terça-feira, 7 de outubro de 2014

DÁ PARA CONFIAR NAS PESQUISAS DE INTENÇÃO DE VOTO?


 
 
"Pesquisa é pesquisa, eleição é eleição", diriam os mais experientes políticos, acostumados com a imprevisibilidade das urnas. Esta, que é uma das frases mais repetidas por candidatos à eleição, parece se aplicar perfeitamente ao momento. 
"A verdade é que as pesquisas de intenção de voto acertam bem mais do que erram", diz Victor Trujillo, professor de marketing eleitoral da ESPM. Segundo ele, embora haja uma sensação de que as pesquisas erraram nos resultados das eleições em diversos estados, elas precisam ser encaradas como uma sondagem do momento, e não como uma prévia do resultado. 
Para ele, parte da culpa desta expectativa gerada pelas pesquisas de intenção de voto - e frustrada com os resultados - é da mídia.
"Os resultados das eleições devem ensinar a mídia que na divulgação das pesquisas é prudente dar igual importância para a resposta estimulada e para a espontânea", afirma.
Quando as pesquisas são feitas há duas modalidades de perguntas feitas aos entrevistados. Em uma, o eleitor deve dizer espontaneamente em quem ele votaria se a eleição fosse realizada naquele dia. Na outra, é apresentada ao eleitor uma lista com os candidatos que estão concorrendo ao cargo e o eleitor deve escolher entre um deles - esta é a chamada resposta estimulada.
Em geral, os veículos de comunicação dão destaque para os resultados da pesquisa estimulada. "Os veículos repercutem a resposta estimulada porque nela o índice de indecisos é menor. Isso tem maior interesse jornalístico, porque parece retratar mais o resultado de uma eleição", diz Trujillo. 
No entanto, segundo ele, ao ignorar o número de indecisos que aparecem em maior número nas respostas espontâneas, deixa-se de considerar milhões de eleitores que ainda não decidiram seu voto. 
Na pesquisa presidencial do Ibope da última quinta-feira, isto é, a 3 dias das eleições, 17% dos entrevistados se disseram indecisos na pesquisa espontânea. O número cai para 7% na resposta estimulada. 
"As pesquisas mostravam que uma parcela muito grande dos eleitores estava ainda sem um candidato. Na pesquisa com respostas estimulada, este eleitor acaba optando por um dos nomes, mas com pouca ou nenhuma convicção", explica o professor que é especialista em pesquisas de opinião. 
Brancos, nulos e abstenções
Outro fator que pode ser responsável pela diferença entre os dados das pesquisas e os das urnas é o número de votos brancos, nulos e as abstenções. Nestas eleições presidenciais chegou quase a 10% o número de votos brancos e nulos. As abstenções chegaram a quase 20%. 
Segundo Trujillo, nas pesquisas, este eleitor fica constrangido de dizer que não vai votar ou de que vai anular seu voto - e isto também tira a precisão da pesquisa.
"20% deixaram para decidir na última hora, 20% não compareceram para votar. Então, se a gente considerar que o Brasil tem 142 milhões de eleitores, que 115 milhões compareceram às urnas e que cerca de 23 milhões escolheram seus candidatos nos últimos dia, dá para entender porque as pesquisas nunca vão acertar precisamente o resultado de uma eleição", explica o professor. 

"Para mim que trabalho com pesquisa há 23 anos não há nenhuma supresa nisso. A pesquisa capta o momento, é uma sondagem da opinião pública. É inaceitável que ela seja vendida como algo infalível e como substitura da eleição", conclui.

