sábado, 29 de junho de 2019

HOJE É DIA DE SÃO PEDRO



São Pedro foi um dos doze apóstolos que acompanharam Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento. Segundo a igreja católica, Pedro foi o primeiro Bispo de Roma, e por isso, foi também o primeiro Papa da Igreja Católica. Ele até hoje possui o maior papado da história, que durou cerca de 37 anos. 
Segundo a Bíblia, o seu nome original era Simão, e não Pedro, e antes de se tornar um dos doze discípulos, trabalhava como pescador. Ele possuia até mesmo a sua própria frota de barcos.
No Novo Testamento é possível encontrar duas epístolas com autoria atribuída a Pedro. São elas a "Primeira epístola de São Pedro", e a "Segunda epístola de São Pedro". 
Dia de São Pedro é comemorado em 29 de junho, e é uma das festas juninas mais famosas do Brasil.
 

quinta-feira, 27 de junho de 2019

TIAGO BARDAL ESTÁ FORA DA POLÍCIA CIVIL DO MARANHÃO


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Agora é oficial. Depois de quase dois meses o Conselho da Polícia Civil ter decidido expulsar o então delegado Tiago Bardal, o governador do Maranhão, Flávio Dino, assinou a saída do agora ex-delegado da Polícia Civil.
Tiago Bardal comandava a Superintendência de Investigações Criminais, mas acabou sendo preso em fevereiro de 2018, quando foi acusado de envolvimento com uma quadrilha de contrabandistas. Bardal também é acusado deextorquir dinheiro de assaltantes de banco para facilitar as ações dos criminosos no Maranhão. Bardal nega as acusações e se diz inocente.
O curioso é que a saída de Bardal, coincidentemente, acaba acontecendo no mesmo dia em que a Justiça autorizou o ex-delegado a comparecer a Comissão de Segurança da Câmara Federal para a oitiva solicitada pelo deputado federal Aluisio Mendes.
Tiago Bardal e o delegado Ney Anderson tem acusado, sistematicamente, Jefferson Portela de ter realizado investigações ilegais, inclusive através de grampos sem autorização, contra desembargadores, filho de desembargadores e políticos, principalmente aqueles que não são da base do governador Flávio Dino. Jefferson Portela tem negado as acusações.

FLÁVIO DINO CONFIRMA ENCONTRO COM JOSÉ SARNEY


O que estava sendo especulado, inclusive na imprensa nacional, um possível encontro entre o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o ex-presidente da República, José Sarney (MDB), foi confirmado oficialmente pelo comunista. O encontro estava sendo cogitado desde que Dino visitou o ex-presidente Lula.
Nas redes sociais, Flávio Dino confirmou o encontro e disse que conversaram sobre o atual quadro da democracia brasileira.
Agora é aguardar e conferir os desdobramentos desse encontro.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

CCJ APROVA PEC DE BRAIDE QUE CRIA FUNDO AO CÂNCER


A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, aprovou, por unanimidade, a provação da PEC 60/2019, de autoria do deputado federal Eduardo Braide (PMN-MA)  cria o Fundo Nacional de Prevenção e Combate ao Câncer. (Clique aqui e veja o vídeo).

Nas redes sociais, Eduardo Braide destacou a aprovação da PEC que é semelhante à iniciativa adotada pelo parlamentar quando esteve na Assembleia Legislativa do Maranhão e foi autor da proposta que criou o Fundo Estadual de Combate ao Câncer que assegura 5% do ICMS sobre a venda de cigarros e derivados de tabaco e 3% do imposto sobre a venda de bebidas alcoólicas para tratamento de pacientes portadores do câncer.
“Uma ótima notícia! Aprovada hoje na CCJ da Câmara dos Deputados a PEC 60/2019, de nossa autoria, que cria o Fundo Nacional de Prevenção e Combate ao Câncer. Essa proposta vai ajudar a salvar muitas vidas no Maranhão e no Brasil”, afirmou.
A PEC 60/2019 que cria o Fundo Nacional de Combate ao Câncer, segundo Eduardo Braide deve ser debatida no plenário da Câmara dos Deputados neste segundo semestre.

