quarta-feira, 8 de outubro de 2014

LULA SERÁ A "ARMA" DE DILMA ROUSSEFF PARA CONSEGUIR REVERTER SITUAÇÃO EM SÃO PAULO


 
Considerado um dos estados cruciais para o resultado positivo obtido por Aécio Neves (PSDB) no último domingo, colaborando para sua ida ao segundo turno, São Paulo será um dos focos da campanha do PT para conseguir a reeleição de Dilma Rousseff, e para isso o partido conta com uma "arma", o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Já na quinta-feira (9), Lula deve realizar uma reunião com dirigentes de todas as cidades do estado, além de deputados federais, estaduais, senadores e outros nomes que possam ajudar a puxar votos para Dilma. Segundo a Folha de S. Paulo, a campanha da petista acredita ser difícil vencer no estado, mas o projeto agora é tentar pelo menos reduzir os danos e conquistar votos para conseguir segurar uma diferença de votos menor contra Aécio.

De acordo com o jornal, o ex-presidente deve distribuir uma bronca aos correligionários, tentando animar os militantes a irem para as ruas de São Paulo para atingir o objetivo. Vale destacar que não só Aécio venceu no estado, como o governo é do PSDB nos últimos 20 anos. No estado, Geraldo Alckmin (PSDB) foi reeleito governador, enquanto o candidato do PT, Alexandre Padilha, ficou apenas na terceira colocação, atrás de Paulo Skaf (PMDB).

Além disso, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC - origem de Lula e do prefeito Luiz Marinho, coordenador da campanha da Dilma em São Paulo -, a petista também não conseguiu vencer, após superar José Serra em 2010.

A derrota não se deu apenas no governo, já que o partido perdeu uma cadeira no Senado, oito vagas de deputados estaduais e seis de deputados federais. O pensamento é que a estratégia de "desconstrução" de Marina acabou tendo um efeito não imaginado, aumentando os votos no PSDB em todo o estado, mesmo em regiões tradicionalmente petistas, como São Bernardo do Campo.

AÉCIO REAFIRMA SER CONTRA REELEIÇÃO, MAS DIZ QUE MEDIDA DEPENDE DE DISCUSSÃO



Em seu primeiro evento de campanha depois do primeiro turno, o senador Aécio Neves (PSDB), adotou o 'marinês' em seu discurso. Depois de visitar trabalhadores de uma obra da construção civil em São Paulo na tarde ontem, terça-feira, 7, ao lado do governador reeleito Geraldo Alckmin e do senador eleito José Serra, o tucano falou em "nova política" e disse que seu programa de governo é uma "obra que não termina nunca".

"Estou pronto para liderar um projeto em favor do Brasil, em favor de uma nova política, em favor de uma construção coletiva. Nossa proposta de governo é sempre aberta a novas contribuições. É uma obra que não termina. Uma construção permanente."
 
Alvo do assédio dos tucanos, Marina Silva (PSB) adotou a nova política como a peça-chave de seus discursos durante sua campanha no primeiro turno e disse reiteradas vezes que programa de governo é "uma obra inacabada". A expectativa dos tucanos é que o apoio de Marina Silva seja anunciado nesta quarta-feira, 8.
 
Em entrevista coletiva, depois de discursar para operários, Aécio voltou a defender o fim da reeleição com coincidência de mandatos, a exemplo do que defende Marina, mas não deixou claro se acabaria imediatamente com a medida, caso seja eleito presidente.
 
"Sou a favor do mandato de cinco anos para reeleição para todos os cargos públicos. Para a questão deste mandato específico [o próximo], precisa ser discutida no Congresso." O senador afirmou que governadores e prefeitos também precisariam participar do debate.
 
Durante a visita à obra, Aécio recebeu um telefone celular das mãos do deputado Paulinho da Força (PROS), presidente licenciado da Força Sindical. Do outro lado da linha estava o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi candidato a vice na chapa de Marina. Em outro momento o tucano recebeu telefonema do deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS e também aliado da ex-ministra.
 
