quarta-feira, 14 de abril de 2021

OTÁVIO PINHO FILHO -PARABENS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS

 

Compositor nato, ganhador de festivais, colecionador de bons violões, violonista, cavaquinhista, banjista, poeta, compositor e cantor, Otávio Pinho Filho é mais um bacabalense cheio de talento para a música e para a poesia. 

Ele, assim como seu irmão Osvaldino Pinho, começou na música estudando teoria musical com o maestro Almir Garcez Assaí, partindo daí para o violão, recebendo as aulas do Velho Tchaca, professor de  toda uma safra de violonistas da sua época.

Mudando-se para Recife onde foi estudar medicina, Otavio Filho aproveitou para aprofundar-se no instrumento e o samba, o jazz e a bossa nova, passaram a fazer parte de seu contexto musical, saindo daí para compor, e compor com qualidade. 

Voltando para Bacabal, Otávio Filho se juntou a uma gama de novos músicos/cantores/compositores como o seu próprio irmão, Osvaldino, Márcio Noleto, Antônio Sobrinho Trabulsi, Zeca Louro, Abel Carvalho,  Flávio Passarinho, Serrão,  Raimundinho, Lifanco e Zé Lopes, esse último com quem fez várias canções, algumas premiadas como “Estrela Cadente”, canção defendida por Wildmarck Correa no FIC – Festival Intermunicipal da Canção – 1987 – Bacabal -  Maranhão. 

Otavio teve ainda  as canções “Ilana Linda”, interpretada por Dalva Lopes e a bossa nova “Frestas” interpretada por Josa, premiadas em festivais. 

Otávio compôs em parceria com Zé Lopes, a canção "Amigos", que virou hino no Encontro dos Radiologistas acontecido em Recife.

Otávio não pára só na elite musical da arrastada bossa nova e nem na serenidade harmônica das canções violadas, ele é autor de vários sambas de enredo que desfilaram nas maiores escolas de samba de Bacabal e atento aos ritmos genuínos maranhenses,  compôs para o Boi-Bacaba, “Toada em tom de poesia”, beleza que varou as noites de junho ao som da trupiada do extinto Boi-Bacaba.

Fã nº 1 de Paulinho da Viola, amigo de Chico Buarque, Moraes Moreira, Jorge Vercillo, Otavio Filho é um branco que faz música de preto e canta samba  tocando violão,  cavaquinho e banjo e a alma de sua música, transcende a todos os imagináveis ritmos e o corpo de suas composições, se adéquam a um novo tempo de ondas sonoras que invadem a alma e harmoniosamente possuem os ouvidos.

Otávio tem um trabalho autoral musical ainda pouco conhecido do grande público. Ele acabou de   preparar o seu primeiro projeto sob a batuta do maestro Henrique Duailibe que logo será lançado em todas as plataformas digitais. Um bom trabalho vem aí para seduzir . É a musica pela música, é Otávio Filho, a forma mais perfeita da canção. É como ser criança do céu à natureza.

Pesquisa e texto - Zé Lopes 

Coordenação- Marcela Ferreira

Direção- Jerry Ibiapina- Secretário Municipal da Cultura 





DECISAO DE LEWANDOWSKI PREOCUPA FLAVIO DINO

 


O governador do Maranhão, Flávio Dino, conseguiu uma “vitória” no Supremo Tribunal Federal que pode lhe deixar numa “saia justa”, no enfrentamento da Covid-19.

O comunista buscou o STF para exigir um posicionamento da ANVISA, sobre a vacina russa Sputinik V. O Governo do Maranhão diz ter negociado 4,5 milhões de doses da vacina produzida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia, mas está impedido de utilizar o imunizante pela ANVISA.

Diante desse cenário, o ministro do STF, Ricardo Lewandowski definiu prazo até o fim deste mês para que a ANVISA decida sobre a “importação excepcional e temporária” de doses da vacina Sputnik V. Na decisão, Lewandowski determina que a decisão seja tomada em até 30 dias, a contar do último dia 29 de março. Se forem incluídos no prazo os fins de semana e feriados, a data limite será o dia 28 de abril.

No entanto, caso a ANVISA não se posicione no tempo estipulado, Lewandowski diz que, se o prazo não for cumprido, o Maranhão fica automaticamente autorizado a importar e distribuir as doses da Sputnik V, “sob sua exclusiva responsabilidade, e desde que observadas as cautelas e recomendações do fabricante e das autoridades médicas”. Ou seja, se importar e aplicar o imunizante sem a autorização da ANVISA, caberá ao Governo do Maranhão assumir a responsabilidade.

