domingo, 4 de fevereiro de 2024

DIAGNOSE - COLUNA DO DR. OTÁVIO PINHO FILHO - FEVEREIRO ROXO E LARANJA

FEVEREIRO ROXO E LARANJA

No segundo mês do ano as cores roxa e laranja ganham destaque com o objetivo de conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate de algumas doenças crônicas. As duas cores têm o significado especial de informar e elucidar sobre doenças de incidências notáveis que acometem a população: leucemia, que é representada pela cor laranja, e, lupus, fibromialgia e mal de Alzheimer, representadas pela cor roxa.

Fevereiro Laranja

A campanha tem como objetivo conscientizar a população sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea. A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

Existem mais de 12 tipos de leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).

Tratamento: A cura de doenças como a leucemia depende da doação de medula óssea e a chance de compatibilidade é, em média, de uma em 100 mil. Ampliar o número de doadores aumenta a possibilidade de se encontrar medulas compatíveis. 

Para doar, basta estar saudável, ter entre 18 e 35 anos e procurar um hemocentro munido de documento oficial com foto. A coleta de 5 ml de sangue é suficiente para identificar as características genéticas que serão cruzadas com os dados de pacientes que necessitam de doação. Se o doador for compatível com algum paciente, outros exames são feitos. 

O cadastramento de candidatos à doação de medula óssea é realizado pelo Centro de Hematologia e Hemoterapia  (HEMO) que está diretamente vinculado ao Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). A pessoa interessada em se cadastrar deverá se dirigir a uma das unidades do HEMO, onde receberá orientações sobre o cadastramento e a doação de medula óssea.

Cadastre-se como doador. Procure o hemocentro mais próximo da sua cidade.

Fevereiro Roxo

A campanha Fevereiro Roxo foi criada em 2014, em Minas Gerais, com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus são doenças crônicas e que não têm cura. No entanto, há formas de controlar e retardar sintomas, além de existir tratamentos que permitem que o paciente conviva com as enfermidades. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para retardar e controlar sintomas.

Fibromialgia

A fibromialgia (FM) é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (sono que não restaura a pessoa) e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória.

Tratamento: O Ministério da Saúde aprovou por meio da Portaria SAS/MS n° 1.083, de 02 de outubro de 2012, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT/MS) da Dor Crônica, que não recomenda tratamento medicamentoso específico para pacientes com fibromialgia.

Neste PCDT é abordado o tratamento não medicamento para a dor fibromiálgica, como a prática regular de exercícios físicos, terapia cognitiva comportamental, fisioterapia, acupuntura e agulhamento a seco sobre os pontos gatilho, conforme a capacidade física do doente e sob supervisão de profissional habilitado.

Inexiste tratamento medicamentoso significativamente eficaz para fibromialgia. Contudo, alguns pacientes se beneficiam do uso de tratamento das comorbidades, tais como ansiedade e depressão, que são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Lúpus

O Lúpus é uma doença autoimune crônica, com períodos de exacerbação e remissão, que faz com que o corpo produza mais anticorpos que o necessário para mantê-lo em pleno funcionamento. Os anticorpos em excesso passam a atacar as células, causando inflamações nos rins, pulmões, coração, pele, articulações e até no sistema nervoso.

Ainda não há cura para o Lúpus, no entanto o tratamento, quando aplicado de forma adequada, pode controlar e até fazer desaparecer os sintomas da doença. Por isso, com o acompanhamento e tratamento corretos, ambos oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível levar uma vida normal.

Tratamento: O Ministério da Saúde aprovou por meio da Portaria SAS/MS n° 21, de 01 de novembro de 2022, o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT/MS) do Lúpus Eritematoso Sistêmico, que descreve critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, é de caráter nacional e é utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde  (SES) na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes. O PCDT do Lúpus Eritematoso Sistêmico está disponível no sítio eletrônico da SES.

Mal de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, trata-se de um transtorno neurodegenerativo progressivo, que se manifesta por deterioração das funções cognitivas e da memória, comprometimento progressivo das atividades cotidianas, uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais. Um dos primeiros sintomas, e o mais característico, é a perda de memória recente.

Tratamento: O Ministério da Saúde aprovou por meio da Portaria SAS/MS n° 13, de 28 de novembro de 2017 o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT/MS) da Mal de Alzheimer, que descreve critérios de diagnóstico, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, é de caráter nacional e é utilizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESS) na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes. O PCDT da Doença de Alzheimer está disponível no sítio eletrônico da SES. 





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