As
posturas locais e as mostradas nacionalmente por políticos do Maranhão acabam
desfavorecendo governistas. A situação é simples: na Assembleia Legislativa, os
deputados usam artifícios de todas as formas para blindar os membros do
governo. Já na Câmara dos Deputados e no Senado, os também governistas não
poupam esforços para atacar os adversários.
O exemplo
mais recente foi a divulgação pelo site The Intercept de mensagens entre o
agora ministro Sérgio Moro e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol.
Deputados como Márcio Jerry (PCdoB) já pediram que o ministro vá à Câmara dos
Deputados para se explicar sobre o uso político da função que desenvolvia
quando era juiz de direito.
Situação
de uso da estrutura pública para fins políticos aconteceu também no Maranhão.
Pelo menos, é o que acusam dois delegados da Polícia Civil. O secretário de
Segurança Jefferson Portela foi apontado como mandante de espionagem contra
desembargadores e políticos adversários do governo, ou seja, “instrumentalizou
a polícia estadual para fins eleitorais e partidários”, conforme as acusações.
Jefferson nega.
Mas os
deputados estaduais deveriam ter permitido a convocação do gestor para
esclarecer as acusações na Assembleia Legislativa, como chegou a ser proposta.
Aliás, são acusações gravíssimas.
Mas
Jefferson Portela foi blindado por parlamentares.
Agora,
diante de mais acusações graves, mas não aqui e sim em Brasília, deputados
maranhenses pedem explicações, exonerações, investigações. Sem o dever de casa,
fica feio cobrar.
Estado
Maior
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