segunda-feira, 2 de setembro de 2013















GLICERINA

Teu olhar luziu a mais pura glicerina
Seduziu o vento brando dos afãs
Exalou o perfume leve das manhãs
Como carma ou sorte que persegue a sina.

Teu olhar é lente que ora me ensina
A olhar por dentro de um sentimento
Abstrato assume um poder isento
De um concreto frio que ao sol termina.

Teu olhar é astro que na noite brilha
Tem alumbramento que a paixão partilha
Tem o anestésico, óbvio da dor.

Tem o cobertor, o acalanto, o estio
A porção exata pra encher o vazio
Tem as cores mágicas, plástica do amor.

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