Durante entrevista coletiva, na tarde de ontem, segunda-feira (20), o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se posicionou sobre o polêmico bloqueio de 15% no Precatório do FUNDEF dos professores para o pagamento de honorários a cinco escritórios de advocacia.
Depois de ter confirmado, no fim de semana, que o Governo do Maranhão protocolou recurso no STF (Supremo Tribuna Federal) contra o bloqueio, Brandão classificou como “muito estranho” a postura do SINPROESSEMA, que tem avalizado o pagamento de quase R$ 430 milhões para os escritórios de advocacia.
“O sindicato, indevidamente, habilitou-se no processo, fora do prazo, através de cinco escritórios de advocacia, requisitando o direito de honorários a esses advogados, que em nenhum momento participaram do processo, só entraram depois que o processo foi julgado. É um negócio, realmente, muito estranho, ninguém conseguiu entender no Maranhão”, afirmou.
O governador reafirmou que não pode concordar com a postura do sindicato e entendeu ser “falta de ética”, já que o SINPROESSEMA não era parte do processo e se habilitou após o julgamento.
“Primeiro, o governo não concorda. Se tivesse concordando, eu não iria entrar na Justiça. Mas eu acho, primeiro, uma falta de ética, porque o sindicato não era parte do processo, ele se habilita depois do julgamento e não tem o menor sentido nisso. Então, eu acho que é uma coisa completamente fora do normal. Quem é parte legitima desse processo é o Governo do Estado, foi o Governo do Estado que entrou na Justiça, foi fruto de muitas reuniões que fizemos, e ele, sim, é parte. Agora, depois que ganha, todo mundo vai comemorar. É aquela coisa: quando o filho é bonito todo mundo quer ser o pai, aí não dá. Então, nós vamos combater isso”, completou.
Brandão finalizou afirmando que está otimista e acredita que o STF irá derrubar esse bloqueio antes do pagamento das parcelas de 2025 e 2026 dos precatórios, para que os professores recebam o valor de maneira integral.
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