A ANVISA, desde janeiro, já recebeu pedidos para a utilização da Sputinik V para uso emergencial, mas tem dito que a documentação apresentada não foi completa e por esse motivo não autorizou e decidiu, mais recentemente, pela suspensão da análise.

terça-feira, 13 de abril de 2021

OSVALDINO PINHO - PARABÉNS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS


Predestinado ao bom, o Bacabalense Osvaldino Pinho, que é engenheiro e um grande empresário no mundo das construções, carrega como segunda opção, a música. Incentivado pelos pais, Dr. Otávio e dona Mariinha, ele começou aprendendo teoria musical com o maestro Almir Garcez Assaí, em Bacabal. 

Estudante do Colégio Nossa Senhoras dos Anjos, Osvaldino começou a pegar em instrumentos, tendo iniciação em acordeon e teclados, hoje ele toca guitarra, mas o seu instrumento predileto é mesmo o violão. 

Aluno do violonista, o renomado Tchacatchá, ele despontava entre a turma, como um dos grandes talentos. Saindo para estudar em Recife, influenciado pela dinâmica dos ritmos pernambucanos e pelas composições dos artistas de lá, ele desenvolveu uma certa agilidade e daí partiu para escrever suas próprias canções. 

Dono de muitas composições, ele, como todos os jovens músicos da sua geração, começou a participar de festivais, tendo arrebatado alguns prêmios. Osvaldino é de uma safra de gênios que fizeram história, e muitos continuam fazendo, na música popular produzida em Bacabal, exemplo de Abel Carvalho, Márcio Noleto, Otyávio Filho, Antônio Trabulsi Sobrinho, Laurindo (em memória) Chicoppel, Galego (em memoria), Macaxeira, Josa, Paulo Sergio Duarte, Assizinho e Zé Lopes, esse último, maior parceiro do artista.

Osvaldino é incansável, está sempre viajando, mas o vírus da música, está presente no seu corpo e na sua alma e seja dentro do avião ou mesmo do carro, por onde anda, o violão lhe faz companhia. 

Como herança cultural, os filhos todos carregam tendências. O Dino que é engenheiro, toca teclados, a Luma que é médica, é também artista plástica e cantora , a mais nova Bia,  que é arwuiteta, também tem aptidões para a música e já solta a voz acompanhada pelo seu próprio violão e Raquel a super mãe e esposa, curte muito essa família musical.

Músico, compositor de carteirinha, ultimamente, Osvaldino e  Zé Lopes, tem feito um trabalho musical de grande relevância . A música composta pelos dois “Ilha de tudo que belo” que foi gravada por Zé Lopes no CD para os 400 anos de São Luis, ficou entre as três melhores homenagens, Prêmio Rádio Universidade. Eles ainda compuseram e gravaram para o BEC - Bacabal Esporte Clube, as músicas“Bota pra puir” em três versões, o pagode “Sou Bacabal de Coração” e ainda o“Hino Oficial do BEC” em ritmo de rap-funk.

Osvaldino está finalizando algumas canções que pretende gravar e lançar nas plataformas digitais.

Pesquisa e texto - Zé Lopes 

Coordenação - Marcela Ferreira

Direção - Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura



FLAVIO DINO E O SENADO


O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concedeu uma série de entrevistas a órgãos de imprensa nacional, durante a segunda-feira (12), e em uma delas, ao Canal My News, o comunista tratou sobre seu destino eleitoral em 2022.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de ser candidato a vice, numa chapa encabeçada pelo ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Dino tentou desconversar.

“Na verdade, ninguém se candidata a vice, ninguém se oferece para ser vice. É uma coisa até de mau gosto com o amigo, parece que você não está confiando na saúde do seu amigo”, brinco Dino, sem descartar a possibilidade e defendendo um união entre a Esquerda e o Centro.

No entanto, Flávio Dino assumiu que desde o fim de 2020 decidiu que irá disputar o Senado pelo Maranhão.

“Desde dezembro, eu firmei como projeto principal a candidatura ao Senado aqui no Maranhão, esse é o cenário, o caminho mais provável é um disputa ao Senado”, afirmou.

Flávio Dino descartou a possibilidade de ser candidato a Presidência da República contra o ex-presidente Lula.

“Na atual conjunta, jamais. Considero que quem tem as condições no nosso campo de derrotar o Bolsonaro é o ex-presidente Lula”, destacou.

O governador maranhense também disse não acreditar na viabilidade de uma candidatura de Ciro Gomes (PDT), para Dino o embate em 2022 será entre o Lulismo e o Bolsonarismo.

