À venda nas lojas.
domingo, 2 de junho de 2013
POR
ISSO A VIOLA CHORA
A
MORTE DE DAMIÃO
Calou-se
a voz do repente
Desafinando
a cantoria
O
mote que era alegria
Virou
frase descontente
O
frio que o verso sente
Congelou
a vil canção
E
pra outra encarnação
O
poeta foi embora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
Fazia
com precisão
As
mais complicadas rimas
Cantando
pelas esquinas
Era
só inspiração
Xaxado,
xote, baião
Trava-língua
e mourão
A
dor corta o coração
Como
um romper de aurora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
A
voz no rádio, cedinho
Acordava
o sertão
Cantava
“pés a quadrão”
Um
galope redondinho
Feliz
como um passarinho
Que
voa na imensidão
Nos
acordes da canção
Que
viaja mundo afora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
A
poesia falada
Na
arte do improviso
Era
como um aviso
N’uma
placa de estrada
Muito
bem sinalizada
Indicando
a direção
Que
leva ao coração
Onde
tua lembrança mora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
O
teu repente na praça
Vai
ficar pra eternidade
A
danada da saudade
Vai
corroer como traça
De
caçador virou caça
Voastes
pra imensidão
E
com grande comoção
O
teu jardim se descora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
Em
tua terra querida
Com
seus rios e palmeiras
A
tão crescente Pedreiras
Foi
pra ti a tua vida
E
na tua nova lida
Como
na tua canção
Hás
de encontrar com João
E
saberás onde ele mora
Por
isso a viola chora
A
morte de Damião
Do livro "Repente Urbano" de Zé Lopes
NOVA CANÇÃO DO EXÍLIO
Minha amada tem palmeiras
Onde cantam passarinhos
e as aves que ali gorjeiam
em seus seios fazem ninhos
Ao brincarmos sós à noite
nem me dou conta de mim:
seu corpo branco na noite
luze mais do que o jasmim
Minha amada tem palmeiras
tem regatos tem cascata
e as aves que ali gorjeiam
são como flautas de prata
Não permita Deus que eu viva
perdido noutros caminhos
sem gozar das alegrias
que se escondem em seus carinhos
sem me perder nas palmeiras
onde cantam os passarinhos
Minha amada tem palmeiras
Onde cantam passarinhos
e as aves que ali gorjeiam
em seus seios fazem ninhos
Ao brincarmos sós à noite
nem me dou conta de mim:
seu corpo branco na noite
luze mais do que o jasmim
Minha amada tem palmeiras
tem regatos tem cascata
e as aves que ali gorjeiam
são como flautas de prata
Não permita Deus que eu viva
perdido noutros caminhos
sem gozar das alegrias
que se escondem em seus carinhos
sem me perder nas palmeiras
onde cantam os passarinhos
E LÁ SE FOI NEYMAR
Sou suspeito para falar sobre Neymar, considero o jovem e boleiro jogador, o melhor que vi jogar nos últimos tempos, superando Robinho, Kaká, Adriano, Ronaldo Fenômeno, Romário e mais alguns outros que poderiam jogar tranquilamente no meu time.
Nos últimos dias o assunto se tornou "pontual", "intenso", pois consideram o ex-craque santista de muita "qualidade".
A Globo se esmerou no assunto, fazia chamadas e mais chamadas, seus locutores eram orientados a chamar a atenção segundo a cada segundo, ficando até cansativo. Não via a hora de, a qualquer momento, o Jornal Nacional designar, escalar um de seus "âncoras" de bancada, William Bonner ou Patrícia Poeta, para fazer plantão em frente ao hotel ou concentração, local onde o novo milionário europeu poderia estar aprontando, quer dizer, negociando ou dando entrevistas sobre sua saída para o Barcelona.
Não via hora, também, da Globo designar, isto é, escalar alguém do seu núcleo de novela para arrumar o cenário e as sequências do próximo capítulo da novela "Neymar: Barça ou Real?".
E essa escolha fez "pipocar" (no bom sentido) debates no rádio e nas rodinhas de bar o que seria melhor para ele: jogar ao lado de Messi ou ao lado de Cristiano Ronaldo? Os mais afoitos dizem que no Barcelona ele se tornará mais um "assessor", mais um ajudante, um garçom, em alto estilo, para Messi. No Real, mesma coisa em relação ao Cristiano (como diz o Felipão).