O PSDB está organizando um encontro nesta quarta em Brasília que reunirá o presidenciável e todos os candidatos ao governo e ao Senado pelo PSDB no primeiro turno. No fim de semana, o tucano terá uma agenda religiosa: visitará Aparecida do Norte, interior de São Paulo, no sábado, e a festa de Círio de Nazaré, no domingo.

PAPA FRANCISCO QUER DEBATE AMPLO SOBRE GAYS, DIVÓRCIO E CONTRACEPÇÃO


AP

O papa Francisco encorajou nesta segunda-feira, 6, os bispos do Sínodo Extraordinário sobre a Família a expor assuntos controversos como contracepção, gays, casamento e divórcio com clareza e a ouvir com humildade tudo o que se pensa ou que se propõe, sem receio de desagradar a quem tenha outra opinião.

“Que ninguém diga ‘isso não se pode dizer... fulano pensará isso ou aquilo de mim’. É preciso dizer tudo o que se sente, a verdade sem temores”, disse Francisco, na abertura dos debates do Sínodo, cuja assembleia se encerrará dia 19, para continuar, em uma segunda etapa, em outubro do próximo ano, quando se chegará a uma conclusão sobre o tema.  

Francisco lamentou que, conforme lhe informou um cardeal, alguns cardeais não tiveram coragem de dizer algumas coisas no consistório sobre família, em fevereiro, por respeito ao papa, imaginando que ele pensasse de maneira diferente. 

“Isso não é certo, porque os padres sinodais devem dizer tudo o que, no Senhor, sentem que têm de dizer, sem respeito humano, sem pavor”, advertiu o pontífice, acrescentando que, “ao mesmo tempo, se deve escutar com humildade e acolher, de coração aberto, o que dizem os irmãos”. Francisco aconselhou os participantes do Sínodo a falar com tranquilidade, porque “os Sínodos se realizam sempre ‘cum Petro et sub Petro’ (com Pedro e sob a autoridade de Pedro) e a presença do papa é uma garantia para todos e confirmação na fé”. Ele presidirá as sessões mais importantes da reunião e, em sua ausência, será substituído por um dos três presidentes delegados - entre os quais, o arcebispo de Aparecida, d. Raymundo Damasceno. 

O relator-geral da assembleia, cardeal Péter Erdö, arcebispo de Budapeste (Hungria), fez um resumo dos desafios enfrentados pela família e defendeu uma maior formação dos noivos, para que se casem conscientes da dignidade sacramental do matrimônio, baseado na unicidade, fidelidade e fecundidade, ao mesmo tempo que é uma instituição na sociedade. 

Divorciados. O relatório preliminar do Sínodo aponta para casos particulares, como a possibilidade de dar a comunhão aos católicos divorciados que vivem em segunda união. Um dos caminhos indicados para regularizar a situação seria a simplificação dos processos jurídicos para declaração de nulidade do casamento. 

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O MINISTRO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ), FÉLIX FISHER, INDEFERE PEDIDO DO DIRETÓRIO DO PMDB DO MARANHÃO


FelixFischer


O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Félix Fisher, indeferiu notícia-crime protocolada pelo Diretório do PMDB no Maranhão, através da qual, o partido solicitava o afastamento do conselheiro Edmar Cutrim do cargo de presidente do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA). O despacho do ministro, relator do pedido, foi proferido nesta última segunda-feira (6).

Félix Fisher baseou sua decisão no entendimento do próprio Ministério Público Federal, que considerou a “ilegitimidade da legenda partidária para pleitear medida cautelar de natureza processual penal em face de delito de ação pública incondicionada, mormente não sendo encampada pelo Parquet, por falta de evidências”.

