OMBRO AMIGO
O que me faz de ti tão
desigual
É o medo de amar que te
condena
É a fuga das paixões que te
envenena
É o viver na solidão que te
faz mal.
Rumino meus lamentos, salivo
a agonia
O resto do bagaço cuspo em
tua cara
Crônica, tua dor de não
querer não sara
Benigna a minha dor de te
querer dispara.
Recorro as cinzas de um
passado antigo
Abrigo o devaneio do suposto
instante
Degusto o que de ti se torna
meu castigo.
Prendas tão difíceis a mim
mesmo obrigo
Por ver o meu amor cada vez
mais distante
Ante ao que lamento no teu
ombro amigo.
dó livro "Céu de Estanho" de Zé Lopes
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