JUSTIÇA DO RIO ACEITA DENÚNCIA E EIKE BATISTA VIRA RÉU EM PROCESSO POR CRIMES FINANCEIROS



 
O juiz Flavio Roberto de Souza, titular da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, rejeitou a absolvição sumária de Eike Batista e rebateu a tese de incompetência de juízo apresentada na defesa prévia do empresário no processo por crimes contra o mercado de capitais. A audiência de instrução e julgamento em que o fundador do grupo EBX será interrogado como réu foi marcada para o dia 18 de novembro, às 14 horas. O magistrado não descarta a possibilidade de dar a sentença nessa data, afirmou ao Broadcast, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.
"Na audiência vou ouvir testemunhas dos dois lados e interrogar o réu. A lei permite que eu sentencie na hora, seja absolvendo ou punindo. É o procedimento normal. Minha intenção é ser o mais célere possível", disse. No entanto, é possível que durante a audiência a defesa peça a realização de diligências e outros tipos de prova, prorrogando o processo.

Para o magistrado, os argumentos apresentados na defesa prévia de Eike, acompanhada de seis volumes de documentos, não foram suficientes para fundamentar uma sentença de absolvição sumária pelos crimes de manipulação de mercado e uso de informações privilegiadas. "Para absolver sumariamente seria necessária uma prova inequívoca de que não houve crime, o que a meu ver não ocorreu", explicou.
 
Na decisão em que aceita a denúncia e marca a audiência, o juiz se posiciona a respeito da alegação da defesa de incompetência da Justiça Federal para julgar o caso. Os Tribunais Superiores têm entendido que na "conduta que possa gerar lesão ao sistema financeiro nacional, na medida em que ameaça a confiabilidade dos investidores do mercado financeiro, o equilíbrio dessas relações, bem como a higidez do sistema como um todo, existe interesse da União."
O Broadcast apurou que a lista de testemunhas inclui seis ex-executivos da petroleira OGX (rebatizada de Óleo e Gás Participações - OGPar): Paulo Mendonça (ex-diretor de Exploração e Produção); Luiz Eduardo Carneiro (ex-presidente); José Roberto Faveret (ex-diretor jurídico), Marcelo Faber Torres (ex-diretor financeiro); Roberto Bernardes Monteiro (ex-diretor financeiro) e Paulo de Tarso Martins Guimarães (ex-diretor de Exploração e Produção). Todos estão no grupo que o Ministério Público Federal de São Paulo denunciou no mês passado pelos crimes de manipulação de mercado, falsidade ideológica, indução do investidor a erro e formação de quadrilha. Também serão ouvidos ex-funcionários que participaram do grupo de trabalho criado dentro da OGX para analisar suas reservas de óleo.
 
Além deles, serão convocados para a audiência técnicos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujas investigações detonaram a abertura de um inquérito pela Polícia Federal e, depois, a denúncia criminal do Ministério Público Federal (MPF) no Rio. Além deles, acionistas minoritários que se consideraram lesados pela conduta de Eike Batista como controlador da petroleira vão depor.
 
Na defesa encaminhada à Justiça, os advogados argumentam que as práticas de manipulação do mercado financeiro e insider trading (uso de informação privilegiada) não ocorreram, sendo que "as tardias e restritas" vendas de ações por Eike foram para honrar dívidas vencidas e que eram garantidas pelos papéis. Eles alegam que o dinheiro das vendas foi rastreado, "evidenciando que Eike não ficou com um centavo sequer, tendo os recursos sido revertidos para os credores".
 
A defesa argumenta que o empresário segue titular de mais de 50% das ações da OGPar, participação acionária "praticamente sem valor", mas que em 2012 chegou a valer R$ 37 bilhões, "o que por si só repele a tese de conduta dolosa e a de posse de informação privilegiada".
O magistrado explica que os crimes de manipulação e uso de informação privilegiada são classificados como formais. Isso significa que não é preciso que o acusado tenha de fato obtido lucro com a conduta para ser considerado culpado, desde que tenha praticado a conduta ilícita.
 
