A preocupação com a saúde é um fator importante para o engajamento e envolvimento dos colaboradores. Campanhas e ações acontecem ao longo de vários meses para conscientizar as pessoas sobre o bem-estar e a prevenção. É o caso do penúltimo mês do ano, que recebe a coloração azul. Relacionar o Novembro azul e RH significa abraçar o movimento e promover ações internas.
Segundo pesquisas realizadas pela Bayer, os homens negligenciam a própria saúde. O medo e alguns preconceitos internalizados são os principais motivos que fazem com que eles evitem a ida ao médico. Um exemplo do tabu a ser superado é o câncer de próstata, tema que envolve o Novembro Azul.
Conscientizar os homens sobre os cuidados com a saúde envolve uma comunicação clara e cuidadosa. Por isso, é importante ter um alinhamento adequado na abordagem do Novembro Azul.
O RH é um aliado importante nessa campanha, veja o porquê aderir e como fazer ações de prevenção. Acompanhe!
Qual a importância do Novembro Azul?
Assim como o Outubro Rosa, a campanha do Novembro Azul é uma ação mundial para a conscientização e prevenção do câncer. Nesse caso, o foco são os homens que sofrem com o câncer de próstata — o segundo maior tipo oncológico entre os brasileiros, segundo o Instituto Nacional de Câncer.
As principais vítimas desse tipo de câncer são homens acima de 50 anos. Por isso, é incentivado que os exames de prevenção sejam realizados com mais frequência a partir dos 40 anos de idade. Quando mais cedo detectado, mais fácil fica o tratamento e a possibilidade da máxima recuperação.
A glândula está presente apenas nos homens, localizada na parte baixa do abdômen. É um órgão de tamanho pequeno, em formato similar a uma maçã. Ele está abaixo da bexiga e à frente do reto.
A próstata envolve toda a parte inicial da uretra, tubo no qual passam a urina e os espermatozoides. Aliás, a próstata é responsável pela produção do sêmen, a parte líquida espessa que contém os espermatozoides.
A origem do Novembro Azul
O movimento nasceu na Austrália, em 2003. Aproveitando o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata — realizado em 17 de novembro —, os australianos elaboraram uma campanha que conscientizasse os homens sobre os índices de casos e a necessidade de prevenção.
No Brasil, o Novembro Azul chegou em 2014, quando realizou ação em todo o país iluminando vários pontos turísticos. O grande desafio é combater o preconceito em torno do exame de próstata. Ainda é muito forte o estigma em relação ao popularmente conhecido “exame de toque”, um dos métodos de percepção de anomalias da próstata.
Como trabalhar o Novembro Azul e RH?
A preocupação com o bem-estar dos trabalhadores é fundamental para manter equilibrado o clima organizacional. É uma maneira da empresa mostrar que se importa com os colaboradores não apenas no sentido profissional, mas também pessoal.
Falar sobre o Novembro Azul, porém, não é simples. Como dissemos, há muito preconceito em torno da necessidade dos exames, além da marcante negligência masculina em procurar por médico.
Esses dois fatores são cruciais para o crescimento dos casos de câncer de próstata e número de óbitos provocados por complicações da doença.
Tres maneiras de aderir ao Novembro Azul na empresa
Falar sobre o Novembro Azul é muito mais do que colorir o prédio na cor azulada. É preciso trazer abordagens que não gerem desconforto ou exposição dos colaboradores e, ao mesmo tempo, incentive a superar os preconceitos para fazer os exames necessários.
1. Fazer uma abordagem por meio dos sintomas
Abordar a campanha com os colaboradores pode ser delicado e não contar com muito engajamento. Portanto, a maneira de conseguir maior envolvimento é abordar os sintomas que podem indicar alguma anomalia. A conscientização é o primeiro passo para superar os tabus.
É importante dizer que o câncer da próstata tem evolução silenciosa em sua fase inicial. Muitos pacientes podem não apresentar nenhum sintoma, o que prejudica o acompanhamento sem estar com um médico.
Em fase mais avançada, quando há um crescimento do tumor, costuma-se aparecer alguns sintomas:
dificuldade de urinar;
necessidade de urinar mais vezes durante o dia;
provocar dor óssea;
infecção generalizada (em casos mais graves);
insuficiência renal (em casos avançados).
É legal produzir uma cartilha apresentando os sintomas e enviar por e-mail para todos da empresa. Assim, é possível conscientizar até mesmo durante o trabalho remoto.
2. Promover rodas de discussão
Por questões estatísticas, algum dos colaboradores podem ter passado — ou conhecido alguém — pelo cenário clínico de um câncer de próstata. Trazer essas histórias para dentro da empresa pode ser uma maneira de mostrar a importância da prevenção.
Para isso, é preciso ter alguns cuidados. Evitar a exposição de quem não está preparado para contribuir é o principal. É importante deixar a pessoa que compartilhará sua história o mais confortável possível, afinal é um assunto delicado.
Fazer rodas de conversa abertas para os colaboradores é uma maneira de mostrar que a empresa está preocupada com o bem-estar e a saúde de todos. Essa conversa pode até mesmo acontecer de forma on-line e contar com a participação de um profissional da saúde.
3. Falar sobre os agravantes
Para conseguir conscientizar os colaboradores é importante abordar os hábitos e fatores de riscos que podem agravar ou aumentar a possibilidade do câncer de próstata:
idade: a incidência quanto a mortalidade aumenta significativamente após os 50 anos;
fatores genéticos: pai ou irmão com caso de câncer de próstata antes dos 60 anos pode refletir fatores hereditários;
hábitos alimentares: excesso de gordura corporal aumenta o risco de câncer de próstata avançado;
exposições a certos produtos: aminas aromáticas (comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, motor de escape de veículo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas estão associadas ao câncer de próstata.
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