DEPOIS DA INFÂNCIA
E disfarçamos. O que pode ser
normal
Nossos olhares se cruzando
Como mãe e filho, nós dois
conversando
E fingimos e mentimos muito
mal.
Tu pedes que eu seja igual
À criança que eu era
antigamente
Mas os tempos são outros,
tudo é diferente
É o verdadeiro torpedo da
idade fatal.
Preenchendo todos os espaços
O que fazes por nós e o que
faço
Faz de nossas vidas um
simplório perigo.
Ao te ver neste grande
embaraço
Pois aquela criança que
pegastes nos teus braços
Hoje adulta faz amor contigo.
Do livro " Céu de Estanho" de Zé Lopes
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