Se condenado, Eike pode ser punido com pena de até 13 anos de prisão. Além disso, pode ser multado em até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida em decorrência do crime. O fato de ser réu primário e ter bons antecedentes, entretanto, pode amenizar uma eventual punição

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

BANCÁRIOS ACEITAM REAJUSTE DE 8,5% E ENCERRAM GREVE



Depois de uma semana em greve, os bancários aprovaram a nova oferta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada na sexta-feira, e decidiram no início da noite desta segunda-feira encerrar a paralisação iniciada em 30 de setembro. Assim, os serviços nas agências devem se normalizar a partir desta terça-feira.

Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Banco do Brasil, contudo, podem continuar parados em algumas localidades. É o caso de Porto Alegre (RS), onde os funcionários do BB rejeitaram os termos propostos pelo banco e votaram pela continuidade da greve. O mesmo aconteceu com os funcionários da CEF no Amapá, que votaram contra o fim da paralisação na instituição.
 
Nos bancos privados, de uma maneira geral, decidiu-se pelo fim da greve. No Rio, capital, até às 20h os empregados dos bancos privados e do BB já haviam votado pelo fim da greve, mas não havia ainda decisão por parte dos bancários da CEF.
 
A nova proposta da Fenaban contempla reajuste salarial de 8,5% (ou um aumento real de 2,02% já descontado o INPC em 12 meses até agosto), contra 7,35% oferecidos originalmente. Para o piso da categoria, o reajuste subiu de 8% para 9% (2,49% mais que a inflação), e o valor do vale refeição terá correção de 12%.
 
"Fizemos uma greve forte durante sete dias, que mobilizou os trabalhadores e fez com que os bancos mudassem sua posição. Conquistamos reajuste de 8,5% e piso de 9%. Com esse índice, em 11 anos, são 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos. Tivemos ainda valorização da PLR, além de um reajuste expressivo para o vale-refeição", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
 
Depois de reunir-se com dirigentes dos bancos e ouvir as novas propostas, na sexta-feira, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia orientado os sindicatos a defender nas assembleias a aprovação das novas propostas de correção de salários. Assembleias ainda não foram encerradas em algumas regiões, mas a tendência, segundo dirigentes sindicais, é a aprovação do fim da paralisação.

MORTE COVARDE



Lamentável e covarde a morte do advogado Brunno Soares, de 29 anos, ontem quando ele deixava uma festa em comemoração pela eleição do senador Roberto Rocha.
A nossa solidariedade a Rubem Soares e Esmeralda, pais de Brunno.
Hoje, a assessoria de Roberto Rocha divulgou nota de pesar.
“Com profunda consternação registro a perda de nosso companheiro, amigo e membro do PSB, Brunno Eduardo Matos Soares, ocorrida ontem à saída de uma festa organizada por amigos de nossa campanha.
Brunno foi covardemente assassinado por um vizinho, em visível estado de perturbação mental, sem qualquer motivo a não ser a indisposição com a alegria manifesta em um encontro pacífico e de justificada alegria. Dois outros companheiros foram atingidos, mas sobreviveram ao ato insano de um covarde.
Que a justiça dos homens cumpra seu papel com o rigor que o ato merece e que a misericórdia de Deus amenize a dor da família de Brunno. A ele devemos lições diárias de profissionalismo, alegria, dedicação e companheirismo”.

OBS – Bruno era meu amigo, tocávamos juntos e frequentava a minha casa, principalmente aos sábados. Entre amigos, chamávamos carinhosamente de Bruno Cartilagem de Tubarão, apelido dado por Rubinho.
Que a terra lhe seja leve

O AMARELADO QUADRO DA POLÍTICA BACABALENSE


 
Carlinhos Florêncio se reelegeu
Da última vez que estive em Bacabal, sentei em uma mesa de bate papo com o jornalista Abel Carvalho e com o ex-vice prefeito Dr. Almir Junior.Como não poderia ser diferente, a conversa foi sobre política, principalmente a municipal.  Entre alguns pontos importantes, falamos das campanhas dos candidatos locais e o Abel foi categórico : - As únicas campanhas que estão nas ruas, são as da família Florêncio e a de Alberto Filho, por fora está Roberto Costa, a Patricia fez um arrastão e sumiu, disse o jornalista.  Trocando em miúdos, as urnas confirmaram as sábias palavras do Abel, e a acomodação da esposa do deputado Zé Vieira, em Bacabal lhe rendeu apenas 6.704 votos, muito abaixo do esperado, já que a diziam, eleita.