O MPF também afirmou que “o relato de possíveis infrações penais supostamente cometidas por ocupantes de cargo por prerrogativa de função ou qualquer outro servidor público, por si só, não revela necessidade de afastamento do cargo”.

O ministro cita outro trecho do entendimento do Ministério Público Federal: “A análise preliminar feita nos documentos que acompanham a notícia-crime não revelou evidências de que o Representado [conselheiro Edmar Cutrim] esteja promovendo atos destinados a desconstituir material probatório dos supostos crimes. O Ministério Público Federal oficia pelo não conhecimento da pretensão cautelar formulada”.

O PMDB solicitava o afastamento do conselheiro, que está de férias desde a semana passada, com base em uma gravação telefônica, obtida de forma ilegal, na qual ele conversava com amigos.

No último sábado (4), o juiz federal Clodomir Reis, do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), já havia indeferido pedido da coligação “Pra Frente Maranhão”, da qual o PMDB fazia parte, que também pleiteava o afastamento do conselheiro.

EMOÇÃOE COMOÇÃO NO SEPULTAMENTO DE BRUNO




Foi sepultado ao meio dia, o corpo do advogado Brunno Matos, 29 anos, assessor do senador eleito Roberto Rocha  Ele que também era músico cavaquinhista, com passagens pelos melhosres grupois de pagode da Ilha, estava na sua fase mais produtiva, como advogado, como assessor e como músico, pois a sua felicidade era a realização do projeto de um novo grupio de pagode.
Muitas autoridades estiveram presentes para se despedir no garoto Bruno, a exemplo do deputado Julião Amim, do senador eleito Roberto Rocha, do ex vereador e advogado Linaldo, além de jornalistas e amigos.
A turma do samba e do pagode compareceram em massa no sepultamento, foi feita uma homenagem que levou todos a uma grande emoção.
Meu depoimento – Eu nunca tinha visto na minha vida, tanto sofrimento de uma mãe e de um pai, como vi hoje. Pretendo não passar mais por um momento desses de tanta dor.

Senador Roberto Rocha
 
 

ACUSADOS DA MORTE DE DÉCIO SÁ IMPETRAM HABEAS CORPUS NO STF

  

A defesa de José de Alencar Miranda Carvalho e Gláucio Alencar Pontes Carvalho - pai e filho, que irão a júri popular acusados de serem os mandantes do assassinato do jornalista Décio Sá, da equipe de Política de O Estado, e responsável pelo Blog do Décio.com, ocorrido em abril de 2012 em um bar na Avenida Litorânea, em São Luís, impetrou novo habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo para que aguardem o julgamento em liberdade. Dez réus foram denunciados pelo homicídio e dois já foram julgados e condenados.

José de Alencar, de 74 anos, cumpre prisão domiciliar, e seu filho, Gláucio Alencar, está preso no quartel do Comando Geral do Corpo de Bombeiros da capital. No habeas corpus, a defesa alega que a custódia de ambos é ilegal por "11 motivos relevantes", entre eles a suposta inércia dos órgãos acusatórios, o cabimento de medida restritiva diversa e o longo tempo de custódia, "inclusive em desfavor de um idoso".
 
Ambos tiveram a prisão temporária decretada em junho de 2012, depois convertida em preventiva. "Os pacientes nunca embaraçaram a marcha do processo, motivo pelo qual não merecem continuar tolhidos de sua liberdade ambulatorial por conduta procrastinatória de corréu (José Raimundo), tampouco por inércia ou error in procedendo do Tribunal de Justiça do Maranhão", afirma a defesa.

A defesa também critica a denúncia, afirmando que a acusação é vaga ao demonstrar a motivação que teria levados os acusados a decidirem "encomendar a morte" do jornalista.

Os dois primeiros envolvidos na morte do jornalista a serem julgados foram Jhonatan de Sousa Silva, assassino confesso, condenado a 23 anos e três meses de reclusão, e seu cúmplice, Marcos Bruno Silva de Oliveira, que conduziu o criminoso ao local e lhe deu fuga após o crime, condenado a 18 anos e três meses. O julgamento dos réus ocorreu em fevereiro, mas o restante dos acusados ainda não tem data para ser julgado.

