“Ê ê ô, vida de gado
Povo marcado
Povo feliz”
Zé Ramalho
Mês do desgosto,
mês cabalístico, mês pesado, mês comprido e tantos outros adjetivo são
empregados ao oitavo mês do ano. Há
tempos atrás, para Bacabal, agosto era o mês do bom gosto, era esperado com
ansiedade e se vivia uma semana da mais completa alegria. Hoje, só temos a
lamentar, lembrar e ver passar os enfadonhos dias desse tão temido mês.
E ele vem chegando
ao seu final, dando seus últimos suspiro e baseado no adágio mais que popular, “Quem não é visto, não é lembrado”, é que mais uma tradição vai caindo no
esquecimento, a nossa EXPOABA – Exposição Agropecuária de Bacabal.
Fonte de renda, de
lazer, de notoriedade, de emprego temporário, de cultura, a EXPOABA tem uma
história linda, que se confunde com a maioria das histórias lindas de Bacabal,
apenas na lembrança, e parafraseando o poeta, compositor, jornalista e
blogueiro Abel carvalho, “Bacabal é a terra
do já teve”, pois é, já teve
até EXPOABA.
Maior
motivo de alegria das gerações passadas, ela era montada no famoso (na época)
sítio do Gerônimo, local onde hoje está edificado o prédio da TELMA, depois
levado para a BR 316 onde ganhou o nome de Parque Renato Nunes, doado pelo
mesmo para a Associação dos Agro pecuaristas, depois mudado pelo, na época
prefeito, Zé Vieira para Parque Zé
Carvalho e depois pelo mesmo Zé Vieira, comentam, vendido para uma rede de
supermercados.
Não se sabe como, mas foi vendido sem que a Associação desse, pelo menos uma explicação. O certo é que a
cidade perdeu mais uma das suas festas tradicionais.
Apesar de Bacabal
ser uma potência na criação, comércio de gado e derivados, apesar do prefeito
Zé Alberto Veloso ser um dos maiores agropecuaristas do país, assim como o
ex-deputado federal Zé Vieira e o deputado estadual Carlinhos Florêncio, apesar de
termos um dos maiores matadouros do nordeste, apesar de atrairmos uma gama de
empresários do ramo, compradores, vendedores e afins, a festa do gado agora faz
parte de um passado, que nenhuma autoridade competente fez, ou faz questão de
resgatar.
Bacabal dia a dia
vem empobrecendo e a olhos nus vê-se a decadência de uma cidade que já teve
dezenas de usinas de beneficiamento de arroz, que já foi a rainha do algodão,
que já teve clubes sociais, que já teve times de futebol, que já teve feiras
culturais, que já teve festivais de música, que já teve carnavais, que já teve
comércio forte, que já teve uma vida noturna atraente, que já teve cabarés, que
já teve, que já teve, que já teve, que já teve... até EXPOABA. Não tem mais
A política está bem
aí e é hora de darmos uma resposta, é hora de vermos quem realmente tem
projetos para a nossa cidade, é hora de protestarmos com o nosso voto de bom
senso, é hora de dizermos não ao continuísmo, àqueles que só pensam em si e na
família.
Se todos eles estão
no poder e a nossa cidade não tem nada, cabe a nós, o direito da mudança. Se Zé Alberto quiser, pode muito bem, no começo de 2016, planejar uma nova EXPOABA, é um bom reduto para quem pensa em reeleição.
Eu ainda acredito,
e você?
Tange ferra, engorda e mata
Mas com gente é diferente”
Geraldo Vandré
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