O
prefeito de São José de Ribamar, Luís Fernando, mantém a distância do público
para não ter que falar a respeito da possibilidade de compor a equipe de
governo de Flávio Dino (PCdoB). Diante de incertezas, o gestor prefere o
silêncio, por enquanto. Luís Fernando nunca confirmou ou negou o convite que
lhe foi feito para comandar a Secretaria de Programas Estratégicos.
Entre
as incertezas que levam o prefeito de São José de Ribamar calar estão o seu
futuro político e o receio de enterrar de uma vez a fama que fez como o melhor
prefeito do município.
Sobre
o futuro político, Luís Fernando não sabe como conseguirá os espaços
necessários deixando de ser chefe do Executivo municipal para se tornar somente
subordinado de Flávio Dino. Essa questão acaba pesando, já que a promessa do
comunista é de garantir para Fernando a vaga de candidato ao Senado, em 2022.
Mas fica a incerteza se, até lá, o prefeito ainda terá algum tipo de peso para
garantir que o acordo seja cumprido diante de qualquer cenário.
Sobre
perder o resto que ainda tem de fama de bom gestor de São José de Ribamar, Luís
Fernando ainda pensa e repensa se, com uma administração tão fraca como a de
agora, deixar a Prefeitura não seria um suicídio político.
Já
faz quase um mês que Flávio Dino anunciou as mudanças em sua gestão, no
primeiro escalão. O governador chegou a adiar a solenidade de posse dos novos
secretários em cerca de cinco dias para esperar uma posição do prefeito de São
José de Ribamar.
Mas,
diante de tantas incertezas, Luís Fernando vai deixando para depois a posição
que tomará.
Se repetindo –
Este vai ou não vai de Luís Fernando se parece com a ocasião em que se
especulava se ele seria ou não candidato a governador pelo grupo da
ex-governadora Roseana Sarney (MDB).
Durante
os últimos dois anos do mandato da emedebista, Luís Fernando foi visto como o
candidato ao governo. Ele agia como um candidato.
No
entanto, no fim de tudo, o prefeito se reservou e ficou empurrando a decisão
que tomou já nos 45 segundos do segundo tempo, deixando o grupo da ex-gestora
sem tempo para trabalhar novos nomes.
Estado Maior
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