20 ANOS
O Grupo Foliões comemorou 20 anos de existência em
2014. Criado em 2004 por William Moraes Corrêa, o objetivo era a criação de um
espetáculo de danças e ritmos folclóricos do Brasil para participação em
festivais no Canadá e Estados Unidos, em 2005. Além da batucada
tradicional do bloco, seria apresentada uma coletânea de manifestações culturais
brasileiras, com ênfase á arte brasileira. Em 2008, o grupo criou o
reisado Folias de Natal. Em 2009, as Folias Juninas estrearam
oficialmente nos festejos juninos de São Luís.
De lá para cá, foram desenvolvidos diversos
projetos, apresentações, shows, cursos, oficinas. Importantes viagens para
festivais internacionais (França e Bélgica, em 2008, durante a Copa do Mundo),
exposições (Finlândia, peru, Bolívia, Argentina, Espanha, Portugal e República
Tcheca) e festivais pelo Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Piauí,
Pernambuco, Distrito Federal e Rio Grande do Sul).
Vale lembrar que o Bloco Os Foliões possui 38 anos,
tendo sido fundado em 01 de maio de 1976 por iniciativa do saudoso Mestre
Walmir Moraes Corrêa, considerado o mais vitorioso dirigente carnavalesco do
Maranhão. Vindo de uma vida dedicada ao ensino e á cultura popular, com váriso
títulos dirigindo outras entidades carnavalescas, fundou Os Foliões junto
ao irmão Waldete Cabeça Branca e aos amigos Carlos Augusto Soeiro Gomes, Mauro
Sérgio Guimarães Machado e Luís Fernando Lima de Sá Vale.
PARCERIA
A parceria entre o Grupo Cultural Y-Bacanga e Os
Foliões teve início esse ano, na montagem do tradicional espetáculo
Folias Juninas, que completou 20 anos em 2014. Junto à Companhia Táculo (da
Escola Estadual Barjonas Lobão), a mescla de danças e ritmos maranhenses
percorreu diversos arraiais e eventos culturais pela cidade, culminando nem
duas noites no I Festival Internacional de Folclore e São Luís, em setembro
passado.
VIAGENS
Com seus espetáculos de danças e ritmos, o Grupo
Foliões possui convites para festivais e mostras nacionais e internacionais até
2017: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Brasília, Ceará,
Pernambuco, Argentina, Venezuela, Peru e Itália. Os convites chegaram através
do CIOFF (Conselho Internacional de Folclore e Artes Tradicionais) e da IOV
(Organização Internacional de Folclore e Artes Populares).
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
O Grupo Foliões filiou-se, recentemente, à
Organização Internacional de Teatro de Bonecos, com sede no Rio de Janeiro,
possibilitando a maior participação em evetos, encontros, cursos e seminários
sobre a arte teatral.
ESCOLAS
O projeto também percorrerá escolas das redes
pública e particular de São Luís. A folia itinerante teve início na Escola
Justo Jansen, no centro, onde o grupo desenvolve seus ensaios de dança.
QUADRINHOS
O projeto Histórias de Minha Terra ganhará versão
em quadrinhos em 2015, valorizando as lendas maranhenses. Quem também ganhará
versão em quadrinhos será o Reisado Folias de natal, espetáculo natalino que o
grupo leva para as ruas e palcos desde 2008 (16 anos) e que possui outras
parcerias, como a Raízes de Portugal, Baile de Caixa, Projeto Mãe Benta (Vila
Itamar), Cia. Táculo (Escola Barjonas Lobão) e opróprio Y-Bacanga.. As
ilustrações serão feitas pro jovens integrantes do projeto e por artistas
maranhenses.
PONTO DE CULTURA
O projeto levou a entidade Os Foliões a receber seu
primeiro prêmio nacional do Ministério da Cultura em 2008, quando conquistou o
prêmio Ponto de Leitura. Foi decisivo também para a conquista do Prêmio
Pontinhos de Cultura, também do MinC, através do projeto Foliões Mirins, e
outros prêmios da Funarte e Banco do Nordeste. Em 2009, foi reconhecido como
ponto de cultura, através da iniciativa Bordados e Encantarias do Maranhão, que
deu à entidade condições de montar um pequeno parque têxtil e impulsionar a
produção artística dos Foliões e suas ações comunitárias.
VALORIZANDO A CRIANÇA E O FOLCLORE
Contar estórias sobre para crianças, adolescentes e
adultos, reunindo lendas e mitos de São Luís e outras cidades maranhenses com
danças e ritmos da cultura popular maranhense. Essa é a proposta que o projeto
Histórias de Mina Terra traz à Feira do Livro 2013 (7ª Felis), sob coordenação
do Grupo Foliões, em parceria com as companhias Baile de Caixas e Raízes de
Portugal, além de jovens artistas dos elencos teatrais da UFMA e Grupo grita.