COLUNA DO JOSE SARNEY - A CIÊNCIA DA MÃO DE DEUS

 


Por José Sarney

Os franceses gostam de dizer que tempos como estes que estamos vivendo são de “excesso de crises”. É um somatório de crises. Esta palavra grega, krisis, descreve um problema que se torna paroxístico, um momento de evolução decisivo, que o Aurélio define como “período de desordem acompanhado de busca penosa de uma solução, situação aflitiva”. É o nosso caso, com a singular diferença de que estas crises com que estamos convivendo todo dia, que fazem parte do nosso cotidiano, não são comuns, mas duas grandes crises; e, embora seja a crise um ponto final, elas se arrastam, continuando a crescer.

Estão superpostas a crise sanitária mundial da Covid e a nossa crise, as nossas crises: do sistema de saúde e da política, da economia, da educação, do emprego, da grande, da imensa desigualdade social e … — são tantas, completem suas listas. Nesta visão geral o resultado é que detemos o primeiro lugar no pódio mundial de mortos pela Covid, resultado da omissão que levou à falta de oxigênio, de remédios, de leitos, de médicos e da negação às campanhas pela adoção do uso de máscara, pelo distanciamento social e pelas regras básicas de higiene, como o simples costume de lavar as mãos.

Daí estar se disseminando cada vez mais na população o medo. Ele é comum aos animais; mas para os homens tem uma diferença: enquanto para aqueles surge no momento do perigo, para nós, com nossa capacidade de raciocinar, há a certeza de que a morte virá, uma antecipação dos riscos. A razão nos traz o medo, mas permite que adotemos medidas de defesa e proteção, a começar por regras sociais coerentes, baseadas na convivência política (o medo da morte forma o Estado, diz Hobbes) e no conhecimento científico.

Em uma entrevista de 1993, Jean Delumeau, um grande especialista na história do medo, diz que ele não desaparecerá, pois o medo fundamental é o da morte. Há várias maneiras de morrer, diz Delumeau, conformados ou em desespero. E para aplicar um exemplo presente, tomo o trecho: “Se uma epidemia está nas portas de uma cidade, como era o caso das pestes de antigamente, a proximidade da morte pode provocar pânico.”

Agora, diante de tantas ameaças, que a imprensa diariamente repete, uma das que nos pesam e nos preocupam neste instante é de que, com o agravamento da crise, o medo, que já começa a dominar nossa população, nos leve ao mais perigoso pânico.

É este aspecto da Covid que está se transmitindo aos sintomas da ansiedade, do estresse final associado à morte e levando a perturbações mentais, o que fecharia o círculo de nossas desgraças.

Só nos resta a esperança de que Deus estará sempre conosco e não chegará este momento. A fé não pode fugir de nossos corações. Até Nossa Senhora teve medo quando o anjo lhe saudou: — ‘Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.’ Ela se perturbou com aquelas palavras e o anjo lhe disse: ‘Não temas…’

Não tenhamos medo. A hora é da razão humana, do espírito humano, no que tem de mais alto, a ciência, trazida pelas mãos de Deus. E a ciência nos salvará.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

PERBOIRE RIBEIRO - PARABENS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS

 

Quando a cidade de  Bacabal despertou para um novo  tempo cultural, Perboire Ribeiro revolucionou liderando o movimento católico Calça Lee Pé no Chão. Com o violão  e com as canções da época, ele começava a fazer história na Música Popular produzida em Bacabal.  

Membro de uma geração de grandes artistas como Nonato Contador, Beny Carvalho,  Zeneide Miranda, Chico Lacerda, Kledy Maciel, Farias e R. Cavalcante, seu compadre e parceiro de tantas canções, Perboire superou as épocas, os modismos, as tendências e hoje consegue trilhar em todos os estilos, o que faz desse bacabalense, um dos maiores artistas populares do Maranhão.

Diferente, eclético, Perboire passeia por todos os gêneros musicais e se aventura em estilos inimagináveis, fazendo sozinho uma festa, um baile, onde todos saem satisfeitos. 

Com sua voz inconfundível, ele não precisa se esforçar para agradar, basta cantar e no seu repertório quem manda é o público, é só pedir que ele canta samba, seresta, brega, jovem guarda, tropicália, bossa nova,  marchinha, rancho, frevo, bolero, serenata, forró, xote, quadrilha, reggae, bumba-meu-boi, sertaneja, pop e o funk-soul, o ritmo que ele escolheu para fazer a maioria de suas canções.

Perboire também foi amo dos bois Bacaba e Curupira.  Compositor por excelência, Perboire Ribeiro é um dos maiores ganhadores de festivais do estado, sendo o último  no carnaval, o Festival Bacabalense de Músicas Carnavalescas,  evento promovido pelo na época secretário Municipal de Cultura, José Clécio.  