DEPUTADO GASTÃO VIEIRA DEFENDE ATENÇÃO A ALUNOS FORA DA ESCOLA


A Comissão de Constituição e Justiça aprovou nesta terça (25) projeto do deputado Gastão Vieira (MA) que inclui no currículo do curso de Pedagogia o estudo de técnicas para atendimento a estudantes impossibilitados de frequentar as escolas (Projeto de Lei 1077/03).
A partir de agora, a proposta que segue para análise e aprovação do Senado, prevê que cursos de Pedagogia deverão promover opções de desenvolvimento de conhecimentos e competências para atuação dos professores junto a estudantes em situação de restrição de locomoção, sejam eles jovens hospitalizados ou que estejam em cumprimento de pena por ato infracional.
Segundo dados do Ministério da Educação o número de matriculados que tinham aulas em hospitais brasileiros saltou de 9.996 em 21013 para 20.607 em 2018, o que representa um aumento de mais de 100%. Enquanto isso, o total de matrículas no país teve uma pequena queda, de pouco mais de 55,4 milhões para 53,9 milhões. Com isso, a taxa de alunos tendo aulas em hospitais no país também aumentou, chegando a 38 para cada 100 mil.
“É de extrema importância que os profissionais estejam preparados para lidar com esse desafio. Ministrar aulas para esses jovens requer uma preparação especial e é neste sentido que defendo a necessidade dos professores estarem e se sentirem aptos”, disse Gastão Vieira que apresentou a primeira proposta sobre o tema ainda em 2003.
“Desde 1995, a legislação brasileira reconhece o direito ao acompanhamento pedagógico-educacional à crianças e adolescentes hospitalizados e é obrigação das redes de ensino ofertar este atendimento. Porém, ainda faltava a previsão para que os cursos de pedagogia trabalhassem o desenvolvimento de habilidades e competências aos profissionais que precisam, nessas situações, lidar não só com questões de aprendizagem e desenvolvimento da criança mas, também, com questões emocionais, familiares e psicológicas”, acrescentou o deputado.
O deputado também comentou a preocupação com jovens apenados. “Quando observamos os dados de jovens em situação de cumprimento de pena, também nos preocupamos. É nítido que há relação entre os altos índices de criminalidade e a falta de acesso à educação, portanto, precisamos criar condição de escolarização para que haja uma perspectiva de mudança do futuro quando estiverem livres.
De acordo com o último relatório elaborado pelo Departamento Penitenciário Nacional (2016) com informações penitenciárias do Brasil, aproximadamente 726.712 indivíduos submetidos a alguma medida privativa de liberdade, o que representa 707% em relação ao total registrado no início da década de 90.
No que se refere à escolaridade, pessoas analfabetas representam 8,66% da população carcerária, sendo que um total 68,7% não chegou a completar sequer o ensino fundamental. Indivíduos que apenas completaram o ensino fundamental são 14,34%. As pessoas que chegaram a cursar ou terminaram o ensino médio e a educação superior representam 24,92%. Segundo o mesmo relatório, no estado do Maranhão somente 9% da população carcerária tem ensino médio completo. 78% não concluíram o ensino fundamental e 13% são analfabetos.

