terça-feira, 11 de junho de 2019

OPINIÃO - CADERNO ESTADO MAIOR - AQUI DIFERENTE DE LÁ


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As posturas locais e as mostradas nacionalmente por políticos do Maranhão acabam desfavorecendo governistas. A situação é simples: na Assembleia Legislativa, os deputados usam artifícios de todas as formas para blindar os membros do governo. Já na Câmara dos Deputados e no Senado, os também governistas não poupam esforços para atacar os adversários.
O exemplo mais recente foi a divulgação pelo site The Intercept de mensagens entre o agora ministro Sérgio Moro e o procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol. Deputados como Márcio Jerry (PCdoB) já pediram que o ministro vá à Câmara dos Deputados para se explicar sobre o uso político da função que desenvolvia quando era juiz de direito.
Situação de uso da estrutura pública para fins políticos aconteceu também no Maranhão. Pelo menos, é o que acusam dois delegados da Polícia Civil. O secretário de Segurança Jefferson Portela foi apontado como mandante de espionagem contra desembargadores e políticos adversários do governo, ou seja, “instrumentalizou a polícia estadual para fins eleitorais e partidários”, conforme as acusações. Jefferson nega.
Mas os deputados estaduais deveriam ter permitido a convocação do gestor para esclarecer as acusações na Assembleia Legislativa, como chegou a ser proposta. Aliás, são acusações gravíssimas.
Mas Jefferson Portela foi blindado por parlamentares.
Agora, diante de mais acusações graves, mas não aqui e sim em Brasília, deputados maranhenses pedem explicações, exonerações, investigações. Sem o dever de casa, fica feio cobrar.
Estado Maior

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