Patricia Vieira - faltou assessoria
O fracasso da Patricia Vieira nas urnas, deve-se justamente ao oba- oba, o já ganhou e a  politica mudou muito, as redes sociais substituíram os coronéis e os cabos eleitorais e as declarações ofensivas proferidas na televisão por Zé vieira na reta final, também somou para essa derrota. Cansado, o deputado federal Zé Vieira confiou demais na votação que teve para prefeito, não poderia deixar de fazer acordos, não poderia deixar a Patricia aparecer só, sem ao menos citar o nome dele. Faltou assessoria. Veja o exemplo do João Alberto que apareceu e apresentou o seu filho João Marcelo! Uma eleição tranquila. Patrícia é nova, tem um bom discurso e já pode ir se preparando para a campanha municipal, só que vai ter pela frente, os pretensos Florêncio Neto, João Alberto, Roberto Costa, o próprio Zé Alberto além de alugados e laranjas.

Graciete, Dr. Lisboa e Jamille - desgastados
Para quem já foi deputada, líder de dezenas de associações, o desempenho da candidata Graciete Trabulsi foi um fiasco. Prejudicada por um problema de saúde e pela impugnação de sua candidatura, só na reta final liberada, a guerreira sucumbiu diante das dificuldades e apesar de tirar votos importantes da Patricia Vieira, foi apenas a oitava mais votada em Bacabal somando 1.656 votos, ficando atrás de nomes menos expressivos como Rigo Teles (pipira), Erivelto Martins, Irmão Leal e Cândido, esse último, me disse o Dr. Almir Junior, seria um dos mais votados, e foi, garantiu a quarta colocação com quase três mil votos.

Zé Alberto e Alberto Filho
Os Albertos, João e José, mostraram as forças e elegeram seus filhos, o Zé Alberto reelegeu Alberto Filho para deputado federal, o João Alberto elegeu João Marcelo também para federal e a tiracolo levou seu protegido Roberto Costa para deputado estadual, que foi o mais votado de Bacabal com 9.154 votos. Roberto Costa pode ser a cena do próximo capítulo em Bacabal, e diga-se de passagem: Com um bom número de audiência.

João Marcelo e João Alberto
Bacabal elegeu para a assembléia estadual um filho, o Carlinhos Florêncio, elegeu um bacabalizado , Roberto Costa e ainda dois paraquedistas, Josimar de Maranhãozinho e Rigo Teles de Barra do Corda. Para a câmara federal, elegeu um bacabalense e um bacabalense postiço, Alberto Filho e João Marcelo.  Votou maciçamente em Flávio Dino e em Roberto Rocha, isso, supõe-se, que vai ser bem olhado pelo governador eleito Flávio Dino.

Fica na alma dos bacabalenses, um certo alívio e a certeza que a mudança foi feita. Pra melhor? Tínhamos, teoricamente três deputados federais, Alberto Filho, Zé Vieira e Simplicio Araújo, agora temos dois, Alberto Filho e João Marcelo,  os estaduais continuam os mesmos, Carlinhos Florêncio e Roberto Costa. Não queiram que Josimar de Maranhãozinho e Rigo Teles de Barra do Corda ajudem a nossa cidade, todo esse apoio foi comprado, por isso, nenhuma satisfação, nenhum compromisso.