NÚMEROS DA EDUCAÇÃO SÃO COMEMORADOS POR FELIPE CAMARÃO


Desde 2015, o Maranhão melhorou todos os indicadores avaliados do Ensino Médio e do Fundamental. Os dados são do Anuário Brasileiro da Educação Básica, divulgado na noite de ontem,  terça-feira (25) pela ONG Todos Pela Educação.
A melhora se deu ao mesmo tempo em que o Programa Escola Digna se espalhou pelo Estado, com a entrega de mais de 850 colégios construídos ou reformados desde então.
O Ensino Médio foi um dos que mais avançaram. Na rede pública, essa fase é de responsabilidade do Estado. As demais estão na esfera municipal. A taxa de matrículas no Ensino Médio era de 59,1% em 2014. Em 2018, subiu para 63,5%. O desempenho é melhor que a média do Nordeste, que ficou em 60,4%.
Considerando os jovens de 19 anos que concluíram o Ensino Médio, a taxa passou de 45,2% para 52% no período. Ainda de acordo com a pesquisa, a escolaridade média da população entre 18 e 29 anos subiu de 9 anos de estudo para 10,5 anos de estudo de 2014 a 2018.
Ideb – Outro índice mencionado pelo estudo do Todos pela Educação – e que já era conhecido – é o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), que passou de 2,8 para 3,4 entre 2013 e 2017. Essa nota mede a qualidade das escolas públicas do Ensino Médio.
“Os dados apresentados pelo relatório do Todos pela Educação só reforçam nossa certeza de que a educação é um investimento extremamente importante. A ascensão dos índices maranhenses apresentados no documento coincide com os esforços envidados pelo governador Flávio Dino, que com o Programa Escola Digna tem tentado corrigir muitos déficits que o Maranhão acumulou ao longo de décadas”, diz o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.
“Esses resultados só nos engrandecem e motivam para continuarmos nesse caminho da transformação social, que passa pela educação”, acrescenta.
Ensino Fundamental e creches – O Anuário também mostra que o Maranhão aumentou as matrículas no Ensino Fundamental de alunos entre 6 e 14 anos de 96,5% para 97% entre 2014 e 2018. Nas creches, o índice de frequência de crianças até 3 anos subiu de 26% para 29,6% entre 2014 e 2017. Os dados de 2018 não foram incluídos.
Na pré-escola, com crianças de 4 e 5 anos, o índice cresceu de 93,8% para 97,2% entre 2014 e 2017.

LOGO MAIS ACONTECERÁ A III CAMINHADA BACABAL PELA PREVENÇÃO AS DROGAS

terça-feira, 25 de junho de 2019

OPINIÃO -COMO TRAZER OS EMPREGOS DE VOLTA – POR ADRIANO SARNEY


Por Adriano Sarney

Depois da enorme repercussão de meu último artigo, no qual informei aos maranhenses da perda da siderúrgica da Vale e seus 15 mil empregos para o Pará, muitas pessoas me pediram para escrever sobre como podemos trazer de volta os grandes empreendimentos ao nosso estado. Topo o desafio e lamento que o governador e seu secretário de indústria e comércio perderam uma ótima oportunidade de entrar, pela primeira vez, em um debate sério e realmente relevante para a população.

Ao invés de propor solução ao problema que expus, o governo soltou uma nota, repleta de insultos pessoais, desculpas e mentiras. Argumentos ad hominem, próprio dos comunistas, são bem fáceis de fazer, não gosto de usá-los, mas vou construir a próxima frase baseada neles.

A nota foi assinada pelo secretário, eterno suplente de deputado federal, que de tamanha incompetência nunca conseguiu a confiança dos maranhenses para se eleger a um cargo político, mesmo utilizando-se da máquina do governo estadual por 4 anos. Essa frase, apesar de verdadeira, não vai mudar a sua ou a minha vida. Mas o fato é que um agente público que utiliza-se de argumentos como esse ao invés de dar soluções ao problema não deveria estar no cargo. Está na cadeira tão apenas por ser apoiador político do projeto de poder do governador. Então vamos a primeira ação para trazer os empregos de volta ao Maranhão: trocar o secretário de indústria e comércio por alguém mais preparado e que saiba atuar na área.

Após trocar o secretário, criar um programa de governo que incentive empresas a se instalar no Maranhão e que ajude as nossas companhias a crescerem e a investirem, principalmente no interior. Como mencionei no último artigo, o atual governo acabou com o ProMaranhão, programa que conseguiu atrair centenas de empresas ao estado, como a Suzano e a Eneva. No lugar dele lançou o MaisEmpresas, um projeto que de tantas falhas se tornou um fracasso. Fui um dos poucos deputados a votar contra essa mudança. O MaisEmpresas não incentiva em nada o investimento no Maranhão.

É preciso voltar a construção dos distritos industriais que foram iniciados no governo retrasado. O recurso para finalizar essas obras foi deixado por Roseana no âmbito do financiamento do BNDES, o programa Viva Maranhão.

