MANTIDA GREVE DOS PROFESSORES

 

Nesta segunda-feira (13), teremos duas reuniões intermediadas pelo Ministério Público e o Poder Judiciário no sentido de encerrar a greve, já decretada ilegal, dos professores da rede pública estadual de ensino.

O Sinproesemma segue intransigente e recusando as propostas oferecidas pelo Governo do Maranhão, que na última sexta-feira (10) chegou a oferecer um reajuste de 11%, bem próximo dos 15% que o Governo Federal concedeu e que o sindicato estaria exigindo.

Vale destacar que além da mudança abrupta da postura do Sinproesemma nos dois governos mais recentes, Flávio Dino e Carlos Brandão, os professores no período de 2014 a 2022 tiveram ganhos de 55% nos contracheques.

A remuneração inicial para 20h era de R$ 2.205,75 em 2014 e passou para R$ 3.433,84 em 2022. Um crescimento considerável se comparado a média salarial no mesmo período.

É óbvio que ninguém questiona a necessidade de lutar por melhorias salariais e valorização dos professores. No entanto, não há como negar que a greve é absolutamente fora de hora, uma vez que há propostas do governo de 11% (quase o dobro da inflação), com os professores já recebendo acima do piso nacional.

A educação, direito de todos e único meio comprovadamente eficaz para modificar a realidade de uma sociedade, deve ser a prioridade máxima de todos. E a greve está definitivamente atrapalhando isso. Que continuem os debates sobre as melhorias salariais, que o Sinproesemma, que parece que despertou de um sono profundo, faça manifestações cobrando isso todos os dias, mas que os professores continuem mudando a sociedade em sala de aula, garantindo a educação de qualidade para os maranhenses.

Não existe clima para manter essa greve no meio de negociações que manifestamente não acabaram. Os professores merecem ser valorizados, mas não há postura de governo que justifique a greve.

É aguardar, conferir e torcer para que intransigência seja colocada de lado e o bom senso possa prevalecer em prol da educação maranhense.