Participante do movimento que deu origem aos vinis e CDs “Nossa Voz I”, “Nossa Voz II” e “Nós”, e ao Boi Bacaba,  ele, junto com Marcus Maranhão, Maeco Boa Fé, Davi Faray ,Zé Lopes , Raimundinho, e Assis Viola, marcou uma geração que renovou  a Música Popular Produzida em Bacabal.

Parceiro fiel da saudosa poetisa Iraide Martins, do compositor Marcus Maranhão, dos imortais Zezinho Casanova e R. Cavalcante, ele se desdobra e se multiplica e, alem de fazer seus shows solos, ainda atua como crooner do Forró Bacaba  do Maracangalha e da Orquestra Serpentina.  

Com quatro CDs solos “Cantos e Canções”, “Cor do Coração”,  “Perboire Ribeiro e Amigos” e “Festejos e Folias” , ele prepara sua nova cria, um projeto  onde o ritmo predominante é o samba onde o repertório já está quase completo. 

Perboire pode até ser lento no seu modo de viver, mas é um dos maiores talentos, não só da música dita maranhense, mas da Música Popular Brasileira.

Pesquisa e texto - Ze Lopes 
Coordenação - Marcela Ferreira 

Direção - Jerry Ibiapina- Secretário Municipal da Cultura



BANDA MARANHENSE CRITICA GIVERNO DINO POR CONTRATAR ALINE BARROS PARA FAZER PROPAGANDA


A banda maranhense Mesa de Bar fez, neste fim de semana, um desabafo nas redes sociais contra o Governo Flávio Dino Os músicos criticaram a contratação da cantora gospel Aline Barros, que estrelou uma propaganda institucional do Governo do Maranhão contra a Covid-19.

Os músicos maranhenses lamentaram que o Governo Flávio Dino não tenha oportunizado artistas da terra para realizar o comercial. Os músicos ressaltaram até que estão com saudades do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, que valorizava os artistas da terra nesse tipo de situação.

“Gente estamos no Maranhão e chamam pessoas de fora para fazer propaganda, tem nós, Pão com Ovo, muitos artistas, chamem os artistas do Maranhão para fazer a propaganda do governo”, afirmou.

Os músicos ainda cobraram a valorização dos artistas maranhenses, afirmando que não adianta ir para televisão fazer média e não valorizar verdadeiramente. A banda Mesa de Bar também criticou o auxílio emergencial para os artistas, segundo os músicos ninguém recebeu pela burocracia enorme.

“Valorizar artistas maranhense não ir para televisão ou rede social dizer que gosta da cultura do Maranhão, valorizar é quando você tem um propaganda e colocar o artista maranhense, isso é valorizar. Valorizar é pagar, afinal vivemos de receber. Inventaram um auxilio que ninguém recebeu nada, era tanta burocracia que ninguém recebeu. Valorizar é chamar os artistas maranhenses e não dá dinheiro para quem é de fora. O Governo do Estado errou feio, deveria ter chamados os artistas daqui, muitos estão passando necessidade”, finalizou.

Inegavelmente, a crítica é totalmente pertinente

MORREU O COMUNICADOR ANDERSON FENIX

 

domingo, 11 de abril de 2021

ASSIS VIOLA - PARABÉNS BACABAL PELOS TEUS 101 ANOS


Considerado pelo Jornalista e produtor musical Abel Carvalho como o compositor mais ingênuo dos sete que participaram das coletâneas “Nossa Voz”, Nossa Voz II” e “ Nós”, Assis Viola é dono de uma voz ímpar, aguda e bastante agradável.

O adjetivo “ingênuo”, nada tem a ver com desmerecimento,  longe disso, mas pela forma simples que ele sempre acha para compor sobre as coisas mais difíceis.  Sua voz nordestina, sertaneja, seu  violão batido e ponteado, Assis Viola tem a alma bacabalense em um corpo universal e quando versa sobre sua sina de  andarilho das canções, recebe sempre o galardão das mais disputadas provas musicais. 

Figura participante do movimento que deu origem aos CDs citados e ao Boi Bacaba,  ele, junto com Marcus Maranhão, Marcos Boa Fé, Perboire Ribeiro, Davi Faray ,Zé Lopes e Raimundinho, marcou uma geração que deu uma nova cara para a música produzida em Bacabal

Viajante giramundo, Assis tem suas raízes fincadas nos ritmos nordestinos, mas não se bitola a eles, passeia pelo pop, baladas e até reggae. Figura carimbada em festivais, já conseguiu abocanhar vários e junto com seu irmão Flávio Souza (em memória) compôs um balaio de músicas, perolas dessas que fazem parte das coletâneas e de um CD que ele vende para os amigos e admiradores.