Trata-se de uma oficina de contação de histórias,
em que os artistas caracterizam-se como personagens das lendas e da cultura
popular. Então, temos coreiras, “Ana Jansen”, fantasmas, mangudas, deusas do
mar e dos rios, vaqueiros, quebradeiras de coco, caboclos de fitas, o boi, o touro
negro encantado, Dom Sebastião, índios, portugueses, mouros, entre outros.
A grande sensação é que o público se torna o
protagonista, principalmente as crianças. Elas quem personificam os personagens
em cena, com suas devidas caracterizações. Tudo com certo improviso ensaiado”.
Enquanto os narradores contam as histórias, os integrantes do projeto
posicionam os atores mirins em cena. Tudo com muita alegria e diversão, além do
fundo musical com ritmos maranhenses.
As apresentações tiveram início dia 2, quarta-feira,
com grande público presente no anfiteatro Beto Bittencourt, em frente ao Centro
de Criatividade Odylo Costa filho, na Praia Grande. Estudantes da rede pública
de São Luís, famílias, turistas e outros visitantes da feira fizeram a festa
com as lendas do Olho d´Agua, carruagem de Ana Jansen, manguda, Dom Sebastião
(com o touro dançando toadas do bumba-meu-boi), entre outras O ponto alto foi o
encontro da serpentes que rodeia a ilha de São Luís com a serpente dos
subterrâneos do Ribeirão, com uma grande algazarra embaixo das alegorias.
Na lenda do Olho d´´Agua, por exemplo, as crianças
vivenciam o surgimento da linda praia homônima, onde uma linda índia teve o seu
amado levado para o fundo do mar pela Mãe d´Água e chorou até morrer. De suas
lágrimas, nasceram duas vertentes de água que até hoje correm para o mar.
Quando Ana Jansen entra em cena com sua sombrinha
rendada, é uma algazarra. Trazendo seus escravos e a carruagem, ela
literalmente faz jus ao nome de “rainha do Maranhão”.
A festa fica ainda maior com a gritaria que
acontece quando as mangudas entram cena com seus pijamas grandes e
assustadores, brincando com todo mundo. Essa lenda foi forjada por
contrabandistas entre os séculsso XIX e XX, para passar mercadorias roubadas
pelos portos de São Luís.
Já na lenda de Dom Sebastião, uma batalha épica é
travada em cena, com os portugueses tentando invadir Marrocos e sendo
derrotados. Em seguida, o rei português é trazido para a Praia dos Lençóis,
onde é encantado em touro, seguindo antiga tradição moura.
O momento da apoteose fica mesmo com a entrada das
duas serpentes encantadas: a que rodeia a ilha e a que vive nos subterrâneos da
cidade. A criançada faz a festa embaixo das serpentes, dançando pelo palco e
pela plateia.
EXPERIÊNCIA
O projeto continua até domingo, sempre a partir das
15h, no mesmo local. Nessa sexta, será realizado um grande cortejo de artistas
pela área da feira.
O projeto é assinado pelo produtor William Moraes
Corrêa, coordenador do ponto de leitura Histórias de Minha Terra e do
pontinho de cultura Foliões Mirins, ambos projetos do Grupo Foliões premiados
pelo MinC e pela Funarte. A direção artística é do ator e dançarino Franklin
Gomes.
O elenco é formado por 15 pessoas, entre atores,
contadores, dançarinos e músicos. As apresentações e oficinas não ficarão
limitadas à feira, pois se entenderão a outras ações em São Luís e cidades do
interior, tendo o público infantil como sua principal meta.
Oficinas são um marco na história dos grupos
envolvidos, uma vez que praticamente todos nasceram da prática de oficina
artísticas em suas comunidades, enveredando depois para a produção de
espetáculos e outras atividades. Além do São João, envolvem carnaval, Natal,
folia de reis, teatro, salas de leitura, projetos socioculturais, ateliês,
entre outros.
Os grupos participantes são parceiros dos Foliões
há longos anos, tendo realizado belas produções em conjunto. O Grupo Foliões
possui 19 anos de existência, tendo sido criado como extensão do Bloco
Tradicional os Foliões, que possui 36 anos e traz a marca consagrada do saudoso
Mestre Walmir Moraes Corrêa.
Nas participações em festivais e mostras pelo
Brasil e exterior, sempre foram realizadas oficinas em comunidades e
intercâmbios entre grupos, em valiosa troca de saberes, técnicas e
aprendizados.
Os figurinos, adereços e alegorias são de Rubenir
Serejo, Dew Rodrigues e Mestre João. Para essa produção, contaram com o
logística da Escola de Artes da Apae e da igreja de São Pantaleão.
CONTATOS
· William Moraes Corrêa –
3194-5453, 8800-7821 e 3302-6359.
· * Rubenir Serejo – 8850-5809 e
3251-2086.