Acham que a figura dos dois poderá ser um obstáculo para o crescimento do jogador brasileiro. Na minha opinião, se ele jogar o que sabe, não se intimidar nem aceitar ser mais um na multidão, poderá conquistar o espaço que é seu e, em curto espaço de tempo, ser aquilo que esperamos dele, o melhor, o mais completo jogador do momento!.
O leilão me lembrou a chegada do Ronaldinho Gaúcho no Mengão. Antes, houve uma batalha campal entre o clube rubro-negro, Palmeiras e Grêmio para ver quem dava mais. E, naquela esperteza de sempre, o irmão-empresário do dentuço optou pelo Flamengo, uma jogada de marketing daquelas. Ocorre que o Flamengo assumiu um compromisso que não podia cumprir, pagando ao boleiro-baladeiro soma astronômica, fora da realidade do clube e ainda teve uma empresa que não assumiu sua parte no latifúndio e jogou o Mengão às feras, à inadimplência e o manjado jogador foi ganhar menos de um terço no Galo das Alterosas.
Neymar já deu o que tinha que dar no Santos, outrora time de respeito e com elenco dos melhores. O Santos de hoje não é nem a sombra da caricatura do Santos de antigamente. E era agora ou nunca.
Daqui um ano, depois da Copa do Mundo 2014, Neymar teria passe livre e deixaria o Santos a ver navios e avião. Tinha que tirar algum e não fazer como o São Paulo que deixou Kaká sair quase de graça. Por isso, não tinha como segurar mais o jogador moicano na Vila Belmiro e o Santos vai poder fazer um pequeno caixa e reforçar pouco o elenco, embora a saída de Neymar nem com reposição de uns 4 ótimos jogadores chegará ao nível de quando Neymar estava em campo.
No encerramento do "Fantástico", a Globo fez um réquiem de despedida dedicando um "corolário" de imagens homenageando o craque: "O domingo sem Neymar", lógico, a partir de agora. Relembrou lances que marcaram, gols antológicos, firulas, voleios, malabarismos, aquilo que o "menino da Vila" fazia com maestria.
Seus admiradores, suas viúvas, seus fãs de carteirinha, vão ter que assistir pela televisão suas futuras performances. Ficamos órfãos? Talvez não!
Fica a imagem da emoção de sua despedida com lágrimas escorrendo pelo seu rosto de menino, demonstrando que está indo por força das circunstâncias (oportunidade de fixar sua imagem e ganhar um bom dinheiro).
Ficou, também, o festival de gols perdidos pelo Mengão em sua despedida na Arena do Jacaré (Brasília), num zero a zero de mandar pra casa!
O que seria melhor pra ele: ser o melhor do Brasil ou mais um na Europa?
O nível do futebol brasileiro caiu um pouco, bom seria se não fosse, mas fazer o quê?
Só podemos desejar que ele se torne em pouco tempo o melhor do mundo, porque futebol pra isso ele tem.
E ficar torcendo para que surja mais um "fenômeno" para nossos locutores e cronistas esportivos insistirem veementemente que o lugar de "gênio" e "pegar" experiência é nas "Europas"!
E vamos que vamos!
Jamir Lima
UM
MINUTO DE SILÊNCIO
Começo de jogo, o
locutor Osmar Noleto deu as escalações
dos times e o juiz observou um minuto de silêncio . Passando o microfone
para o comentário inicial, Helio Santos disse:
- Pois é, vocês
acabaram de ouvir um minuto de silêncio...
Do
livro “Bacabal, cenas de um capítulo passado” de Zé Lopes.
ZÉ ALBERTO VELOSO
BACABALARIDADE E POPULARIDADE
Quando em 1940, o senhor Antonio José Veloso, o popular Antônio Zuzinha,
chegou em Bacabal vindo da cidade de Campos Sales, interior do Ceará, para
trabalhar no ramo do gado, conheceu a senhora Maria Oliveira com quem se casou
e com quem teve 14 filhos, entre eles José Alberto Veloso, o nono filho.
COM O LAÇO NA MÃO
Menino aguerrido, sempre conheceu a luta do dia a dia e conheceu logo
cedo o valor de aprender. Estudou o primário na unidade escolar Deolindo Couto,
cursou o segundo grau no Colégio Governador Sarney, onde concluiu o curso
técnico em contabilidade.Com a morte de Zuzinha Veloso, seu pai, Zé Alberto
mudou-se para a cidade de Santa Inês onde foi trabalhar com seu irmão Antônio
Veloso, o Toinho, no ramo do gado, ação que lhe tornou conhecido e que lhe
rendeu créditos para alcançar seus objetivos.
