segunda-feira, 3 de março de 2014

PULO CAMPOS DE MUITOS CARNAVAIS




Por Sérgio Mathias

Poeta e compositor da cidade de Bacabal, Paulo Campos compôs sua primeira letra carnavalesca há quase trinta anos para o bloco Vassourinhas. De lá para cá foram muitas composições, entre marchinhas e sambas de enredo. Foram mais de trinta, algumas se perderam no tempo, mas nunca na memória, diz o mestre compositor.

Parceiro de Zé Lopes, Abel Carvalho, Marcus Maranhão e outros, compôs seu primeiro samba de enredo com o parceiro Zé Lopes nos meados dos anos 80 para a escola de samba Asas do Samba, onde participou de vários carnavais.

Duradoura mesmo foi a parceria com a escola de samba Unidos do Bairro da Areia, onde fez história. O primeiro samba "Aparição", em parceria com o compositor Zé Lopes, cantava a nossa gente e sua cultura. Foram muitos sambas que abordavam de maneira poética, mas ao mesmo tempo crítica a história do cotidiano da cidade e do povo bacabalense. Com o samba "A bacaba", em parceria com Zé Lopes e Abel Carvalho, revolucionou de forma espetacular a maneira de se compor e fazer escola de samba na nossa cidade. Com esses parceiros foram quase oito sambas nas escolas Asas do Samba e Unidos.

Com Marquinhos Maranhão, seu atual parceiro, foram várias composições, incluindo dois sambas inéditos. Para blocos de rua, Paulo Campos compôs para o Lambe Copo, Só Areia, Olhou Babou, Fubuia e outros. Nesse carnaval vem interpretado pelo parceiro Marquinhos Maranhão no bloco Pajé Folia, Bairro do Setúbal, e no Bloco da Quermesse, de São Luís, cantando de maneira hilária as brincadeiras de um grupo de amigos daquela cidade que tem à frente do bloco o otorrinolaringologista Dr. Zé Manoel.
Que a nossa cidade tão débil em memória aprenda a cantar e contar a história da nossa cultura carnavalesca, resgatando assim, o que nós temos de mais sublime que é a vida da nossa cidade e do nosso povo. Valeu mestre compositor!


domingo, 2 de março de 2014

COLUNA DA DONA JUJU MUNGOSA


Cindy Esper Gunta Deira – garbosa Juju Mungosa, o jornalista Abel carvalho vem batendo na administração Zé Alberto. Será que ele tem algum motivo para isso?


Resposta – princesinha Cindy, na verdade, o Abel não está batendo na administração Zé Alberto, está apenas dando umas palmadas. Esta foto é da porta do jornalista. Precisa dizer mais alguma coisa?


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Júnior Bico de Pato – Prezada dona Juju, a senhora que é a resposta em pessoa, diga, pelo amor de Deus, o que o Dr. Itaguacy está dizendo para o Waltinho Carioca?

Resposta – Querido Júnior, esta foto foi batida por Ezrael Nunes durante o carnaval da AABAC – Associação dos Amigos de Bacabal. Liguei para Ezrael Nunes, o presidente,  e ele me disse que nesse momento o Dr. Itaguacy disse ao Waltinho: - Porra neguim, nem pintado de branco tu fica bonito.

Foi só isso
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Jupira Cineide – Simpatississima dona Juju, a senhora poderia dizer por que o Zé Bicudo está usando esses pom-pons?

Resposta – A verdade é que no carnaval, o nosso Zé Bicudo sempre dá umas fugidinhas e ágora, quando ele tenta, a sua esposa Ivana puxa ele pelos pom-pons e a leva pra casa.
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Reinaldo Sapão – Serelepe dona Juju, tão dizendo que o Zé Alberto não faz nada. Veja como ficou linda a praça que ele acabou de recuperar.

Resposta – meu amigo Reinaldo, eu não sabia que Jean tinha mudado de nome e nem de cargo.
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Nabi Abi Lolado – Sensual dona Juju, o Dr. José Amorim, é filho do prefeito Zé Alberto?

Resposta – Não, é só uma coincidência. O Dr. José Amorim é filho do saudoso Zé Buraco, que é outro Zé.
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Mirian Pacotão – Senhora Juju, moro aqui no bairro Ramal e todos os dias vejo o Jocimar Soltar Foguetes. O que está acontecendo?

Resposta – O que se comenta é que ele era considerado o pior prefeito que Bacabal já tinha conhecido e agora perdeu esta patente para o atual. Esse é o motivo de toda essa alegria.
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Pedim Sipuada – Dona Juju, fiz essa foto do jornalista Abel Carvalho na mais profunda meditação. A senhora que é sabichona, diga o que ele estava pensando?

