domingo, 8 de setembro de 2013



“Estão vendendo tanta coisa em Bacabal, que vai chegar um dia, que para entrarmos na cidade, temos que dar uma grande volta, pois vão vender a ponte”.


Dr. Rinaldo Nunes



O ator Laerte Morrone e Zé Lopes

Rita Ribeiro e Zé Lopes
é

8 DE SETEMBRO DE 2013, UM DIA PARA SE ESQUECER

          O dia amanheceu claro, ensolarado  para saudar a São Luis que completa hoje 401 anos. Apesar de toda essa idade, a nossa capital não tem nada para comemorar. Muita violência, greves, paralisações, vandalismo, buracos nas ruas, obras inacabadas e paradas, o VLT se acabando no Integração da Praia Grande,  caos no transporte urbano, caos no sistema penitenciário, drogas em abundancia, crimes a toda hora e tantos outros e outros  problemas, que faz dessa tão falada Ilha do Amor, a capital com os piores índices do país.  Notadamente  São Luís não teve sorte ao escolher os novos mandatários e as discussões políticas tão veiculadas, é o combustível para mascarar o atoleiro em que se meteu. O dia, apesar de muito bonito, não teve a alegria de outrora com festas, foguetes, inaugurações, shows, comemorações. Esse 8 de setembro de 2013 deixa uma marca vermelha no calendário, ou melhor, duas, uma pelo fato de ser domingo, outra por ser feriado e a própria história contada em capítulos, no final diz que esse dia, é um dia para se esquecer. E fecha o livro e vira a folhinha.



QUE FIM LEVOU NOSSA MÚSICA 
A era do rádio, o inicio de tudo, primava pelos melhores, e assim fez uma estrada onde trilhou belas canções, excelentes compositores, brilhantes intérpretes, o que abriu as portas para os festivais de música. Como uma febre, os eventos promovidos pelas redes de televisão da época, mostravam para o país o nascimento musical de ícones como Chico Buarque, Tom Jobim, Luiz Vieira, Elis Regina, Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Chico Maranhão, Jorge Bem, João do Vale, Luiz Melodia, Rita Lee, Caetano Veloso, Gonzaguinha, Gilberto Gil, Carlinhos Vergueiro, dentre outros.
  Daí, movimentos de vanguarda como a Tropicália, a Bossa Nova, a Jovem Guarda, a ascensão dos Novos Baianos, liderado por Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Baby Consuelo e Galvão, o movimento pop de Cassiano, Zé Carlos Dafé, Hildon, Sandra Sá, Tim Maia, Cláudio Zoli, Banda Black Rio, a invasão dos nordestinos Belchior, Fagner, Amelinha, Zé Ramalho, Elba Ramalho, Alceu Valença, Kátia de França, Terezinha de Jesus, Ednardo, deixaram marcas na história da nossa música popular, que felizmente, não se apagarão, mas  ficarão guardadas nos porões do esquecimento, nas estantes de colecionadores, nas prateleiras de alguns sebos e nos arquivos mortos das rádios mais antigas
Já bem mais pra cá, com a invasão do rock brasileiro, poetas como Cazuza, Frejat, Renato Russo, Léo Jaime, Lulu Santos, Herbert Viana, Marcelo Nova, Roger, Lobão, Paula Toller, marcaram uma geração com letras inteligentes, irreverentes, bem humoradas e muitas com aquela pitada de inocência. A revolução intermediária de Zeca Baleiro, Lenine, Chico Cezar, Vander Lee e até mesmo o charme feminino de Marisa Monte, Rita Ribeiro, Zeélia Duncan, Ana Carolina, Céu, Negra Lee, Preta Gil, Maria Gadu...Quem viveu qualquer uma dessas gerações e hoje liga o rádio ou a televisão e ouve esse bate estaca, esse moto contínuo, “ai, ai, se eu te pego... assim você me mata”, “tê, tê, rê, tê, tê, té” “eu digo thum, eu digo thá e thum thá thá” “Ela é amigo da minha irmã, não quero nem saber, eu vou pra cima" , "Pi pi pi pi pi piradinha” , " ela não anda, ela desfila, ela é manchete e capa de revista"..” sente o declínio em que a mídia jogou a nossa música. Descartável como um absorvente feminino, esse mais novo produto de exportação brasileiro, abriu os olhos dos produtores globais (TV GLOBO), da empresa mista Neimar/Ronaldinho que estão faturando uma nota vendendo a imagem e a dança dos hits para todo o mundo. O pior de tudo isso, é que a memória da nossa melhor música, a própria Rede Globo está denegrindo no seu principal programa dominical, o Fantástico, com paródias de péssimo gosto e imitações baratas.
Tendo que aturar essa tortura, os amantes da boa música não tem muito o que fazer poids o rádio, a televisão, os carros de som, os bailes e maioria das pessoas, aderiram a esse produto super descartaval mas rentoso.. Procurado por nosso Blog e indagado sobre essa febre que seduziu até mesmo o presidente dos Estados Unidos, Barac Obama, o poeta, compositor, escritor, publicitário e imortal da Academia Maranhense de Letras, Alex Brasil foi taxativo: “Há muito tempo os americanos vem mandando seu lixo para o Brasil, agora estamos mandando o nosso lixo pra eles”.
 
