O Blog recebeu uma Nota de Repúdio da ASEFAPBM – Associação das
Esposas, Familiares e Amigos dos Policiais e Bombeiros Militares do Maranhão,
onde mais uma vez fica constatado mais um absurdo que está acontecendo na
Segurança Pública do Maranhão. Veja abaixo.
A
ASEFAPBM- MA, vem a público repudiar as medidas tomadas pelo Comandante Geral
da Polícia Militar do Maranhão, especificamente pelo ato de seu subordinado o
Tenente Coronel Ozório, Comandante do CPA-I/5, em que este, por meio do
Memorando Circular nº 073/2016, destaca que os policiais militares dos
municípios da sua circunscrição, ou seja, nos municípios de Apicum Açu,
Mirinzal, Serrano, Cururupu, Bacuri, Central, Cedral, Guimarães, Pinheiro,
etc., façam abordagens a pé, em três pontos necessários, por não ter viatura,
na chamada operação “jaçanã”, o problema é que a maioria desses municípios
estão com problemas em suas viaturas, exemplo disso, temos a viatura de Serrano
que está com mais de dois meses parada com problemas mecânicos em São Luís, ou
seja, em muitos municípios os PM’s terão que fazer abordagens sem nenhum suporte
(transporte).
No mesmo
Memorando Circular o referido coronel, refere-se ao problema por qual passa o
Estado do Maranhão, especificamente citando o setor da segurança pública,
problemas como o de corte orçamentário e a falta de viaturas para os referidos
municípios, se não bastasse isso, a guarnição desses municípios ainda vivem um
dilema, é que muitas guarnições estão sendo despejadas, a exemplo disso é a
casa onde funciona o grupamento de Cururupu, onde a prefeitura deixou de pagar
o aluguel por mais de um ano e a mesma se encontra com ordem de despejo, também
vivem o mesmo dilema os policiais militares de Central, sendo que os policias
militares, tanto de Central, quanto de Serrano, estão também sem alimentação.
Outro
problema está no número reduzidos de policiais militares, um desses municípios
é o de Cururupu que recebeu apenas 02 (dois) dos 1.500 novos policias militares
formados em 2015, sem contar os outros municípios da baixada que estão em
situações piores quanto ao numero de policiais militares.
Tanto o
Coronel Ozório, quanto o Coronel Pereira, são oriundos do exército brasileiro,
e entraram na polícia militar em meados dos anos 90, ou seja, logo após a
Constituição Federal de 1988, a qual não permitia e não permite o ingresso no
serviço público sem concurso público, e por causa disso são muito criticados os
R2 (oficiais temporários) por não terem passado pela Academia Militar, ou seja,
por não terem um curso regular superior de oficias. Será que está aí a resposta
pela péssima gestão?
Os
militares das forças armadas são tidos como militares linha dura, rígidos e
disciplinados hierarquicamente, talvez por isso, o Comandante geral da Polícia
Militar só fale de operações e não fale de melhorias nas condições de trabalho
para os seus subordinados, será que voltamos aos tempos do regime militar, em
que o militar era tratado como maquina?
Já bastam
os direitos usurpados pela Constituição Federal e Estadual, pois tirou-lhes os
direitos como a insalubridade, periculosidade, adicional noturno, hora- extra,
e carga horária definida em lei
OUTROSSIM,
cobramos do atual Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão, a revogação
do referido Memorando Circular nº 073/2016-CPA-I/5 e provocaremos o Parquet
para as devidas providencias legais.
Josilene
de Jesus Medeiros
Presidente da ASEFAPBM-MA
(Associação das Esposas, Familiares e Amigos dos Policiais e
Bombeiros Militares do Maranhão).