Jamir Lima |
A magia, aquela tal caixinha de
surpresa, como dizia um "pensador contemporâneo",está desaparecendo,
ou melhor, desapareceu. Já não se faz
futebol como antigamente.
Primeiro, meu desencanto foi com o Cruzeiro, e eu "debito" este fato lamentável na conta dos Perrella. O Cruzeiro de Felício Brandi, quando a gente sabia de cor e salteado a escalação do time, deu o lugar à "concessionária de novos e usados", o Cruzeiro passou a ser um empório, negociando tudo que nem o Samuel Blaustein, aquele do "fazemos qualquer negócio", recrutava jogadores em início de carreira e revendia para o mercado europeu, enchendo o seu caixa, aparentemente, e relegando a segundo plano ganhar algum título. No Brasileirão, o Cruzeiro era mero coadjuvante, ficava ali na "zona intermediária", e, muitas vezes, ficava lutando para não cair, dependendo até de milagres impossíveis.
Meu segundo desencanto eu "credito" na conta estratosférica devedora do Mengão.
Um clube de massa, com a imensidão de torcida que o Flamengo tem, ficar todo ano lutando para não cair, na maioria das vezes "frequentando" permanentemente a zona de rebaixamento, é de estarrecer, coisa difícil da gente acreditar, e de aceitar.
O Flamengo deveria ter o melhor time do mundo, deveria nadar em dinheiro, mas alguns presidentes e diretores jogaram dinheiro pela janela, endividaram o clube na conta dos milhões, destruíram o clube, a ponto de quase pedir concordata, para não dizer falência.
Primeiro, meu desencanto foi com o Cruzeiro, e eu "debito" este fato lamentável na conta dos Perrella. O Cruzeiro de Felício Brandi, quando a gente sabia de cor e salteado a escalação do time, deu o lugar à "concessionária de novos e usados", o Cruzeiro passou a ser um empório, negociando tudo que nem o Samuel Blaustein, aquele do "fazemos qualquer negócio", recrutava jogadores em início de carreira e revendia para o mercado europeu, enchendo o seu caixa, aparentemente, e relegando a segundo plano ganhar algum título. No Brasileirão, o Cruzeiro era mero coadjuvante, ficava ali na "zona intermediária", e, muitas vezes, ficava lutando para não cair, dependendo até de milagres impossíveis.
Meu segundo desencanto eu "credito" na conta estratosférica devedora do Mengão.
Um clube de massa, com a imensidão de torcida que o Flamengo tem, ficar todo ano lutando para não cair, na maioria das vezes "frequentando" permanentemente a zona de rebaixamento, é de estarrecer, coisa difícil da gente acreditar, e de aceitar.
O Flamengo deveria ter o melhor time do mundo, deveria nadar em dinheiro, mas alguns presidentes e diretores jogaram dinheiro pela janela, endividaram o clube na conta dos milhões, destruíram o clube, a ponto de quase pedir concordata, para não dizer falência.
Aquele clube que deveria estar disputando sempre os primeiros lugares, que deveria ser figura permanente na Libertadores, hoje é um arremedo de clube, entregue às baratas, perdendo seu manto e sua glória, e deixando aquela "aura" de grande clube tradicional se esvair, evaporar-se. Para colocar o clube no pedestal e no patamar que deveria estar, somente daqui a alguns anos, somente depois de colocar as finanças do clube em dia. E, para quando? Quanto tempo?
Até quando os empresários continuarão mandando nos clubes e rodiziando jogadores daqui pra li? Pois é assim que o futebol está hoje na mão de uns poucos e dinheiro nas mãos de uma meia dúzia.
Meu terceiro desencanto é a seleção brasileira, hoje uma seleção de jogadores brasileiros no exterior.
Uma seleção que não joga mais no Brasil, está sempre à cata de uns trocados para encherem sua burra. Neste ano vai jogar no Brasil por causa da Copa do Mundo, do contrário veríamos a seleção somente pela televisão, com direito a transmissão até nas altas horas da madrugada.
(Eu poderia acrescentar, aqui, uma quarta decepção, esta fora do futebol, aquela vergonha da Fórmula 1, naqueles episódios envolvendo a Ferrari/Shumacher, Rubinho Barrichello, Felipe Massa, Nelsinho Piquet (tinha que ser brasileiros subservientes!!!), mas, pelo menos essa, está recuperada e renovada, mudou seu modo de ser e está bom acompanhar, apesar de tudo).
O futebol "virou" jogo de interesses onde uma rede de televisão dita as normas e os horários que bem lhe aprouver e somente transmite em canal aberto o jogo que mais lhe render audiência (jogos do Flamengo ou do Corinthians), sendo que, de vez em quando, reserva aquele mais interessante ao tal de "pay-per-view", o objeto de arrecadação da emissora.
Detendo, e retendo, os direitos de transmissão dos jogos, os telespectadores, e demais interessados, ficam reféns da vontade da dita cuja. E, nada mais vinculada à "mandante" do que a seleção brasileira, coisa que não dá pra entender, mas é assim que funciona.
Desta maneira, o futebol está perdendo seu "charme", virou mercadoria de consumo, não é mais divertimento, não se vê mais torcidas nas arquibancadas sem brigas e sem tumulto.Virou guerra!
Não há mais segurança e tranquilidade nem dentro nem fora dos estádios, hoje por qualquer coisa os ânimos se acirram, e bota tudo a perder, sem falar nas tais viradas de mesa, quando o resultado do campo é contestado nos tribunais e ganha quem tiver "mais bala na agulha", mas café no bule. Parece que erram de propósito.
Lastimável, mas o futuro é o mais sombrio possível, tendendo a ficar pior do que está, naquela de que "nada que não possa piorar mais ainda".
Perdi meu interesse, perdi minha fé, perdi minha confiança nos clubes do meu coração. Não digo total, pois resta um pingo de esperança.
De torcedor meio doente a torcedor sadio, de não ir mais aos estádios, de ficar curtindo, quando muito, na televisão, sem estresse e sem ficar perdido e danado da vida quando o time perde.
Agora, aproxima-se a Copa do Mundo, vai ser aquela euforia, 24 horas de assunto na televisão e nas rádios, o povo exalando otimismo, todo mundo junto pra frente, Brasil, Brasil...E a "febre" já começou.
Vacinado, vou me conter, sem aquela de esquecer de tudo e mergulhar de cabeça no já ganhou, já ganhou! (Afinal de contas, não tem como ficar totalmente alheio ao que vai acontecer em junho e julho, a gente é fruto do meio em que vive).
Quanto ao já ganhou, já vi este filme antes!
Já assimilei a minha nova fase de encantos e desencantos, mas vou deixando a vida me levar.
E bola pra frente, sem aquela crença toda, já machucado pelo tempo já que o tempo é o senhor da razão.
E vamos que vamos!
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