Deputados da bancada de oposição
criticaram ontem o governador Flavio Dino (PCdoB), por ele ter censurado a
prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge, num evento oficial do Palácio dos Leões
que ocorreu no último sábado no município.
Convidada para o palanque, onde Dino
anunciaria investimentos na região, Maura Jorge foi impedida de discursar. Dino
chegou a discutir com a prefeita no palanque, o que provocou mal-estar e
constrangimento às lideranças presentes, entre elas, ao secretário de estado de
Desenvolvimento Social, Neto Evangelista (PSDB), genro da chefe do Executivo
Municipal.
A deputada Andrea Murad (PMDB) se
solidarizou à prefeita e repudiou a atitude do governador. “Depois de olhar
aquela cena, fico me perguntando: como pode um governador tão descortês, tão
mal educado? Flávio Dino poderia ter chagado lá feliz por estar próximo do
povo. Mas não, chega carrancudo, com raiva, querendo despejar toda a sua fúria
contra a prefeita só porque ela não é do lado dele”, disse.
O Maranhão virou uma república de
amigos. Se não for amigo do governador, não serve Andrea Murad, deputada
estadual pelo PMDB Edilázio Júnior (PV) também criticou a postura de Flávio
Dino. O parlamentar disse ter ficado espantado com a forma com a qual o comunista
tratou Maura Jorge. “Não sei qual adjetivo cairia melhor para o nosso
governador, se é truculento, arrogante, deselegante, prepotente, grosseiro,
descortês, autoritário, ou simplesmente mal educado. A prefeita foi convidada
pelo cerimonial para ir aquela inauguração. Se ele não a quisesse lá, não teria
sequer combinado para que ela fosse falar. Mas, no meio do caminho, no meio da
cerimonia, ela foi censurada”, criticou.
Coronelismo – Adriano Sarney (PV) se disse impressionado com a falta de traquejo
político do governador. “Se um governador, que é chefe do Executivo vai a um
município e não permite que a chefe do governo municipal fale, é grave, é
sério, é antirrepublicano, é antidemocrático, não convém. Vi atentamente o
vídeo, e lá em determinado momento, o governador diz que é combatente do
coronelismo. Veja só, em um momento em que ele é coronel, em que ele é ditador,
em que lembra Stalim no seu mais alto momento comunista, o governador fala em
coronelismo”, pontuou.
O líder do governo na Casa, deputado
Rogério Cafeteira (PSC), tentou amenizar. Afirmou que o cerimonial já havia
combinado com a prefeita, para que apenas Dino usasse a palavra no palanque. A
prefeita, contudo, contesta.
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