ALBERTO FILHO AGRADECE AOS SEUS ELEITORES

 

PAI DO ADVOGADO BRUNNO MATOS DIZ QUE O FILHO FOI VÍTIMA DE UM MARGINAL IRRESPONSÁVEL



O corpo do advogado Brunno Matos, 29 anos, assessor do senador eleito Roberto Rocha, está sendo velado na Central de Velórios da Pax, na Rua Grande, Centro de São Luís. Brunno foi assassinado covardemente na madrugada de segunda-feira(06) no momento em que deixava o local da festa de comemoração da vitória de Roberto Rocha, no Olho D´Agua.
Ao sair, o advogado percebeu que o homem identificado como Carlos Marão Filho estava quebrando os retrovisores de veículos estacionados nas proximidades do local da comemoração. Marão estaria sob efeitos de entorpecentes, visivelmente transtornado e revoltado com o som usado na comemoração. Brunno apenas questionou os motivos que levaram o assassino a fazer aquilo. Foi o suficiente para ser esfaqueado mortalmente. O irmão dele, Alexandre Soares, também foi esfaqueado no abdômen. Brunno foi socorrido, mas não resistiu à gravidade dos ferimentos. Alexandre foi submetido à cirurgia e está na UTI do Hospital São Domingos.
A outra vítima, identificada como Kelvin Chiang, 26 anos, psicólogo, foi atingido com um golpe de faca nas costas, ao tentar proteger a quarta vítima que havia caído, identificado como Wesley Carvalho, único jovem que não sofreu golpe de facas em razão da arma ter ficado cravada nas costas de Kelvin.
As vítimas confirmaram em delegacia e em depoimento prestado no hospital que o estudante Diego Polary, filho do Dj Claudinho Polary, da Mirante FM, foi um dos autores do trágico acontecimento que culminou na morte do assessor do eleito senador Roberto Rocha.
O assassino é irmão da ex-mulher de Claudinho e tio de Diego. Os dois residem na mesma casa, no Olho D´Agua, ao lado do local onde foi realizada a comemoração da vitória de Roberto Rocha. Ao ser preso, Carlos Marão aparentava ter feito uso de substâncias entorpecentes.
A polícia teria descartado a participação de Diego Polary no assassinato. No entanto, as investigações prosseguem para descobrir quem estaria em companhia de Marão, no momento do ataque aos jovens.
No velório, bastante abatido e chorando muito, o pai de Brunno, Rubem César Soares, falou ao blog sobre a perda do filho.
“Essa é uma dor indescritível. Perder um filho é perder metade de você. Perder um filho bom, íntegro, competente, leal, é perder você quase todo. Estou como se não tivesse pisando no chão. Meu filho foi vítima de um marginal irresponsável. Vamos fazer de tudo para que esse marginal fique preso para o resto da vida”, desabafou Rubem Soares.
Disse, ainda, que o filho apenas questionou porque ele (o assassino) estava quebrando os retrovisores dos carros. “Isso foi o suficiente para ele matar meu filho, esfaquear meu outro filho – que está na UTI de um  hospital – e ferir outro amigo”, diz.
O sepultamento de Brunno Matos será realizado no cemitério do Gavião, às 10h30 desta terça-feira(07).

MARINA DECIDE APOIAR AÉCIO EM TROCA DE COMPROMISSO REAL POR FIM DA REELEIÇÃO



A candidata derrotada Marina Silva (PSB) decidiu apoiar o tucano Aécio Neves no 2.º turno mediante o compromisso de apoiar causas defendidas pela terceira colocada na disputa presidencial, incluindo uma reforma política que ponha fim à reeleição. Conforme informou a colunista Sonia Racy no portal estadão.com.br, o que está em discussão é se isto ocorrerá com o PSB ou se será uma manifestação da Rede Sustentabilidade, partido que Marina não conseguiu criar em 2013 e se abrigou no partido que foi presidido por Eduardo Campos.