Esses distritos vão facilitar a instalação de empresas e reduzir custos ao investidor em cidades de médio porte. Cada distrito terá sua vocação, dependendo do potencial econômico de cada região. Eles podem virar no futuro polos importantes de processamento de alimentos, produção de calçados, produtos de limpeza, etc.

O próximo passo é uma ação voltada à capacitação de mão de obra especializada. Após mapear o potencial econômico de cada região, o governo deve oferecer cursos voltados a área de interesse de cada distrito industrial.

O governo também precisa passar credibilidade e estabilidade ao investidor. O governo deve repensar os aumentos sucessivos de impostos e voltar a fazer o que prometeu durante a campanha, as reuniões com a classe empresarial.

O governador deve parar de bater boca com o presidente Bolsonaro e incentivar os seus senadores a fazer o mesmo. É importante termos força a nível nacional para não perdermos novamente empreendimentos para outros estados.

Em suma, o Maranhão precisa de um bom profissional liderando a secretaria de indústria e comércio, um programa de incentivo a atração de empresas, distritos industriais espalhados nas cidades de médio porte do interior, trabalhadores capacitados, um governo com credibilidade com os investidores e com força a nível nacional. Quando tivermos isso, os empregos voltarão ao Maranhão!

segunda-feira, 24 de junho de 2019

DIVERGÊNCIA NA BANCADA MARANHENSE SOBRE DECRETO DO PORTE DE ARMAS


Depois de ter sido rejeitado pelo Senado, o decreto presidencial 9.785/2019, que flexibiliza o porte de armas, será apreciado agora na Câmara Federal. O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), tem demonstrado otimismo e acredita que o entendido dos deputados será diferente dos senadores.

Na edição especial deste fim de semana, o jornal O Estado ouviu oito dos 18 deputados federais. Os parlamentares ouvidos apresentaram opiniões diferentes, já que dois são favoráveis, dois contrários, dois favoráveis, mas com uma reformulação no decreto e dois defendem uma maior discussão sobre o assunto.

Os deputados Pastor Gildenemyr (PMN) e Aluísio Mendes (Podemos) devem votar favorável ao decreto. O ex-secretário de Segurança do Maranhão explicou seu posicionamento.

“Sou favorável ao decreto e ao direito de o cidadão de bem ter uma arma na sua casa, no seu comércio, na sua propriedade rural. Entendo também que há uma grande resistência da Casa. Eu pessoalmente votarei a favor do decreto, mas percebo que ele será derrubado também na Câmara Federal. Sendo assim, vamos trabalhar num projeto de lei que abranja as mesmas garantias dadas no decreto, para que ele possa tramitar na Câmara e no Senado”, explicou Aluisio Mendes.

O coordenador da bancada maranhense no Congresso Nacional, deputado Juscelino Filho (DEM), também disse ser favorável ao porte de armas, mas condenou a forma com a qual o tema foi proposto, sem discussão no Legislativo.

“Sou a favor de flexibilizar o porte para algumas situações, acho que o decreto exagerou, e flexibilizou demais. Acho também que essa flexibilização não deve ser por decreto e sim por projetos de lei”, justificou.

O deputado Edilázio Júnior (PSD) tem posicionamento semelhante. Ele contestou alguns aspectos do decreto e disse que, da forma como está, o decreto deve ser rejeitado.

“Na verdade eu sou favorável a posse de armas pelo cidadão, desde que sejam cumpridos, óbvio, todos aqueles requisitos: certidões, teste psicotécnico, curso de tiro, enfim. E com relação ao porte, somente com a devida comprovação de necessidade. Então em relação ao decreto do presidente Bolsonaro, eu sou contra a alguns pontos, como por exemplo a quantidade de munições que podem ser adquiridas, o número de categorias que podem obter o porte de armas. O decreto é muito brando, eu quero que seja algo mais restrito. […] O decreto da forma como está eu sou contrário”, completou.

Contrários – Os deputados João Marcelo (MDB) e Márcio Jerry (PCdoB), rechaçaram a flexibilização do porte de armas. Eles enfatizaram voto contrário à matéria.