Entre tantos feitos, ele conseguiu um terceiro lugar no Festival de Musica Carnavalesca de Bacabal com a marchinha “Computador”, provando que o nosso artista viaja por vários gêneros musicais.  

Assis Viola é do mundo assim como as suas canções e o seu violão. Muitas vezes se joga na estrada e sai a procura de novas aventuras, de novas conquistas voltando sempre para Bacabal com novidades, com novas canções, com novas idéias. Ele é a arte viva, a pura poesia, ele é o poeta e esse poeta é Assis Viola.

Pesquisa e  texto - Zé Lopes 

Coordenação- Marcela Ferreira 

Direção- Jerry Ibiapina - Secretário Municipal da Cultura 




DIAGNOSE - DICA DE SAUDE- RISCO CIRURGICO

O QUE É EXAME DE RISCO CIRÚRGICO, COMO É FEITO E QUAIS SÃO OS TIPOS

Realizar o exame de risco cirúrgico pré-operatório é uma etapa tão importante quanto a intervenção em si.

A razão para isso é que, nos exames que antecedem a cirurgia, valiosas informações sobre a situação clínica do paciente são levantadas.

Todas elas são consideradas no momento da operação, permitindo à equipe médica uma tomada de decisão mais assertiva.

Neste artigo, vou apresentar um guia com tudo sobre o risco cirúrgico pré-operatório.

O que é o exame de risco cirúrgico pré-operatório?

Risco cirúrgico pré-operatório é a avaliação do estado clínico do paciente antes de uma cirurgia, calculado com base em escalas e padrões aprovados por sociedades médicas.

Essa avaliação sofre influência de fatores relacionados à idade, doenças crônicas, histórico familiar do paciente e de características do próprio procedimento cirúrgico ao qual ele será submetido.

Por isso, a determinação do risco cirúrgico faz parte de uma avaliação pré-operatória completa e eficiente.

Mas vale lembrar que a avaliação pré-operatória nem sempre é recomendada.

Um exemplo disso são pacientes com menos de 40 anos, sem sintomas, doenças crônicas ou histórico de patologias graves, que irão realizar procedimentos simples.

Como cita este protocolo, o exame pré-operatório útil sugere uma mudança na conduta durante o cuidado com o paciente.

Portanto, é preciso considerar a relação custo-benefício antes de realizar qualquer exame.

Dependendo do quadro do paciente, qualquer alteração nos resultados pode causar preocupação e estresse, mesmo que não sinalize doença.

E esse estresse pode interferir na evolução após a cirurgia, aumentando o tempo de recuperação e de internação do paciente.

A importância do exame de risco cirúrgico na prevenção

Calcular o risco cirúrgico é importante para diminuir as chances de morte, de sequelas e de complicações após a operação.

Também é essencial na redução de ameaças potenciais durante a cirurgia, principalmente se o paciente integra grupos de risco.

Mas é preciso cautela antes de indicar testes além da anamnese e exame físico. Nem todos precisam passar por exames laboratoriais, por exemplo.

Pacientes que realmente se beneficiam desses testes são os que têm fatores de risco, sintomas ou histórico que levantem alguma hipótese de doença.

De maneira geral, a avaliação clínica é a mais relevante antes de uma cirurgia, sendo que outros exames podem ser recomendados para complementar esse diagnóstico.

Dependendo da gravidade da operação, testes simples costumam ser requisitados, em especial aqueles que monitoram o sistema cardiovascular.

Formado por coração e vasos sanguíneos, o aparelho cardiovascular é o mais sobrecarregado durante procedimentos cirúrgicos e, por isso, precisa estar em boas condições.

Caso contrário, o médico solicitante pode reagendar ou até cancelar a cirurgia, a fim de não comprometer o estado de saúde do paciente.

História da avaliação pré-operatória ou exame de risco cirúrgico

Com as constantes complicações advindas de atos cirúrgicos realizados sem uma prévia avaliação da condição global do paciente, tornou-se fundamental uma rotina de avaliação completa do paciente, mesmo que seja para realizar uma simples cirurgia de catarata com anestesia local.

Antigamente o cirurgião assumia toda a responsabilidade do procedimento, orientando os familiares de forma muito subjetiva sobre os riscos que o paciente corria ao realizar uma cirurgia.

Devido às constantes intercorrências, inclusive com morte do paciente, os conselhos de medicina decidiram incorporar uma avaliação clínica completa.