A decisão deve sair antes do endosso formal ao tucano de Renata Campos, viúva do ex-governador de Pernambuco, morto em agosto. Renata deve formalizar o apoio a Aécio por um motivo simples: se não o fizer ou se acenar com a possibilidade de apoiar a petista Dilma Rousseff, iria contra o discurso do marido de que a presidente representava a velha política.
 
Marina não quer condicionar sua decisão a cargos, o que ela define como “velha política”. O caminho é pedir um compromisso formal de pontos do programa de governo anunciado pelo PSB em agosto, como o fim da reeleição e uma proposta de reforma tributária. Aécio já disse publicamente ser a favor de ambas as propostas.
 
Fora isso, a candidata derrotada do PSB também tem interesse em ver o tucano se comprometer com a manutenção das conquistas socioeconômicas dos governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a inclusão na agenda de cuidados com a sustentabilidade e a garantia de aumento de produção do agronegócio sem riscos à floresta amazônica.
 
Em 2010, a ex-ministra, que como agora ficou em terceiro lugar, fez uma lista de dez itens de seu programa de governo e a enviou tanto a José Serra e quanto a Dilma, que passaram para o segundo turno. O tucano não respondeu. A petista assinou o termo, indicando aceitar o proposto, mas não chegou a cumprir isso - Marina tampouco a apoiou e optou pela neutralidade. No domingo, em discurso após reconhecer a derrota, a ex-ministra deu a entender que não ficaria neutra novamente e que os brasileiros demonstraram um “sentimento de mudança”.
 
A tendência nos partidos que formaram a aliança de Marina é apoiar Aécio. Já se manifestaram nesse sentido o presidente do PPS, Roberto Freire, que convocou reunião do partido para hoje, quando será definida a posição oficial da legenda. Também disse que apoia Aécio o presidente do PSL, Luciano Bivar. Os dirigentes do PHS, PPL e PRP também tendem a dizer que ficarão ao lado do tucano. 
 
Partidos. No PSB, foi marcada para esta terça-feira, 7, uma reunião da Executiva para se buscar um consenso sobre o 2.º turno. A Rede também discutem o assunto amanhã. Na quinta-feira, os partidos da coligação vão se reunir para divulgar a posição final. Mas ontem lideranças do PSB começaram a indicar preferência por Aécio ou já declararam voto no tucano.
 
Mesmo o presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, aliado de longa data e ex-ministro de Luiz Inácio Lula da Silva, sinalizou nesta segunda-feira que não se oporia ao apoio do partido ao candidato do PSDB, se essa for a decisão da cúpula partidária. “O fundamental é estar envolvido em um processo de progresso, de crescimento. Às vezes um reacionário serve de avanço.”
 
Questionado se ele, que é fundador do PSB e se classifica como “homem de esquerda”, se sentiria confortável com uma aliança com o PSDB, Amaral respondeu com pragmatismo: “As alianças são táticas e, se não prejudicarem o projeto do meu partido, são válidas”.
 
O vice-presidente do PSB e parceiro de chapa de Marina, Beto Albuquerque, disse que apoiará Aécio e que “quem joga sujo na eleição” não terá o seu apoio.
 
Em Pernambuco, o advogado Antonio Campos, irmão de Eduardo Campos, adiantou seu voto em Aécio, mas afirmou ser uma decisão pessoal e que não falava em nome da viúva de Campos. “Vamos conversar para tentar chegar a um consenso”, disse o prefeito de Recife, Geraldo Júlio, que foi ontem cedo à casa da família Campos.
 
