DESUNIÃO DE BLOCOS GOVERNISTAS FORTALECE OPOSIÇÃO NA ASSEMBLEIA
Apesar do arquivamento do Projeto de Resolução Legislativa da deputada
Francisca Primo (PT), que previa queria modificar o critério de escolha em caso
de vacância de alguns cargos da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, mais
uma vez ficou comprovado que a desunião dos blocos governistas é gritante.
O chamado Blocão e Bloquinho não se entendem desde o início do mandato
dos atuais parlamentares e nem mesmo a implosão do Bloquinho no início do ano
foi suficiente para o grupo de jovens deputados perderem a força no parlamento
maranhense.
Sempre contando com a ajuda astuta da Oposição, o Bloquinho voltou a
impor uma nova derrota ao chamado Blocão, que apesar de ser detentor da maioria
dos deputados governistas não consegue ter a capacidade de união e diálogo
entre seus membros.
O estrago só não foi maior graças ao Regimento Interno, pois apesar da
vitória na votação por 19 a 16, o Bloquinho não comemorou, já que eram
necessários 22 votos para a derrubada do parecer, e principalmente pela postura
adotada pelo deputado Jota Pinto, ex-Bloquinho, e os membros de seu Bloco, que
votaram fechados juntamente com o Blocão.
A desunião dentro do Blocão é tão grande que deputados como Hemetério
Weba e Antônio Pereira, inexplicavelmente votaram contra a orientação do Líder
do Governo, César Pires e do próprio Blocão, Roberto Costa.
O Blocão mesmo sempre sendo detentor da maioria na Assembleia, já
sofreu duas derrotas históricas para o Bloquinho nas duas eleições da Mesa
Diretora, e pelo visto com a falta de diálogos e desunião latente, sofrerá
quantas forem necessárias, pois apesar de menor, o Bloquinho continua
demonstrando organização, união e o apoio sempre benevolente da Oposição.
O problema é que o racha entre os dois Blocos novamente demonstra a
fragilidade da base governista e consequentemente do Governo na Casa, e é claro
o fortalecimento da Oposição que empresta sempre o álcool para jogar na
fogueira de vaidades.
E tudo isso as vésperas da eleição.
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