O bacabalizado Roberto Costa
Bacabal mostrou que está aberto para todos, isso porque os próprios bacabalenses que estão no poder, tão nem aí pra cidade e a grande prova desse descaso, é a candidata Eliziane Gama, que não sabe nem onde fica Bacabal, obter 1.534 votos, o dobro que teve Simplicio Araújo e o triplo que teve Jansem Penha, um pouco menos da metade de Jamille Suzart.

O que ficou evidente nessa eleição, foi o desgaste dos ex-prefeitos Zé Vieira e Dr. Lisboa, não elegeram seus candidatos, uma queda acentuada do prefeito Zé Alberto, mesmo assim elegeu o filho, e uma ascensão do senador João Alberto que  elegeu o filho e o protegido.

Se para deputado, proporcionalmente, Bacabal foi a cidade que teve mais candidatos, imaginem o que vem para prefeito.

Daqui a dois anos veremos, passa rápido




DILMA ATACA PSDB APÓS DEFINIÇÃO DE CONFRONTO; AÉCIO DIZ QUE MUDANÇA VENCEU 1º TURNO


Dilma e Aécio no 2º Turno
A presidente Dilma Rousseff (PT) elevou o tom neste domingo contra o candidato do PSDB, Aécio Neves (PSDB), que será seu adversário no segundo turno da eleição, em seu primeiro pronunciamento após a divulgação do resultado da votação.
Dilma, que teve o pior desempenho do PT para um primeiro turno desde a eleição de 1998, reafirmou ter entendido o desejo de mudança expresso nas manifestações populares do ano passado e que, se reeleita, vai fazer "um segundo governo muito melhor do que o primeiro".
"O povo brasileiro anseia por mais avanços... governo novo, ideias novas", afirmou ela.
Em parte relevante de seu pronunciamento em Brasília, que durou mais de 20 minutos, a presidente disparou contra o PSDB.
Segundo ela, o povo brasileiro não quer os "fantasmas do passado" que teve durante o governo tucano, como recessão, arrocho e desemprego.
A presidente disse ainda que o "PSDB quebrou o país três vezes" e jamais promoveu "quando puderam, quando tiveram oportunidade, políticas de inclusão social e de redução da desigualdade".
 
Presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff durante pronunciamento em Brasília após a divulgação do resultado do segundo turno da eleição.
 
"O povo brasileiro não quer... uma inserção internacional subordinada, que se ajoelhava diante do FMI", disparou a presidente, indicando qual será o tom campanha petista nas próximas três semanas até o segundo turno, no próximo dia 26.
Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após 99,8 por cento da apuração. Aécio ficou com 33,6 por cento.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, comemorou sua chegada ao segundo turno da eleição contra a presidente Dilma Rousseff (PT), que tenta a reeleição, e afirmou que o sentimento da mudança venceu neste domingo.
Em pronunciamento em Belo Horizonte, capital do Estado que o elegeu duas vezes governador e uma vez senador, Aécio disse que a maioria dos votos no primeiro turno foi para candidatos que defendem a mudança em relação ao atual governo.
"A minha primeira constatação é de que esse sentimento de mudança, amplamente presente em todo o Brasil, já foi vitorioso no primeiro turno. Os candidatos de oposição somados foram vitoriosos, tiveram a maioria dos votos", disse. "E é isso que temos que buscar no segundo turno."
Mesmo sem citar o nome de Marina Silva (PSB), que até a reta final da campanha foi sua adversária direta na disputa pela segunda posição, o tucano se referiu ao fato de seus votos somados aos da ex-senadora superarem com folga os obtidos por Dilma.
Com a apuração pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) praticamente concluída, Aécio e Marina tinham juntos 57 milhões de votos, contra 43,2 milhões de Dilma.
Uma fonte do PSDB disse à Reuters que o desempenho de Aécio surpreendeu mesmo os mais otimistas do partido, sobretudo no Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país e onde o tucano teve quase 10,2 milhões de votos, contra 5,9 milhões de Dilma.
 