“Tivemos uma vitória esmagadora, a maior do País, e essa vitória vai servir apenas para nos fortalecer para que a gente possa discutir com legitimidade política. Mas tem de ser levado em conta o que o País todo vai pensar”, defendeu o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes. Em entrevista às rádios locais, o governador eleito Paulo Câmara (PSB) adotou discurso semelhante. O atual governador, João Lyra Neto (PSB), declarou voto em Aécio.

DILMA REUNIRÁ ALIADOS E VAI TENTAR EVITAR ATRITOS NA BASE



A presidente Dilma Rousseff (PT) disse nesta segunda-feira que reunirá governadores e senadores aliados eleitos na terça-feira para dar a arrancada da sua campanha no segundo turno, tomando o cuidado de não criar conflito onde há aliados disputando o segundo turno, uma preocupação de sua campanha para evitar perda de apoios.

"Nós vamos fazer primeiro uma reunião de todos os governadores da minha base eleitos no primeiro turno e de todos os senadores eleitos no primeiro turno e também de governadores que não há conflito no sentido de que não há disputa dentro da base", disse a presidente.
 
Questionada sobre a possibilidade de subir em mais de um palanque em cada Estado, Dilma disse que vai "aguardar para avaliar".
Uma das preocupações da campanha petista no segundo turno é justamente a disputa entre aliados em disputas estaduais e os danos que isso pode provocar na corrida presidencial.
 
Na votação de domingo, Dilma teve 41,6 por cento dos votos válidos, ou quase 43,3 milhões, enquanto Aécio ficou com 33,6 por cento, o equivalente a 34,9 milhões.
 
Para Dilma, "é provável" que os mais de 22 milhões de votos da terceira colocada nas eleições, a candidata Marina Silva (PSB), se dividam no segundo turno entre ela e seu adversário Aécio Neves (PSDB). A presidente disse que recebeu um telefonema "gentil e civilizado" de Marina, que lhe cumprimentou pela vitória e que as duas não falaram sobre apoio no segundo turno.
 
"Eu acho que hoje seria uma temeridade qualquer fala a respeito de como será o apoio no futuro. É óbvio que muitas vezes os apoios não dependem só de uma pessoa, são decididos por várias instâncias", disse.
Dilma afirmou ainda que deve começar suas atividades de campanha na rua no Nordeste e seguir para o Sul do país. "E para Minas e São Paulo na sequência", disse.
 
DE VOLTA COM OS FANTASMAS
 
A presidente voltou a dizer ainda que o PSDB representa a volta "dos fantasmas do passado", rebatendo ainda as declarações de Aécio, que mais cedo disse que os brasileiros temem na verdade "os monstros do presente", como a recessão e a inflação alta.
 
"Em um período pós Plano Real eles praticaram taxas de juros de 45 por cento e ao mesmo tempo tiveram uma taxa altíssima média de juros de 25 por cento", atacou Dilma.
 
"Mas além disso jamais colocaram os pobres no orçamento, todas as políticas sociais foram restritas, feitas para poucas pessoas", acrescentou.
"Compare os monstros do passado com o que está acontecendo no meu governo. Ele pode usar retórica, mas a realidade se impõe", rebateu Dilma.
Dilma ainda atacou o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que já foi indicado por Aécio como futuro ministro da Fazenda, caso chegue à Presidência.
 
"Indicar o Armínio Fraga é um complicador para ele", argumentou dizendo que quando ele presidiu o BC a inflação "saiu por duas vezes do limite superior da política de metas, em 2001 a inflação foi a 7,7 por cento e, em 2002, a inflação foi de 12,5 por cento."
Questionada sobre a disparada da Bolsa de Valores nesta segunda-feira, após o resultado eleitoral que foi mais favorável a Aécio apesar da sua vitória, Dilma disse que o mercado não vence eleição.
"Eu desconfio que os investidores podem fazer tudo, mas não ganham uma eleição. Quem ganha e vota no Brasil chama-se povo brasileiro", disse.