FLÁVIO DINO É CITADO EM DELAÇÃO DA ODEBRECHT
Os executivos e ex-dirigentes da
Odebrecht que fecharam acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato
citaram situações suspeitas envolvendo 12 governadores.
Deste total, três serão investigados
no Supremo Tribunal Federal (STF) por terem sido mencionados ao lado de outras
autoridades que têm foro privilegiado na Corte: Tião Viana (PT), do Acre; Robinson
Faria (PSD), do Rio Grande do Norte; e Renan Filho (PMDB), de Alagoas.
Por ordem do relator da Lava Jato no
STF, ministro Luiz Edson Fachin, os episódios que envolvem outros nove
governadores foram enviados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro competente
para julgar os chefes dos Executivos estaduais.
Agora, caberá ao STJ analisar o pedido
e autorizar o início das diligências solicitadas pelo procurador-geral da
República, Rodrigo Janot.
Na lista estão: Paulo Hartung (PMDB),
do Espírito Santo; Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo; Beto Richa (PSDB), do
Paraná; Fernando Pimentel (PT), de Minas Gerais; Flávio Dino (PC do B), do
Maranhão; Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro; Marconi Perillo
(PSDB), de Goiás; Raimundo Colombo (PSD), de Santa Catarina e Marcelo Miranda
(PMDB), de Tocantins.
FLÁVIO DINO DIZ SER INOCENTE APÓS DELAÇÃO
Governador utiliza o
Tweeter para se defender de delatores da Odebrecht e diz ser inocente
O governador Flávio Dino (PCdoB) se
manifestou no Tweeter após ter o seu nome incluído na lista do ministro Luiz
Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato. Ele foi citado por delatores da Odebrecht, mas se diz
inocente.
O delator José de Carvalho Filho disse
ao Ministério Público Federal (MPF) que se reuniu com então deputado federal
Flávio Dino sobre o Projeto de Lei 2.279/2007 que atribuía segurança jurídica a
investimentos do Grupo Odebrecht e que pagou diretamente ao governador Flávio
Dino (PCdoB) R$ 400 mil para a campanha eleitoral em 2010.
O delator disse que Dino teria
solicitado ajuda para a campanha eleitoral. “[…] pagamento efetuado no total de
R$ 400 mil”. A senha para receber o dinheiro teria sido dada ao próprio
parlamentar, afirma o relatório, e a operação foi realizada pelo Setor de
Operações Estruturadas e registrada no sistema “Drousys”.
O governador do Maranhão disse que
jamais atendeu a qualquer interesse da Odebrecht.
“O justo propósito de investigar
crimes muitas vezes atinge injustamente pessoas inocentes. É o meu caso. Tenho
consciência absolutamente tranquila de jamais ter atendido qualquer interesse
da Odebrecht, nos cargos que exerci nos 3 Poderes. Se um dia houver de fato
investigação sobre meu nome, vão encontrar o de sempre: uma vida limpa e
honrada. Tenho absoluta certeza de que a verdade vai prevalecer, separando-se o
joio do trigo. Inevitável a indignação por ser citado de modo injusto sobre
atos que jamais pratiquei. Mas infelizmente faz parte da atual conjuntura”,
disse.
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