Aécio diz que mudança venceu 1º turno e PSDB busca eleitores de Marina
 
Mesmo a derrota do senador mineiro em sua terra natal não foi considerada ruim, porque as pesquisas de intenção de voto indicavam que Aécio teria desempenho muito pior do que o obtido em Minas: no Estado, ele obteve 4,4 milhões de votos, enquanto a presidente ficou com 4,8 milhões.
Em um gesto de aproximação à campanha do PSB durante seu discurso, Aécio prestou uma homenagem a Eduardo Campos, que concorria à Presidência pelo partido socialista, mas após a morte trágica em um acidente aéreo em agosto foi substituído por Marina, que até então concorria como vice.
"A ele e seus ideais e a seus sonhos também, a minha reverência, que nós saberemos juntos transformá-los em realidade", disse Aécio.
"Portanto é hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais a candidatura de um partido político ou de um conjunto de alianças. É o sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm a capacidade de se indignar, mas principalmente a capacidade de sonhar", disse.
Segundo a fonte do PSDB, que falou sob condição de anonimato, nas três semanas até o segundo turno, no dia 26, a campanha tucana reforçará o discurso de mudança. A estratégia será mirar para o Sudeste, que concentra quase 44 por cento dos eleitores de todo o Brasil.
"Mais do que o apoio da Marina, temos que garantir o eleitor dela", disse a fonte.
"O Estado do Rio de Janeiro é onde há mais eleitores órfãos, já que mais de 30 por cento votaram em Marina. Temos que reforçar a aliança com alguns partidos e lugares", acrescentou a fonte, citando Rio Grande do Sul e Distrito Federal, além do Rio.

CELSO RUSSOMANNO É O DEPUTADO FEDERAL MAIS VOTADO NESTE ANO e TIRIRICA É O SEGUNDO




Celso Russomanno, do PRB de São Paulo, soma 1,5 milhão de votos. É o deputado federal mais votado neste ano e o segundo na história do país.
 
Tirica, do PR de São Paulo, que foi o mais votado em 2010 com 1,3 milhão de votos, teve cerca de 1 milhão neste ano. Ainda assim, é o segundo mais votado em todo o país. 
 
O recorde histórico de votos para deputado federal continua sendo de Enéas Ferreira Carneiro, que morreu em 2007. O presidente do extinto Prona teve, em 2002, 1,57 milhão de votos.
Russomanno, que tem 58 anos, é formado em direito, mas ganhou fama nos anos 90 apresentando um quadro no programa jornalístico “Aqui Agora”, do SBT. No programa, ele mediava reclamações de consumidores contra empresas de diversos setores. 
 
A fama de defensor do consumidor impulsionou sua carreira política. Em 1994, quando se candidatou pelo PSDB, ele já foi o deputado federal mais votado. Depois disso, foi eleito duas vezes pelo PRB e uma pelo PP.
Em 2012, Russomanno se candidatou a prefeito de São Paulo pelo PRB, mas perdeu já no primeiro turno