“Votarei contra o decreto presidencial que não serve para o efetivo e eficaz combate à violência. A decisão do Senado reparou um grave erro do governo federal”, disse Márcio Jerry.

Discussão – Eduardo Braide (PMN) e Pedro Lucas (PTB), defenderam maior discussão sobre o tema na Casa.

“A flexibilização do porte de armas é um tema controverso e que atinge diretamente a vida das pessoas. Por isso, deve ser algo amplamente debatido. Não podemos esquecer que a segurança pública é responsabilidade do Estado, e portanto não pode ser atribuída aos cidadãos”, defendeu, Braide.

“Primeiramente vou reunir a bancada na terça-feira, que agora conta com 12 deputados com a chegada do deputado Paes Landim. Depois desse posicionamento, irei levar aos líderes do bloco do qual fazemos parte”, destacou Pedro Lucas.

OPINIÃO - JUNHO, FESTAS E FOGOS – POR JOSÉ SARNEY


Por José Sarney

São Luís é uma terra que bem merece ser chamada de Ilha do Amor. Melhor seria se fosse do Amor Demais. Falo do amor a sua história e a sua gente, a seu espírito, a sua beleza. Para parodiar Hemingway, que dizia que “Paris é uma Festa”, eu diria que São Luís é um amor. É para mim uma terra de lembranças que estão associadas a minha mocidade/juventude, já que são uma mesma coisa. Mocidade, o tempo da vida, juventude, a vida do tempo em que descobrimos a alma, o espírito, os pensamentos, as pessoas que definitivamente vão se incorporar ao nosso universo sentimental.

Mas a São Luís que está na minha alma, na saudade e na lembrança já não existe mais. Mataram-na os anos em que o progresso criou outras cidades dentro da minha cidade. Eu mesmo ajudei-a a desaparecer, quando construí a Ponte José Sarney, que criou uma outra cidade, moderna, sem os paralelepípedos e as pedras de cantaria, sem os sobradões e os azulejos, sem os mirantes e as moradas inteiras, meia-moradas e porta-e-janelas, e sem os bondes, onde jogávamos os primeiros olhares para as moças do nosso tempo, lindas nos seus uniformes de saia azul e blusa branca.

Mas a cidade não era a Ilha do Amor, era a Ilha Rebelde, rebelde pelas heranças do passado que a fez resistir a todas as ocupações, dos franceses, dos holandeses e dos portugueses, e a todos os governos, para ser uma cidade sem amarras, bem brasileira, na miscigenação das raças, em que negras magras e elegantes tiveram forte influência.

Falo da cidade para falar da alegria do nosso povo, dos folguedos populares, do nosso Carnaval — que até hoje resistiu às invasoras tendências de modernidade para se manter autêntico e puro. Depois o São João, que copiaram da gente e em que jamais serão o que nós somos.

E falar de São João é falar de Junho, mês em que chegam os ventos gerais, em que os dias vão se transformando de chuvosos para de sol aberto, e as noites são os sotaques dos bois, do Bumba-Meu-Boi, em que se misturam os caboclos de paus de fita, os índios de cabeças de pena, as “catirinas”, os “pais-franciscos”, e, por fim, os “bois”, de couro, de miçangas e com figuras religiosas bordadas por mãos de fada, como aquela “Neusa”, cantada nas toadas de matraca e de pandeiros gigantes: “foi Neusa quem bordou”. E os cantadores, heróis do nosso povo, que deixaram até provérbios como este: “como o Boi de Tolentino, só fama”, quando a decadência chegava, ou com a velhice ou com a perda do prestígio e beleza.

E ainda o Tambor de Crioula, das saias rodadas e das “pungas sensuais”. Tudo isso misturado com os fogos, os busca-pés, as danças e o trejeito das mulatas.

Entre fogos e festas brincamos todos. Tribuzzi, Bogéa, Evandro, Luís Carlos, Sílvio, Cadmo, Floriano, Figueiredo e eu passávamos a noite acompanhando, com matracas na mão, o Boi da Maioba.

Junho, Maranhão, festas e fogos.