Logicamente como a área cardiovascular é a mais suscetível de complicações, escolheram o Cardiologista para realizar a avaliação

Rotina da avaliação cardiológica presencial

Existe a necessidade de marcar uma consulta com um cardiologista, para que ele examine o paciente e realize um eletrocardiograma.

Também está incluído na avaliação outros exames como Raios X de tórax, exames de laboratório e de acordo com o tipo de cirurgia, exames mais sofisticados como espirometria faziam parte da rotina.

Imagine o número de visitas em outros serviços que eram necessárias para, só posteriormente, o médico calcular o risco cirúrgico baseado nos resultados.

Toda essa demora no procedimento, infelizmente, resultou em diagnósticos tardios e até irreversíveis.

Muitas vezes o paciente não tem tempo e nem saúde para realizar toda essa rotina

Antes da cirurgia, é essencial considerar fatores de risco relativos ao paciente, à própria operação e à instituição na qual ela será realizada.

De acordo com a complexidade do procedimento, o hospital ou unidade de saúde precisa contar com determinados equipamentos, além de profissionais qualificados e equipes de emergência – responsáveis para atender o paciente no caso de uma reação adversa à anestesia, por exemplo.

Já os fatores cirúrgicos envolvem a experiência do time que fará a operação: se é uma emergência, se há perda intersticial, fechamento e abertura de vasos maiores e a presença de variações na pressão arterial.

Riscos relacionados ao paciente

Os riscos relacionados ao paciente incluem a sua idade, estado geral de saúde, obesidade, tabagismo, alcoolismo, medicamentos utilizados e doenças associadas.

Em pacientes com mais de 70 anos, é preciso avaliar quais cirurgias realmente são necessárias, pois há maior risco de complicações.

A condição geral de saúde diz respeito, por exemplo, à capacidade física.

Se o paciente for incapaz de aumentar a frequência cardíaca até 99 batimentos por minuto (bpm), ou tolerar exercício físico, o risco cirúrgico aumenta.

A obesidade está associada a diversas doenças crônicas que podem impactar na saúde.

Estudos indicam que uma camada de gordura maior que 3,5 cm implica em um índice de infecção de 20%.

Por outro lado, quando essa camada tem menos de 3 cm, o risco é menor que 7%.

O cigarro, por sua vez, eleva as complicações pulmonares, circulatórias e infecções.

Já o consumo crônico de álcool – a partir de 60 g por dia – também merece atenção, pois impacta na resposta do sistema imunológico após a operação.

As principais patologias associadas que aumentam o risco cirúrgico são:

Hipertensão

Arritmias – alterações na frequência cardíaca

Insuficiência cardíaca – quando o coração não consegue funcionar adequadamente

Doença pulmonar obstrutiva crônica – grupo de doenças que reduzem a capacidade respiratória

Diabetes – patologias que elevam a taxa de açúcar no sangue

Insuficiência renal – mau funcionamento dos rins, responsáveis por filtrar o sangue

Coagulopatias – distúrbios que provocam alterações na coagulação sanguínea.

Tipos de procedimentos cirúrgicos

Como já destacado, considerar o tipo de operação é importante para avaliar o risco cirúrgico cardíaco do paciente.

Por isso, os procedimentos cirúrgicos foram divididos em três classes:

Cirurgias vasculares, de urgência ou emergência são consideradas de alto risco, com índice maior que 5%

Correção endovascular, aneurisma da aorta abdominal, cirurgias da cabeça, pescoço, intratorácicas, ortopédicas e da próstata têm risco intermediário, entre 1 e 5%

Endoscopias, procedimentos superficiais, cirurgia de catarata, mama ou ambulatorial têm risco baixo, menor que 1%.

Por que fazer exame de risco cirúrgico?

Não é exagero afirmar que o exame de risco cirúrgico é tão importante para os pacientes quanto a cirurgia em si.

Feito antes da intervenção, ele é utilizado para que o médico tenha informações completas sobre o estado clínico do paciente.

Os dados são de suma importância para que o especialista possa evitar complicações durante a operação e mesmo depois dela.

Mais que garantir todas as condições necessárias para que a cirurgia seja feita sem problemas, o exame de risco cirúrgico também serve para diminuir as chances de sequelas e até de morte.

Muitas pessoas não possuem o costume de realizar exames com frequência. Por conta disso, é normal que muitos só descubram problemas de saúde enquanto realizam o exame de risco cirúrgico.

Isso só reforça a importância desse tipo de procedimento, que pode ocasionar sérias fatalidades, caso não seja cumprido adequadamente.