FAMILIA
Zé Alberto é homem do campo, conhecedor profundo da agropecuária, ramo
que envolve quase toda sua família e seus irmãos Marina, Doralice, Zuzinha,
Valtenor, Terezinha, Toinho, Chiquinho, Valber, Deusimar, Linda, Gra;a,
Joáozinho e Helena, estão sempre unidos em todos os momentos.
VALEU VAQUEIRO
Amante da vaquejada, seu esporte preferido, Zé Alberto foi convidado por
grandes amigos a voltar para Bacabal, entre eles o então prefeito Dr. Cazuza,
os empres[arios João Américo, Esmerino Gomes, o pecuarista Marcos Sinfrönio e
os comerciantes Artur do Mercado, Raimundo Elias e o Dr.. Gilvan. De volta a
sua terra, conheceu o Coronel Braga e come;ou um relacionamento com sua filha,
Silvia Cristina, com quem se casou e teve três filhos, a advogada Monique
Veloso, a Odontóloga Monique e o deputado Federal Zé Alberto Filho.
POR TRÁS DAS CÂMERAS
Sempre no mundo politico, atuando nos bastidores, Ze Alberto foi o
coordenador e patrocinador das campanhas de sua irmã Doralice Veloso, que
chegou a se eleger por cinco vezes consecutivas como vereadora de Bacabal.
Vendo que seu rebento Alberto Filho, carregava os dons e os dotes da arte de
tratar bem as pessoas, a política, resolveu candidata-lo e o resultado foi mais
uma vitoria. Com o trabalho desenvolvido durante dois anos, Alberto Filho
candidatou-se a deputado federal e mais uma vez foi vitorioso.
NA FRENTE DO POVO
Com todas as ações, projetos e emendas voltadas para Bacabal, o povo
reconheceu que em Zé Alberto, nascia a esperança de um Bacabal mais livre e a
sua candidatura foi efetivada e a vitoria foi consolidada, numa eleição tranquila contra um grupo que já dominava a cidade há 16 anos. Zé Alberto foi eleito
com uma diferença avassaladora de oito mil votos.
sábado, 1 de junho de 2013
MARTELO
AGALOPADO
Quando
o cheiro fatal que vem da chila
Faz
rodar a cabeça do cristão
É
normal se dizer que está doidão
Mesmo
vendo em si a tez tranqüila
As
pegadas deixadas na argila
São
caminhos que levam ao outro lado
Cogumelos
sobre o cocô do gado
Alucinam
o vento matinal
Para
os loucos que se acham normal
Vou
cantando o martelo agalopado.
Revelando
os segredos da ciência
Procurei
ocultar os atuais
Só
pra ver quem consegue um pouco mais
Bem
usar toda sua sapiência
Pesquisando,
escrevi com paciência
O
que achei em papiro reciclado
Para
todos ficou o meu achado
E
agora o mundo pode ler
E
pra’quele que gosta de aprender
Vou
cantando o martelo agalopado
Fiz
amigos por onde eu passei
Para
eles cantei os meus repentes
Foi
bonito agradar, vê-los contentes
Outros
vates, com eles duelei
Um
cigarro de palha eu apertei
De
cachaça, bebi um bom bocado
Quando
estava bebim, embriagado
Era
aí que batia a inspiração
Eu
levava ao delírio, a multidão
Só
cantando o martelo agalopado
Viajando
e ganhando esse mundão
Fiz
gastar várias solas e sapatos
Mas
o tino que dei a tantos atos
Não
passaram de alucinação
E
sonhando encontrei a solução
Numa
frase esquecida no passado
Que
na areia do mar tinha anotado
E
desfeita, se foi, tornou-se duna
Solitário
a vagar feito a espuma
Vou
cantando o martelo agalopado
Na
imagem que a nuvem desenhou
Cintilou
o teu rosto pelo céu
É
que Deus viajando seu pincel
O
teu nome na tela ele botou
Com
a tinta que ele inventou
Coloriu
esse mundo tão amado
Mandou
Cristo tirar nossos pecados
E
a mim, que vivendo em viés
Pediu
que eu ajoelhasse aos seus pés
E rezasse um
martelo agalopado
Do Livro "Repente Urbano" de Zé Lopes.
Assinar:
Postagens (Atom)