Assim como contra a Alemanha
foi o jogo mais importante, a seleção brasileira fará hoje as cinco da tarde,
contra a Holanda, a partida mais desimportante de toda a sua história.
Abalada pela apoteótica
goleada por 7x1, a nossa seleção, penta campeã mundial, vive o seu pior momento
astral, com falta de craques, ou melhor, falta de atletas que pensem realmente
no povo brasileiro e não só na conta bancária, que se preocupem com uma nação
que gastou fortunas para enfeitar suas ruas, que comprou souvenires, que sofre com a
atual situação política.
Ainda estamos vivendo a
falida época da malandragem no futebol, do jeitinho brasileiro, do atleta pagodeiro,
bonachão, com seus cabelos estilizados, tingidos de louro, o que fez aumentar a
vergonha diante do massacre do rolo compressor alemão. Essa época, meninos, já passou, os tempos são outros.
Mirem-se no exemplo das
seleções finalistas, apenas atletas vestindo a equipagem, suando a camisa e
dando sangue por seus países, sem macaquices, sem vaidades pessoais.
Profissionais da mais alta estirpe. que focaram suas vindas em um único objetivo, saírem do Brasil, campeões mundiais de futebol.
O que sobrou de nossas
pataquadas, dos nossos atletas cheios de estilos e vaidades? A maior goleada da
história das copas, um treinador que entregou o time com sua ignorância, com
sua birra, um país todo enfeitado e triste, um Neymidia atordoado, um Galvão
Bueno rouco e frustrado e uma disputa que não vale nada, apenas para se sentar
em frente a televisão, alguns amigos, com uma cerveja ao lado, lamentar e comentar o nosso
fracasso.
Sobrou para essa nação verde
e amarela de vergonha, a vergonha de sediarmos a copa e sermos vergonha, sobrou para essa nação a repetição
Felipana de insistir em jogar com Fred e Hulk. Para que serve esta partida,
realmente? Apenas para cumprir o contrato com os patrocinadores.
Temos que reconhecer a nossa
fraqueza, temos que passar por uma reciclagem, incluindo a exclusão de Felipão,
Murtosa e Parreira. O futebol mudou, globalizou, a malandragem deu vez para a
tática, para a ciência, para a informática. Na Europa, por exemplo, para ser técnico
de futebol, tem que fazer curso superior... mas isso é tema para outro artigo.
E que Deus, que é brasileiro,
nos proteja de mais um vexame, porque, o Papa Francisco, que é argentino, está
sorrindo da nossa via crucis. Que a Holanda não use os seus moinhos de vento para nos
macerar.
E até a Russia 2018