domingo, 5 de outubro de 2014

TERMINA APURAÇÃO NO MARANHÃO


FLAVIO DINO DERROTA GRUPO DE SARNEY E VENCE NO MA
Flávio Dino, um ex-juiz federal de 46 anos, do PCdoB, venceu ontem, em primeiro turno, a disputa pelo governo do Maranhão. Com 97,17% dos votos apurados, ele obteve 1,82 milhão, um total de 63,54% dos válidos, derrotando Edson Lobão Filho, do PMDB, candidato do grupo do senador José Sarney, que recebeu 966, 5 mil votos, porcentual de 33,64%.
Ao longo da campanha de uma coligação que incluiu o PSDB e outros oito partidos de diferentes correntes ideológicas e o apoio não oficial da militância petista da capital São Luís, Dino adotou a estratégia de atacar a "oligarquia" para neutralizar a máquina eleitoral do grupo adversário, que o acusou de querer instalar uma "ditadura comunista" no Palácio dos Leões.
Uma ampla rede de emissoras de rádio e televisão do clã Sarney e seus aliados ainda fez ataques pessoais e divulgou denúncias falsas contra Dino feitas até por presidiários. O candidato do PCdoB usou a prática e os jargões de sua experiência de 15 anos na Justiça Federal para questionar os peemedebistas e rebater a estratégia, fora de contexto histórico, do grupo adversário de que o governo do Estado estaria nas mãos do "movimento comunista internacional". "A marca do meu governo será restituir a cultura do direito e da legalidade no Maranhão", disse.
Numa entrevista de Dino à TV Mirante, da família do senador, um apresentador leu trechos do estatuto do PCdoB e perguntou se Dino governaria sob as ordens do comitê central do partido. "Um governador não atua para pequenos grupos, partidos ou famílias", contra-atacou o candidato, numa referência ao clã adversário. A uma pergunta se implantaria a "ditadura", o candidato disse que não cabe a um governador mudar a Constituição Federal.
O primeiro governador comunista eleito no País é filiado a um partido que voltou à legalidade em 1986, justamente por uma decisão de Sarney, então presidente da República. "É bom frisar que isto era um compromisso de Tancredo Neves", observou Dino ontem ao Estado, enquanto esperava para votar numa escola da capital. "Vamos superar a grande noite oligárquica, do coronel", disse. A propósito, os comunistas só ocuparam o poder num Estado em 1935, no Rio Grande do Norte, quando uma insurreição destituiu o governador Rafael Fernandes e uma junta do PCB governou por 80 horas.
Militante do PT antes de exercer a magistratura, Dino procurou o PCdoB em 2006 para disputar uma cadeira na Câmara. Ele foi eleito com 120 mil votos, o que o credenciou para concorrer sem sucesso em 2008 à prefeitura de São Luís e 2010 ao governo do Estado. Dino temia que o PT nacional o sacrificasse, em algum momento, para satisfazer a "oligarquia".
O governador eleito sempre teve boas relações com lideranças do PSDB e do PT. Na Câmara, tornou-se amigo pessoal do deputado petista e agora ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Dino chegou a ser sondado pelo grupo Sarney para uma possível união. O pai de Dino, Salvio, foi deputado estadual cassado pela ditadura em 1968, mas que participou de governos controlados pelo senador, e manteve até recentemente uma coluna no jornal da família Sarney, O Estado do Maranhão.
O PCdoB maranhense é considerado o setor mais "original" de um partido que, no âmbito nacional, é liderado atualmente por membros da antiga Ação Popular, um grupo de esquerda do tempo da ditadura ligado a católicos. A AP passou a ter influência no diretório central com a morte dos comunistas que fundaram em o partido, em 1966, após um racha no PCB. No Maranhão, a sigla abriga comunistas históricos, especialmente no Sul do Estado, que deram apoio logístico à guerrilha do Araguaia, movimento armado de combate à ditadura no Sul do Pará, nos anos 1970.
Antes da abertura das urnas, a governadora Roseana Sarney admitiu, ainda pela manhã, a derrota do "grupo" para Dino. "Agora, a oligarquia vai sair de pauta", disse, em tom irônico, numa entrevista. Com domicílio eleitoral no Amapá, desde que deixou o Planalto em 1990, José Sarney passou todo o dia em Macapá.
 
