisam de cuidados especiais, pois somente dessa maneira é que se mantêm saudáveis e com aparência mais bonita. No caso da rosácea, é preciso redobrar o zelo e usar produtos específicos.

A rotina começa utilizando sabonetes e hidratantes adequados, além do protetor solar para evitar ainda mais agressões à cútis. Geralmente, esses produtos devem ser os indicados para peles sensíveis, porém é necessário uma consulta com o dermatologista para a correta prescrição .

Antibióticos

Muitas vezes, são prescritos os antimicrobianos e os antiparasitários de uso tópico. Isso porque a rosácea favorece o desenvolvimento de micro-organismos, principalmente as que desenvolvem pústulas, o que pode inflamar, caso os remédios não sejam usados.

Se esses medicamentos não derem conta de resolver o problema, são receitados os antibióticos orais. Dessa maneira é possível tratar as lesões e evitar que novas apareçam.

Colírio e imunossupressores

Esse tratamento serve para a rosácea ocular em que colírios com ou sem antibióticos e medicamentos imunossupressores são indicados para melhorar a qualidade de vida do paciente. Nesse caso, é imprescindível o acompanhamento pelo médico oftalmologista.

Luz pulsada

A luz pulsada é um procedimento amplamente utilizado no tratamento da pele. Ela serve para amenizar rugas, olheiras e manchas, além de ajudar na aparência da rosácea.

Esse recurso atua reduzindo os vasinhos da pele e diminuindo os poros, já que ambos ficam muito aparentes na pele com rosácea. Existem diferentes tratamentos no mesmo segmento, como o laser fracionado, cada qual indicado de acordo com a variante da cosárea.

Cirurgia para rinofima

A rinofima é o aumento do tamanho do nariz por conta do engrossamento da pele com rosácea. Durante um tempo, achava-se que essa condição se dava pelo abuso de bebidas alcoólicas, mas hoje já se sabe que indivíduos que não tomam álcool também podem desenvolvê-la.

Para corrigir o problema, é indicado o tratamento cirúrgico com o objetivo de remodelar o nariz deixando-o mais harmônico. A cirurgia pode ser feita por meio de bisturi ou laser.

Além disso, a dermoabrasão também é indicada. O procedimento consiste na aplicação de uma escova rotativa que lixa a pele removendo as camadas mais superficiais. Com a regeneração dos tecidos, surge uma nova cútis mais suave.

É importante lembrar que qualquer tipo de rosácea deve ter o tratamento prescrito por um médico dermatologista ou oftalmologista, se for o caso. Embora seja benigno, todo o cuidado é pouco. Afinal, queremos uma pele saudável, não é verdade?

Muitas pessoas ainda têm dúvidas de como tratar rosácea. Apesar de ser uma doença crônica que não tem cura, dá para controlar os sintomas e, assim, ter uma pele bonita e viçosa. Para isso, é preciso ter alguns cuidados e fazer o acompanhamento médico.