Mesmo que o exame de risco cirúrgico seja obrigatório para todos que serão operados, ele é importante principalmente para aqueles com histórico, sintomas ou fatores de risco para alguma doença capaz de gerar complicações.

Para que serve um exame de risco cirúrgico?

O exame de risco cirúrgico nada mais é do que um conjunto de avaliações relacionadas às condições clínicas do paciente antes de um procedimento de cirurgia.

Ele é feito com base em critérios definidos pelas sociedades médicas, conforme os modelos e escalas que abordaremos nos tópicos seguintes.

A principal finalidade do exame de risco cirúrgico é diminuir os riscos de eventuais complicações durante a intervenção.

Os principais fatores que são considerados no exame de risco cirúrgico são:

Histórico médico familiar;

Presença de doenças crônicas;

Faixa etária;

Características da cirurgia que será realizada.

Algumas doenças são mais ligadas a complicações cirúrgicas do que outras. Entre as condições que exigem mais atenção, destacam-se:

Problemas cardíacos, como insuficiência ou arritmias;

Diabetes;

Hipertensão;

Doença pulmonar obstrutiva crônica;

Alterações na coagulação do sangue, conhecidas como coagulopatias;

Insuficiência renal.

Quais são os principais tipos de exame de risco cirúrgico?

Para definir os possíveis riscos de uma cirurgia, o exame de risco cirúrgico apoia-se nos seguintes tipos de análises:

Exames físicos;

Entrevista com o paciente, conhecida como anamnese;

Exames laboratoriais;

Exames diagnósticos.

Cada tipo solicitado dependerá das condições de saúde do paciente, do seu perfil clínico e do procedimento cirúrgico em si.

Pessoas que fazem parte de grupos de risco, como aquelas com patologias crônicas ou mesmo idosas, precisam de avaliações mais minuciosas e criteriosas no exame de risco cirúrgico, já que são mais propensas a complicações.

Como são feitos os principais tipos de exame de risco cirúrgico?

Conforme mencionamos anteriormente, diversas avaliações podem ser solicitadas no exame de risco cirúrgico.

Tudo vai depender dos critérios que o médico definir como mais importantes para reduzir os riscos de complicações.

As análises normalmente mais exigidas antes de uma intervenção incluem:

Hemograma

O hemograma, popularmente conhecido como exame geral de sangue, é um procedimento que visa avaliar as células sanguíneas do paciente.

Pormeio dele, é possível detectar infecções virais e bacterianas, além de outras condições que podem apresentar riscos para a operação.

Entre as doenças que o hemograma pode encontrar, destacam-se:

Processos inflamatórios;

Leucemia;

Anemia.

No hemograma, também é verificada as condições das plaquetas, dos glóbulos brancos e dos glóbulos vermelhos.

Para isso, o exame de risco cirúrgico por hemograma conta com as análises de leucograma, que avalia os leucócitos (principais células do sistema imunológico), e eritrograma, que realiza a contagem e avaliação das hemácias.

Glicemia

O exame de risco cirúrgico por glicemia também utiliza uma amostra de sangue. Sua finalidade é verificar os níveis de açúcar na corrente sanguínea, representados pela taxa glicose.

Antes de qualquer cirurgia, o médico precisa determinar se a glicemia está adequada e se as células são capazes de utilizar corretamente o açúcar presente no organismo.

A taxa considerada normal de glicemia é entre 70 e 100 mg/dL, segundo os padrões da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

A glicemia no exame de risco cirúrgico é indispensável principalmente para diabéticos, que apresentam níveis de glicose mais elevados e, por isso, precisam de atenção especial antes de qualquer operação.

Creatinina e Ureia

Ainda no exame de risco cirúrgico sanguíneo, as avaliações dos níveis de ureia e de creatinina também são de suma importância para detectar possíveis riscos em uma intervenção.

Quando suas taxas são muito elevadas, pode ser sinal de que o paciente tenha insuficiência ou infecção nos rins, lesão grave muscular, desidratação ou mesmo pré-eclâmpsia (no caso das gestantes).

Já se os níveis de creatinina e ureia forem muito baixos, é possível que o paciente sofra com patologias como distrofia muscular, miastenia gravis, entre outras semelhantes, capazes de gerar complicações em um procedimento cirúrgico.

Coagulograma

O coagulograma é um dos exames de risco cirúrgico mais importantes de todos, pois ele determina a capacidade do paciente de produzir coágulos, que atuam no organismo para impedir sangramentos.

No procedimento, um pequeno furo é feito no dedo do indivíduo. Então, o especialista cronometra o tempo que o sangue leva para coagular.

Uma amostra de sangue também é coletada para que um laboratório analise a sua capacidade de coagulação.