Governador

Flávio Dino

Senador

Roberto Rocha

Deputados federais

Hildo Rocha

Kleber Verde

Sarney Filho

Pedro Fernandes

Vitor Mendes

João Marcelo

Alberto Filho

Eliziane Gama

 Rubens Junior

 Zé Reinaldo Tavares

 Valdir Maranhão

João Castelo

Juscelino Filho

Aluizio mendes

André Fufuca

 Junior Marreca

Zé Carlos

Deputados Estaduais

Everton Rocha

Josimar de Maranhãozinho

Andrea Murad,

Antonio Pereira

Roberto Costa

Edilázio

Nina Melo

Leo Cunha

Max Barros

Adriano Sarney

 Estenio Rezende

Rigo Teles

Rogério Cafeteira

Cesar Pires

Vinicius Louro

Fabio Braga

Hemetério Weba

Humberto Coutinho

Bira do Pindaré

Neto Evangelista

Fabio Macedo

Raimundo Cutrim

 Valeria

Sergio Frota

Otelino Neto

Souza Neto

Alexandre Almeida

Paulo Neto

Welington do Curso

Levi Pontes

Cabo Campos

Clauber Cutrim

Ana do Gás

Junior Verde

Eduardo Braide

Carlinhos Florêncio

Ricardo Rios

Zé Inacio

Francisca Primo

Edson Araújo

Graça Paz

Edvaldo Holanda

 

O QUE DISSE A ‘VOZ DAS URNAS’ EM BACABAL?


Os eleitos

Por Sérgio Mathias
Mesmo durante a campanha eleitoral não era difícil perceber a insatisfação popular com nossos representantes. Das eleições ocorridas neste domingo (5) certamente dois grupos receberam uma lição das urnas. Foram dos ex-prefeitos Zé Vieira, que mesmo com um canal de TV fazendo uma campanha sistemática contra a gestão municipal atual, e, dissimuladamente, promovendo o nome da sua esposa, Patrícia Vieira (PROS), dita como eleita por várias pesquisas ‘fabricadas’, nem sequer venceu a disputa local perdendo feio para o campeão de votos Roberto Costa (PMDB), reeleito a deputado estadual.
Já a derrocada de Dr. Lisboa (PRTB) não foi surpresa, afinal, entre deferimentos e indeferimentos de sua candidatura, ele teve a petulância de apostar que seus conterrâneos têm a memória fraca e esqueceram o passado da sua atual companheira, quem ele escolheu para lhe substituir e mesmo no apagar das luzes tendo tentado desfazer a bobagem. Mas foi tarde e a baiana Jamille Suzart (PSDB) foi apenas a quarta colocada em Bacabal e, em nível de estado, não teve a mínima chance de se eleger.
Fortalecidos politicamente estão os grupos João Alberto e Florêncio, além do prefeito José Alberto Veloso.]
O deputado estadual Carlinhos (PHS) se reelegeu com folga e o vereador Florêncio Neto (PHS) foi o segundo mais bem votado para deputado federal, em Bacabal.
João Alberto elegeu o filho João Marcelo (PMDB) a deputado federal e tem Roberto Costa (PMDB) como seu grande aliado.
Alberto Filho (PMDB), se reelegeu e permanecerá em Brasília dando força ao governo de seu pai.
As surpresas dos nanicos ficaram por conta de Cândido (SD), e Irmão Leal (PSC), candidatos a deputado estadual que obtiveram em nosso município quase 3 mil votos cada um.
Quem também acabou se saindo bem foi o coordenador político Gilberto Lacerda, que mesmo assumindo em cima da hora a coordenação da campanha de Rigo Teles (PV) em Bacabal, conseguiu com alguns vereadores fazer com que o deputado estadual reeleito tirasse aqui mais de 2 mil votos.
Candidato a deputado estadual mais votado no estado, Josimar do Maranhãozinho (PR) acabou comprando ‘gato por lebre’ ao $e aliar com o ex-prefeito de Bacabal. Apesar da enorme estrutura que ele trouxe, recebeu do grupo Lisboa menos de mil votos. Decepção total para Josimar.
Aos leitores bacabalenses fica a lição que eleição estadual nãos se decide no âmbito municipal, como muitos caciques quiseram colocar na cabeça dos seus correligionários.

APURAÇÃO PARCIAL EM BACABAL