Alex Brasil









 

CRACK – UMA PASSAGEM SÓ DE IDA
Tenente Coronel Pimentel
Quem liga a televisão em horário nobre e vê o governo federal fazer propaganda contra o uso de drogas, principalmente o crack, pode imaginar que a coisa é séria. Corriqueiramente, nos programas policiais locais e até nos programas de massa a nível nacional, vê-se a aflição de pais, de mães, de famílias inteiras para livrar um ente desse vício que vem destruindo famílias e matando pessoas, ativa e passivamente..

QUEM SÃO  ELES?

O perfil dos usuários de crack são pessoas jovens, desempregadas, moradores de rua, pessoas sem formação familiar, e até com formação, mas que de alguma forma adentraram o mundo das drogas através de amizades ruins ou curiosidade  e que pelo seu efeito devastador e rápido, vicia e deixa o usuário a mercê dos traficantes n’uma viagem só de ida.

POLÍCIA NELES

Marco Antonio de Oliveira Marques Pimentel, Tenente Coronel da Policia Militar do Maranhão,  ex comandante do 6º Batalhão da PMMA na cidade Operária que teve como subordinados 536 Policiais Militares, distribuídos em 348 bairros com uma população estimada em quase 500 mil habitantes. Pimentel afima que é necessário manter a atenção redobrada, pois além de bairros populosos como Cidade Olímpica, Cidade Operária, São Raimundo e Maiobão, as cidades de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar; tem que ser bem mais vigiados  e receber maior atenção, por se tratarem  de  área comercial onde agencias bancárias, caixas eletrônicos,casas lotéricas, postos de combustíveis estarem ali implantados. “Diariamente tem em média 21 Viaturas Policiais nas Ruas  nessa área, incluindo os municípios de São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa, fazendo o policiamento ostensivo visando combater todos os tipos de crimes, incluindo aí o combate ao trafico de drogas. A área do 6º batalhão é muito extensa, com 85% da área geográfica da ilha de São Luis. Existe um projeto de implantação do Batalhão em São José de Ribamar o que desafogará o trabalho do 6º BPM”. Relata o Comandante Pimentel.

O COMBATE

Nenhum bairro de nossa cidade está isento do crack , nrnhuma cidade do nosso estado. Segundo o Comandante Marcos Pimentel , bairros como Cidade Olímpica, Vila Brasil, Vila Cutia, Cidade Operária, Jardim Tropical, Vila Flamengo, Vila Kiola, Vila Janaina, Moropoia (São José de Ribamar) e o município de Raposa, estão entre os maiores consumidores da droga.“O combate contra o tráfico é feito da seguinte forma: A PMMA como força policial, trabalha de forma preventiva, com PMS 24 h patrulhando as ruas dos bairros, identificando possíveis traficantes e bocas de fumo. Onde há tráfico, fazemos operações constantes, mas fazemos de modo preventivo”.Rebate Pimentel.

PROJETO DA PMMA

A PMMA tem no seu organograma o projeto chamado PROERD ( Programa de Prevenção as Drogas e Violência nas Escolas e Família), tal projeto são lições ministradas nas escolas do quão mal as drogas causam na família, e GEAP que é o policiamento das escolas para combater o tráfico nas imediações daquelas escolas. O traficante que for preso em flagrante, a pena varia de 15 a 30 anos, pois hoje o tráfico e de natureza gravíssima. Para a lei, os viciados são considerados doentes, portanto necessitam de tratamento e não de condenação penal, porém o consumidor sempre tem uma pena mais branda, como prestação de serviços que é uma forma de recuperação do usuário” Explica Pimentel.