Dessa maneira, o médico pode determinar o tempo de sangramento do paciente e sua quantidade de plaquetas, avaliando se a taxa de coagulação é adequada para a cirurgia.

Eletrocardiograma

Você viu anteriormente que os problemas cardíacos estão entre aqueles que representam maiores riscos em uma cirurgia.

Isso faz com que o eletrocardiograma também seja um dos exames de risco cirúrgico mais importantes. Sua finalidade é detectar anomalias, doenças ou alterações no coração.

Como trata-se de um órgão vital para todo o organismo, qualquer problema em seu funcionamento pode ser fatal durante uma intervenção cirúrgica.

Por conta disso, o exame de risco cirúrgico por eletrocardiograma visa avaliar os padrões dos impulsos elétricos emitidos pelo coração, determinando as condições cardíacas do indivíduo.

O teste não é invasivo e é feito por meio de eletrodos, que são posicionados nos braços, pernas e peito do paciente.

Exames de risco cirúrgico específicos

Todos os exames de risco cirúrgico mencionados até aqui são considerados padrão entre a grande maioria dos pacientes que precisam passar por uma intervenção cirúrgica.

Como destacamos, é papel do especialista determinar quais exames de risco cirúrgico são mais indicados para o caso específico de cada indivíduo.

Portanto, no caso de pacientes com doenças prévias, exames mais complexos também podem ser solicitados pelo médico.

Tudo depende das condições clínicas da pessoa que será operada e da complexidade da cirurgia que será realizada.

Pessoas com condições mais severas no coração, por exemplo, muitas vezes podem ser submetidas a um ecocardiograma ou cintilografia miocárdica.

Já aqueles com problemas pulmonares devem ser submetidos a um raio X torácico, enquanto aqueles com osteoporose ou outras patologias que atingem os ossos precisam passar por uma densitometria óssea, e assim por diante.

Muitos outros casos ainda poderiam ser mencionados, como o exame de risco cirúrgico por doppler, ressonância magnética, ultrassonografia, raio X digital, entre outros.

O ideal é que o médico saiba identificar quais são as avaliações mais adequadas para cada indivíduo, de acordo com as suas principais demandas, necessidades e possíveis riscos.

Com base no exame de risco cirúrgico, o médico poderá determinar todas as possíveis complicações que a cirurgia pode apresentar e orientar o paciente para que ele adote os cuidados necessários para evitá-las.

Ao seguir todas as recomendações passadas acima do normal, nós iremos orientar a mudança na dose para regularizar a pressão para poder operar.

Outro exemplo para você entender, de acordo com o hematócrito enviado poderemos recomendar transfusão sanguínea antes da cirurgia.

Nos casos de diabéticos com glicemia alterada, sugerimos as modificações necessárias.

Nos casos de hipertensos que vão á cirurgia, recomendamos quais medicamentos devem ser usados na analgesia que não aumente a pressão.

Nos casos de pacientes com marcapasso, indicamos como usar o bisturi elétrico.

Nos casos de pacientes com insuficiência cardíaca, recomendamos qual anestésico utilizar.

E assim por diante, vai depender do quadro clinico fornecido no questionário que deve ser o mais completo possível para termos subsídios e informações para ajudar o cirurgião.

A Telemedicina reduzindo o tempo e as despesas com o risco cirúrgico

Porém, é graças a telemedicina que tal procedimento já não demanda mais de investimentos tão altos e incertos.

Utilizando os serviços de uma plataforma de Telemedicina, o médico do paciente que pretende realizar a cirurgia consegue dividir responsabilidade com um especialista.

Na contratação dos serviços de cálculo do risco cirúrgico por uma central de laudos, o cliente recebe uma rotina de exames necessários para serem realizados na sua própria clínica, como eletrocardiograma, coleta de exames de laboratório, rx de tórax.

O cliente, dono da clínica marca o dia da avaliação do paciente, aplica um questionário fornecido pela Telemedicina Morsch, assina e envia junto com os exames para serem interpretados e em seguida o cardiologista logado na plataforma em nuvem faz o cálculo do risco e emite o laudo do risco cirúrgico com assinatura digital.

Conclusão

Risco cirúrgico pré-operatório: o que é, como é feito, tipos e exames

Espero que tenha entendido sobre a importância de fazer uma boa avaliação do paciente que vai a cirurgia calculando o risco cirúrgico e se ainda houver alguma dúvida que precise ser respondida, estou aqui para ajudar e agregar valor a sua clinica, afinal, são atividades coletivas que fazem o grupo crescer e todos ganharem com isso.

Por Dr. Otávio Pinho Filho