Deputado Edilázio Júnior fez dura
crítica à postura adotada pelo governador Flávio Dino
O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) fez
dura crítica à postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), após o
comunista ter sido envolvido no escândalo de corrupção conhecido Lava Jato.
Dino foi citado em delação feita por José de
Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, ao Ministério Público Federal
(MPF).
No depoimento, Filho detalhou o pagamento de R$ 200
mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca de apoio do comunista, então
deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007 de interesse da empreiteira,
na Câmara dos Deputados e afirmou que outros R$ 200 mil foram pagos
na campanha de 2014, mas de forma oficial.
Para Edilázio, o envolvimento de Flávio Dino na
Lava Jato, é uma decepção para o eleitor maranhense.
“Ele, que até ontem era o arauto da moralidade do
nosso Maranhão, que já era uma decepção como gestor e como político, agora é
uma grande decepção com relação à moral. Porque o que ocorreu com relação à
Odebrecht, não se trata de ‘Caixa 2’, se trata de propina”, disse.
Edilázio lembrou que todo o esquema delatado por
José de Carvalho Filho, está registrado pela Odebrecht. Ele enfatizou o apelido
de Dino na denúncia: Cuba, e fez referência à senha utilizada pelo governador,
segundo a delação, para o resgate do dinheiro: Charuto.
“Vale ressaltar que o delator, que se dava muito
bem com ele. Já veio aqui no Maranhão depois de ele ter sido eleito governador.
Visitou ele [Flávio Dino] várias vezes ainda na Embratur. O governador Flávio
Dino hoje morde a própria língua”, enfatizou.
Antes de finalizar o seu discurso, no Grande
Expediente, Edilázio ainda fez uma crítica em relação à postura adotada por
Dino após ter sido citado na Lava Jato.
“Quando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi
citada, na época pelo Paulo Roberto Costa, houve um alvoroço aqui de
governistas, já condenando-a. Hoje o governador morde a própria língua”,
finalizou.
O discurso de Edilázio foi aparteado pelos
deputados Eduardo Braide (PMN), Sousa Neto (PROS) e Adriano Sarney (PV), que
destacaram a coerência no posicionamento.
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