AS PRISÕES

O Comandante Pimentel explica que mensalmente são feitas muitas prisões mas que nem sempre os delinqüentes são autuados em flagrante por se tratarem, muitas vezes, de usuários, não dando para afirmar o quantitativo e como sempre há uma oscilação de ocorrências, os números se desencontram.” Veja bem, nas festas dr fim de ano que se aproximam , os crimes cometidos são furtos, roubos e assaltos a mão armada, há muita oferta nas lojas, muito dinheiro em circulação e isso é uma “chama” para delinqüentes. No São João, o tráfico trata de abastecer as bocas, ai entra as grandes operações para impedir que essa droga circule em nossa capital”. Afirma..
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DIFUSÃO

Pimentel diz que a oferta do crack , se difundiu em grandes proporções aqui no Brasil e no Maranhão não foi diferente. Por se tratar de um poderoso tóxico e mais barato, mas com um alto poder de viciar é que ela é a drogas do momento, o efeito passa logo e os viciados sempre estão em busca de repor  e alimentar o vicio, então quando não tem dinheiro pra comprar, fazem pequenos furtos ou roubos, mas que  as vezes pode acabar em um crime grave. “ A partir do momento em que o cidadão se recusa a entregar seus pertences ou reage a um assalto, o viciado pode tirar-lhe a vida, ai torna-se um latrocínio que é um crime hediondo. A quantidade de roubos de celulares aumentou muito, o roubo a pessoa aumentou, mas estamos atentos no combate constante a essa prática com viaturas e policiais nas ruas. Finaliza.


Crack - é uma droga, geralmente fumada, feita a partir da mistura de pasta de cocaína com bicarbonato de sódio, soluçao de bateria  e barrilha. É uma forma impura de cocaína e não um sub-produto. O nome deriva do verbo "to crack", que, em inglês, significa quebrar, devido aos pequenos estalidos produzidos pelos cristais (as pedras) ao serem queimados, como se quebrassem.

O efeito - A fumaça produzida pela queima da pedra de crack chega ao sistema nervoso central em dez segundos, devido ao fato de a área de absorção pulmonar ser grande e seu efeito dura de 3 a 10 minutos, com efeito de euforia mais forte do que o da cocaína, após o que produz muita depressão, o que leva o usuário a usar novamente para compensar o mal-estar, provocando intensa dependência. Não raro o usuário tem alucinações e paranóia (ilusões de perseguição).


Sequencia fatal


Perache Roberto

Peguei minha bicicleta
E saí por Bacabal
Andei pelo Madre Rosa
Cohabinha, Areal
Passei pelo Mutirão
Pela Vila São João
Sitio Novo, Pantanal
Pedro Brito, João Alberto
Por caminhos mais incertos
Procurando um sujeito
O meu amigo do peito
Que é Perathe Roberto.

Muita gente me dizia
Que Perache era bem quisto
Mas que na nossa cidade
 Há muito não era visto
Procurei na Trizidela
Na Mangueira, Cajueiro
Perguntei para seu Tio
O nobre Dico Cordeiro
Que me recebeu tão bem
Com respeito e com carinho
Mas disse que há muito tempo
Que não via o seu sobrinho.

Fui na Rua Rui Barbosa
La na casa dos seus pais
Que me disseram que ele
Nem telefone usa mais
Mas que tinham a certeza
Que ele estava feliz
Lá no seu apartamento
Na Ilha de São Luis
Pois foi naquela cidade
Que ele criou amizade
E fincou sua raiz;

Procurei no Reviver
Na Praia do Araçagy
Na Avenida Litorânea
No Porto do Itaqui
Mudei minha direção
Fui no alto escalão
Lá do Banco Brasil
Perguntei pro presidente
Que me passou pro gerente
Que disse não haver bronca
Mas que ele pediu as contas
Pegou a grana e sumiu.

Fiz logo uma ligação
Pra Janice, sua prima
Pra Jarbas, para Jordão
E também pra Jardilina
Pra seu irmão Otian
Albertina, sua irmã
Que me disse sem problema
Que se eu quisesse encontrar
Eu tinha que procurar
Lá em Marajá do Sena

Telefonei pro prefeito
Que disse como sentença
Que quem achasse o Perache
Ia ganhar recompensa
Então fui na sua fazenda
Que fica em São Francisco
Procurei por toda parte
Que nem galinha no cisco
Não achei, mandei recado
Para longe e para perto
Pedindo a quem o ver
Que nos dissesse por certo
Pois o povo quer saber
Abraçá-lo, quer rever
O nosso Perache Roberto.


sábado, 7 de setembro de 2013



O Poeta R. Cavalcante e Zé Lopes
O Multi artista E. João e a competentissima Tainá

ANIVERSARIANTE DO DIA




                                               CAROL MARQUES
É o que deseja  sua mãe Sandra Passinho, Seu irmão Jorjinho, 
Seus tios
Primos,
Avós,
Familiares
e amigos 
´











AUSÊNCIA

O sol foi trocado por estrelas
Quando a noite chegou
O beijo foi guardado
Pela ausência sentida
O silêncio motivado
Num momento de orgulho
O sorriso dissolvido
Na tristeza do teu olhar
O amor terminado
Na lembrança de ilusão
E o verso encerrado
Sem musa para inspirar


(Veiga Neto)