Resposta – Simples. O jornalista dizia pra si mesmo: - A minha rua é um buraco só, se eu continuar a dar palmadas no prefeito, vai ficar pior.
Foi só isso.
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Sulamy Daum  de Graça – Perfumada Juju, compro os CDs de Djavan, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, Fagner, sou fã deles tanto quanto sou fã do Zé Lopes, só que eu pedi um CD a ele e ele não me deu. A senhora não acha que ele está estrela demais.


Resposta – Quer dizer que tu compras os CDS de Djavan, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Chico Buarque, Fagner e o CD do Zé Lopes ele tem que dar de graça??? Te toca, Sulamy.
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Odinata cafubira – Dona Juju, estava vendo a senhora em um programa nacional de televisão e a senhora destacou estas duas fotos e falou para o povo avaliar. Agora que ninguém decifrou, a senhora poderia dizer o que elas tem de tão especial.


Resposta – Minha rechonchuda Odinata, note bem. Em nenhuma dessas fotos, tem alguém com celular, seja no ouvido ou vendo internet, face book, watsap e outros recursos. São fotos raras em dias de hoje.

Dona Juju Arrasando no seu biquini cor de rosa
Hoje é domingo de carnaval, a convite do médico Dr. Otavio Filho, vou para o Rio de janeiro passar o carnaval. Vou pegar minha fantasia cor de rosa, ou melhor, meu biquíni e girar pela cidade maravilhosa
Um feliz carnaval a todos.

POR QUE BACABAL NÃO PODE SER COMPARADO A BELÉM



Tão cantada e decantada, a chuva é, sem sombra de dúvidas, a atriz, a musa, o tema e origem de tantos contos, poemas, poesias, canções, filmes, crônicas e noticias globais, seja por falta ou excesso. Traçando um comparativo, podemos começar pelo nordeste quando o compositor Venâncio dizia “A vida aqui só é ruim, quando não chove no chão, mas se chover dá de tudo, fartura tem de montão”, ou mesmo na voz do Luis Gonzaga “Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão”, o romantismo de Demétrius “Chuva traz o meu benzinho, pois preciso de carinho”, o realismo de Toquinho “Lá fora está chovendo, mas assim mesmo eu vou pra rua, só pra ver o meu amor”, ou no suingue de Jorge Benjor “Chove chuva, chove sem parar”, na viagem surrealista da Gal Costa “Chuva de prata que cai sem parar, basta um pouquinho de mel pra adoçar”, no samba da Beth carvalho “A chuva cai lá fora, você vai se molhar” e até na alegria do irreverente Caetano Veloso “A chuva ta caindo e quando a chuva começa, acabo perdendo a cabeça”.  

Inspirado pelo sucesso desse baiano, é que Bacabal vive dias de profunda desolação, no mais completo abandono e é só cair uma chuva pra trazer de volta mais um fragmento da canção Chuva, suor e cerveja “ Venha, deixa, veja, seja o que Deus Quiser”.  E seja o que Deus quiser. Assim está a terra do imortal padre João Mohana.

Quando a população de Bacabal apostou todas as suas fichas no novo, novo esse que seria o Zé Alberto, pensava-se que se sairia de um regime imposto há 16 anos, para um tempo de sonhos, com empregos, frentes de trabalho, manutenção, organização, boa saúde e tudo mais que merece uma cidade do porte de Bacabal.

Andando há poucos dias, cito aqui o centro da cidade, tive a má sorte de pegar uma chuva, que nem foi tão grande assim, mas os estragos, foram maiores do que o arrependimento da população em acreditar em melhores dias.


Toda unanimidade é burra”, estereotipou esta frase, o jornalista, cronista, escritor, contista e tantos outros “or” e “ista”, Nelson Rodrigues, só que ele não sabia que depois de muitos anos, em uma cidade chamada Bacabal, toda a sua população uníssona, unânime diria em uma só voz “é o pior prefeito que Bacabal já viu”, Zé Alberto contrariou até o imortal Nelson Rodrigues. Essa unanimidade não é burra, isto é, vem outra eleição por aí. "Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar" talvez seja por isso que a coisa está assim. Zé Alberto não está pensando.



Fred Astaire Dançando na Chuva
Sei que a população está afinada com o inesquecível Tim Maia e é só abrir um sol pra todos cantarem “hoje o céu está tão lindo, vai chuva” e se for pra dançar na chuva, com esse montão de buracos, é pra morrer afogado.

Se eu contasse, até Fred Astaire me daria razão.

Agora sabe por que Bacabal não pode ser comparado a Belém?

Porque em Belém, muita coisa boa se faz depois da chuva, é romântico e em Bacabal, depois da chuva é isso aí.