domingo, 16 de agosto de 2015

COLUNA DO JAMIR LIMA - QUANDO TUDO É IMPORTANTE


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GOLPISMO, CONVERSA PRA BOI (NEM QUE A VACA TUSSA!) DORMIR

 É a "palavra" do momento, muito usada como forma de "disfarçar", despistar, escamotear um momento tão grave e marcante na vida do PT e sua presidenta. A quem interessa o tal "golpe" e por que, e, mais ainda, e por que chegou a este ponto? A insatisfação do povo é enorme, quase unanimidade, mas a razão disto tudo é fácil de explicar. Quem acompanhou a campanha política da presidenta-eleita, se assustou com o tamanho das promessas e, de antemão, todo mundo que ficava no vai-e-vem das notícias, sabia que algo de muito grave estava por acontecer: o mercado financeiro (termômetro destas horas) ficava em polvorosa, "nervoso", reagia negativamente a toda vez que as pesquisas apontavam a vitória de Dilma. Como aqui no Maranhão, onde muitos que votaram em Flávio Dino, era para evitar que o grupo Sarney, na figura do chamado "playboy" Edinho Lobão, ganhasse novamente. Era um voto de protesto, assim como muitos que votaram em Aécio era, também, uma forma de evitar que Dilma vencesse. É nisto que dá a falta de candidatos qualificados! É nisto que dá termos reeleição e os mesmos políticos de sempre! Que, quando se instalam no poder, de lá não querem sair nunca mais, "nem que a vaca tussa!". Atualmente, o PSDB não tem força nem faz oposição! É um zero a esquerda. Não tem cacoete para ser do contra e nem saber fazer! Quando se aventura em dizer alguma coisa em contrapartida, o PSDB cai no lugar comum de ser farinha do mesmo saco! Mas que golpismo é este? A quem interessa? A ninguém, lógico. O problema é que o povo se sentiu enganado, a candidata fez tudo aquilo que, na sua visão, seu oponente faria se fosse eleito. O povo se sentiu ludibriado, quando a eleita reajustou o preço da gasolina, cortou direitos trabalhistas (pensão alimentícia e seguro-desemprego), teve que atualizar (ferozmente) a tarifa da energia elétrica, causando enorme impacto no "bolso" da população, que, sentindo-se enganada passou a rejeitar a figura presidencial com índices de desaprovação nunca antes vistos. Portanto, quem sofreu um golpismo para valer foi o povo, e, golpe, agora, só se o aliado de todas as horas, o PMDB, "migrar" de vez para a oposição e reprovar as "pedaladas fiscais", se for submetida ao plenário, e, se a "Lava Jato" chegar de vez ao Planalto, ou, ainda, se a denúncia de que dinheiro desviado pela corrupção financiou a campanha presidencial vitoriosa. Neste caso, ela pode até ser cassada, mas tudo dentro da lei, de acordo com a Constituição, nada de golpe. Golpe, mesmo, é ver o dolár disparar, a tarifa de energia ir pras alturas, e o custo de vida subir toda dia. Golpe é vetar a equiparação do aumento do salário mínimo para quem ganha acima, uma reivindicação antiga dos aposentados, uma injustiça sem tamanho! Como não rejeitar, como não desaprovar, depois do estelionato eleitoral e das mentiras da campanha? E ainda temos que nos dar por satisfeitos, porque se não fosse as apurações do escândalo da corrupção na Petrobrás, e suas consequências, tudo estaria debaixo do tapete e nada mudaria, ninguém falaria em golpe! E estariam felizes para sempre! Chega de falácia, de conversar pra boi dormir! Poderá também gostar de:


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