Não sei se foi o poeta que
ao piano compôs uma das mais belas canções, ou se foi a musa que invadiu por
querer a inspiração do poeta para que seu mome “Lígia” se eternizasse na voz e
no tom do grande artistaTom Jobim. Só sei que era Lígia, e seus olhos castanhos
meteram medo no poeta, mais que um dia de sol. Lígia, Lígia.
E de sol viveu Ligia, pele
morena, sorriso farto, franco e eterno, humor às alturas. Sempre elegante, amava as
cores, o mar e filtrava sempre os dias claros, com seus óculos escuros, adereço
que como identidade, tornou-se parte do seu perfil. Lígia ria de tudo, até da
dor que o consumiu.
Wania, Lígia e Carmem Lopes |
Sempre atual, Lígia soube ser
a mulher que sempre imaginou ser: alegre, elegante, charmosa – a denominação
real da beleza, cheia de vida. “Cheia de vida. Nessas duas palavras
estão: a alegria, o sorriso de que o mundo é só festa e nada de chorar, o viver
hoje, o agora, o momento, o presente” destaca a Dra. Tenilde Teixeira, irmã
do seu primeiro esposo, o engenheiro civil Dr. Tairon Teixeira com quem teve quatro filhos, Alex, Tatiana,
Tairon Filho e Alvina.
O termo “cheia de vida” destacado
no texto da Dra. Tenilde, não é figura de linguagem, é uma realidade que conviveu
com Lígia, seus quatro flhos que lhe deram os netos João Victor, Diego, Victor
Hugo, Danilo, Maria Clara, Arthur Gabriel e Tairon Neto, literalmente cercada
de vida, literalmente cheia de vida.
Filha de Judite Cariolanda
Freitas e Raimundo Feitosa de Abreu, Ligia deixou Bacabal após separar-se.
Instalou-se em São Luis onde conheceu o Procurador de Justça do Estado, o Dr.
George Arrais, com quem viveu até o seu ultimo momento.
Lígia era um amor de pessoa,
excelente esposa, excelente mãe, excelente avó, carregava consigo um astral de
causar inveja e uma juventude eterna, com todas as suas inventices e modernidades.
Dra. Graça Almeida e Lígia |
Lígia nos deixou aos 64 anos
e o seu desaparecimento precoce nos
tomou de susto e surpresa, como uma flor que balança suavemente aos caprichos da
brisa da manhã, e a tarde é arrancada por uma tempestade inesperada e violenta. “Lígia era uma mulher forte, alegre, amiga.
A conheci há muito tempo atrás. Além de bonita, elegante era uma pessoa que
passava uma coisa boa, uma energia positiva. Ligia era uma pessoa alegre,
sempre pra cima”, diz a advogada, amiga e vizinha Dra. Graça Almeida.
Sempre vaidosa, perfumada,
bem vestida, penteada, estava sempre enturmada, fosse num bate papo de mesa de
bar, fosse com os amigos de seu companheiro George nas peladas matinais dos domingos,
fosse em um chá das cinco com as amigas, fosse com a família num feriado ensolarado
na praia, ou mesmo em sua própria casa ou em uma reunião mais formal, ela
sempre era o centro, a dona da palavra final.
Cristiane Pinho e Lígia |
Mas a vida tem o dom da transformação
e o belo pelo belo, lhe transformou em
um lindo colibri que agora enche de cores os jardims do ceu e de vôo em vôo
fecunda as flores, que lindas, são colhidas todas as manhãs para enfeitar o
altar de Deus.
Lígia, voarás e acharás a
mais bela flor. Beijarás e verás que cada pétala, é um dos teus, que em cada oração
encontrará a paz, a tua paz, e de volta ao teu ninho, de asas abertas, em teu límpido
canto, pedirás a Deus desculpa, pela tua
culpa, tua culpa, tua máxma culpa e ele te perdoará, e serás o colibri predileto do céu, para todos os séculos e séculos
sem fim.
A ti, todo amor.
George Arrais e Lígia
7º
DIA - MSSA CONVTE
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