Há quem diga que não há dia certo para beber. Outros
preferem o fim de semana. Mas lembrar de bebida alcoólica em plena quarta-feira
não seria demais? Parece que não para aqueles que sabem apreciar uma boa
caninha, branquinha, parati, aguardente, pinga, enfim cachaça. Apreciada no
país inteiro, a bebida ganhou vários nomes, com influência dos regionalismos. E
como forma de homenagear os cachaceiros e produtores da bebida de todo o
Brasil, é comemorado nesta quarta-feira (13) o Dia Nacional da Cachaça.
A data foi criada pelo Instituto Brasileiro da Cachaça
(Ibrac) em 21 de maio de 2009, durante a feira Expocachaça, em Belo Horizonte.
Apesar de os produtores e o instituto comemorarem o dia, ele ainda é um projeto
de lei, que tramita na Câmara dos Deputados.
Produção
de cachaça em Minas e no Brasil está cada vez mais diversificada.
De acordo com dados do Ibrac, hoje no Brasil, existem 40
mil produtores de cachaça, sendo que 99% são micro ou pequenos produtores.
Ainda segundo o instituto, existem quatro mil marcas de cachaça no país, que
contribuem com 600 mil empregos diretos e indiretos. No ano passado, o país
exportou 10,8 milhões de litros da bebida. Os principais compradores foram
Alemanha, Estados Unidos, Portugal e França.
A cachaça é considerada símbolo da identidade do povo brasileiro. A justificativa pode ser buscada na história. Em 1660, uma rebelião de produtores que ficou conhecida como Revolta da Cachaça foi determinante para que a Coroa Portuguesa legalizasse a produção e comercialização da bebida. A liberação acontece justamente em 13 de setembro de 1661. O folclorista e professor Carlos Felipe, presidente da Comissão Mineira de Folclore, explica que a proibição era uma forma de incentivar o consumo da bagaceira, bebida produzida pelos portugueses a partir do bagaço da uva. “A elite bebia a bagaceira, o vinho. Para os escravos, era jogado o restolho da cana de açúcar, que era a cachaça”, diz.
De acordo com o folclorista, as primeiras referências históricas dão conta de que a produção da cachaça começou no Rio de Janeiro e na Bahia. “No século 16, já há relatos da bebida fabricada do restolho da cana. A cana não utilizada na produção de açúcar era colocada para fermentar e consumida alambicada, isto é, esquentada e filtrada. Esse produto era para bebida de escravos, dava energia para eles”, conta.
Produção em Minas
Em Minas, estado hoje com tradição na arte da cachaça artesanal, a produção começa mais tarde, na segunda metade do século 17. “A partir do final do século 17 e durante o século 18, Minas era a província mais populosa, inclusive de população escrava. Havia o maior consumo de bebidas e esse consumo era abastecido por bebidas feitas na terra. A cachaça era produzida no fundo de quintal. Era mais fácil fazer a cachaça que trazer vinhos de Portugal. Para atender essa demanda, fabricava-se muita cachaça. Aos poucos, virou um produto típico de Minas Gerais”, explica.
A cachaça Germana, marca produzida há mais de 26 anos em Nova União, região central de Minas, chega a produzir 300 mil litros da bebida por ano. O gerente comercial da marca, Márcio Gomes, disse que eventos como o Dia Nacional da Cachaça são muito importantes para mostrar o valor desta bebida que é genuinamente brasileira.
A cachaça é considerada símbolo da identidade do povo brasileiro. A justificativa pode ser buscada na história. Em 1660, uma rebelião de produtores que ficou conhecida como Revolta da Cachaça foi determinante para que a Coroa Portuguesa legalizasse a produção e comercialização da bebida. A liberação acontece justamente em 13 de setembro de 1661. O folclorista e professor Carlos Felipe, presidente da Comissão Mineira de Folclore, explica que a proibição era uma forma de incentivar o consumo da bagaceira, bebida produzida pelos portugueses a partir do bagaço da uva. “A elite bebia a bagaceira, o vinho. Para os escravos, era jogado o restolho da cana de açúcar, que era a cachaça”, diz.
De acordo com o folclorista, as primeiras referências históricas dão conta de que a produção da cachaça começou no Rio de Janeiro e na Bahia. “No século 16, já há relatos da bebida fabricada do restolho da cana. A cana não utilizada na produção de açúcar era colocada para fermentar e consumida alambicada, isto é, esquentada e filtrada. Esse produto era para bebida de escravos, dava energia para eles”, conta.
Produção em Minas
Em Minas, estado hoje com tradição na arte da cachaça artesanal, a produção começa mais tarde, na segunda metade do século 17. “A partir do final do século 17 e durante o século 18, Minas era a província mais populosa, inclusive de população escrava. Havia o maior consumo de bebidas e esse consumo era abastecido por bebidas feitas na terra. A cachaça era produzida no fundo de quintal. Era mais fácil fazer a cachaça que trazer vinhos de Portugal. Para atender essa demanda, fabricava-se muita cachaça. Aos poucos, virou um produto típico de Minas Gerais”, explica.
A cachaça Germana, marca produzida há mais de 26 anos em Nova União, região central de Minas, chega a produzir 300 mil litros da bebida por ano. O gerente comercial da marca, Márcio Gomes, disse que eventos como o Dia Nacional da Cachaça são muito importantes para mostrar o valor desta bebida que é genuinamente brasileira.
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