A CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus produzida pelo laboratório chinês Sinovac e testada no Brasil pelo Instituto Butantan, segue um padrão diferente das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca e foi criada com base no próprio vírus inativado, estratégia mais comum para imunizantes.
Segundo dados divulgados pelo Instituto Butantan, ela é 50,38% eficaz – estando quase 0,4 pontos percentuais acima dos 50% de eficácia pedidos para a aprovação de uma vacina no mundo todo. Para desenvolver a vacina, os cientistas criaram uma cultura do coronavírus em laboratório, deixando-o inativado para a aplicação em pacientes.
O vírus é colocado em cultura, no meio de células, e quando tem um monte de novas células ali presentes, eles inativam esse vírus com processos físicos ou químicos, mas mantém as características, que uma vez inoculado no organismo humano na forma de vacina, vai estimular a produção de defesas.
Os testes para estudos clínicos com a CoronaVac começaram em julho do ano passado em 8 estados. O estudo foi realizado com 13.060 voluntários, todos profissionais da saúde e expostos diariamente à covid-19. Metade do grupo recebeu placebo e a outra metade tomou a vacina. Desde o início dos estudos, 252 pessoas foram infectadas: 167 do grupo placebo e 85 que tomaram a vacina. Entre os vacinados, não houve nenhum caso grave e nem moderado. O imunizante é seguro e chega para salvar vidas
Até 100% de diminuição de internação e gravidade de doença, com pouquíssimos efeitos colaterais, vai ajudar a salvar vidas, que é o mais importante.
A aplicação da CoronaVac ocorre em duas doses, sendo a segunda entre 14 e 28 dias após a aplicação da primeira.
A vacinação já está acontecendo aos prioritários.
Por Dr. Otávio Pinho Filho
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