O senador Lobão
Filho, pré-candidato do PMDB ao Governo do Estado, criticou ontem o mais
recente destempero verbal do seu adversário, Flávio Dino (PCdoB), e garantiu
que não responderá às provocações. “Isso é o retrato da mudança de clima entre
eles”, avaliou. Os ataques de Dino começaram no domingo, dia 22, na convenção
estadual do PSDB, em Imperatriz, após proibir pesquisas que mostravam sua queda
e ver esvaziado seus palanques, como o da convenção tucana.
O comunista insinuou que o senador
não pode “falar em honestidade” e inventou uma condenação do pré-candidato
governista, mesmo após a divulgação de uma certidão negativa emitida pela
Justiça Federal em nome de Lobão.
“Eu posso falar em honestidade,
porque eu nunca respondi a nenhum processo na vida, enquanto meu adversário
carrega no seu currículo duas condenações criminais a penas altas, inclusive
por malfeitos na sua vida”, afirmou Flávio Dino.
Para Lobão Filho, a queda nas
pesquisas e a recente perda de apoio popular, aliadas ao fracasso da convenção do
PSDB, mexeram com os brios do adversário. “Tenho convicção disso [de que o
fracasso da convenção do PSDB, em Imperatriz, contribuiu para os mais recentes
ataques sofridos]. O [prefeito Sebastião] Madeira criou, como sempre, uma
expectativa muito grande, prometeu algo que não cumpriu, se vendeu como grande
líder, levou a convenção para lá e acontece um desastre daqueles, um fiasco”,
analisou, avaliando que o fracasso pode ter afetado o comunista.
Na convenção do PSDB, eram esperadas
mais de duas mil pessoas, mas apenas 250, segundo avaliação dos presentes,
foram ao ginásio.
Novos ataques - Lobão Filho acrescentou ter consciência de
que novos ataques virão. “Cada semana é um factoide”, lembrou. “Estou
preparadíssimo [para mais ataques] e muito tranquilo. Ele precisa tomar cuidado
porque é, em potencial, o novo Demóstenes Torres do Maranhão. Vendeu a imagem
de impoluto, de vestal e quando o povo descobrir que ele não é nada daquilo que
vende, aí sim é que vai enlouquecer”, completou.
Ainda de acordo com o candidato, a
reação dos comunistas contra uma pesquisa de intenção de votos que seria
divulgada no fim de semana também “é sinal de que as coisas não andam bem do
lado de lá”. “Flávio Dino impediu a pesquisa Econométrica por conta de uma
pergunta que vinculava ele a Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso, e me
vinculava a Lula e a Dilma, o que é absolutamente verdadeiro. Mas com base
nisso ele entrou na Justiça”, disse.
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