Por Sérgio Mathias
A retaliação que estava havendo ao nome
da empresária Gisele Veloso em uma determinada emissora de televisão local
parece que, pelo menos por enquanto, foi suspensa após o fato ter sido
denunciado aqui no blog.
Um dia após a publicação, coincidência
ou não, os ex-prefeitos Zé Vieira e Dr. Lisboa reaprenderam o caminho da mansão
do desembargador Dr. Guerreiro Júnior e por lá deram suas justificativas. Tanto
em relação ao desprezo a Gisele (protegida do presidente TJMA) como as razões
que os fizeram recusar os inúmeros convites que lhes foram feitos para
participar de reuniões, churrascos, almoço e jantares realizados praticamente
todos os finais de semana no mais nobre endereço do Bairro Cohab II, em
Bacabal.
Além do pedido de desculpa, os dois,
que se faziam desacompanhados de suas companheiras, juraram de pés juntos que
nunca houve, por parte dos dois casais, qualquer indiferença em relação à
Gisele Veloso.
Por telefone, a neófita Patrícia Vieira
também fez juras de amor eterno a empresária e, agora sim, colocou a emissora
da Rua Getúlio Vargas a inteira disposição.
Menos mal para Gisele que a partir de
agora poderá usufruir da grande audiência daquela TV para mostrar aos
bacabalenses suas ações sociais. Afinal, como ela mesma diz que tem pretensões
políticas no futuro, sempre é bom mostrar serviço desde cedo.
Super poderosas
E são justamente essas pretensões que
teriam acirrado os ânimos entre as três “super poderosas” que ultimamente não
vinham se entendendo e evitando ao máximo qualquer tipo de contato.
Há quem diga que o principal motivo
seria o temor da empresária também se lançar candidata à deputada estadual nas
próximas eleições e, assim, disputar espaço eleitoral com a esposa do deputado
Zé Vieira, que já deixou claro que vai concorrer, e a ex-primeira-dama que,
dizem, se articula à surdina.
O retorno da ‘Guerreira’
Para formar o quarteto das “super
poderosas” o nome de Graciete Lisboa (foto) começa a ressurgir das cinzas e não
é descartada a possibilidade da também ex-primeira-dama voltar ao cenário
político e tentar uma vaga na Assembleia Legislativa do Maranhão, local que já
esteve antes de ter seu mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Em
2008.
Por unanimidade, o plenário do TSE
cassou o mandato da deputada sob a alegação que ela teria se beneficiado do
apoio de seu ex-marido, o ex-prefeito Raimundo Nonato Lisboa, durante as
eleições de 2006.
De acordo com a acusação, o prefeito
teria colocado a estrutura da prefeitura de Bacabal, inclusive servidores, a
disposição da campanha eleitoral da ex-mulher. Ele teria se comprometido em
fazer novas obras, condicionando a ação à eleição de Graciete.
Na época, Jurandir Ferro do Lago Filho,
ao entrar com recurso contra os dois, alegou que o benefício recebido por
Graciete desequilibrou a disputa entre os candidatos, desrespeitando o
princípio da igualdade de oportunidades.
A decisão do Tribunal Regional puniu
Dr. Lisboa, mas liberou Graciete Lisboa, o que motivou o recurso ao TSE.
Voto
O relator do caso, ministro Eros Grau
(foto), disse que não há dúvida de que as ações praticadas por Raimundo Nonato
Lisboa configuram conduta ilícita e que beneficiou a candidata. Por isso, o
ministro aceitou o recurso para “reformar o acórdão do TRE na parte que
considerou improcedente a representação em relação a Graciete, por consequência
cassando o diploma com fundamento no parágrafo 5º, artigo 73 da
Lei 9.504/97".
Eros Grau disse que a responsabilidade
não é só do agente, mas também daquele que se beneficiou.
Incerteza
Em função dessa condenação Graciete
Lisboa que já teve o registro de sua candidatura indeferido em 2010, ainda
aguarda um parecer favorável do TSE para só então decidir se entra ou não na briga em
2014.
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