O
livro de poesias de maior sucesso hoje no Maranhão é indiscutivelmente “ Menu
para desjejum sem colesterol” do poeta Jorge Passinho. Lançado na quinta feira
passada, dia 12. O livro se tornou necessário em todas as cabeceiras. Campeão
de venda, nada melhor do que a explicação do próprio autor.
Um fato foi
marcante para a concretização desse livro. Esse acontecimento frequentemente perambulava
pelas minhas lembranças e em alguns momentos me deixava perturbado, então o que
fazer para exorcizá-lo da minha vida? Terapia? Análise? Viajar para o Canadá?
Criar um blog? Twitar? Falar o dia todo no celular? Jogar pôquer? Jogar no
bicho? Tomar cachaça? Poderia enumerar várias soluções para esse problema, mas
a melhor alternativa encontrada depois de muita reflexão foi publicar esses
poemas, para desencargo de consciência, espero que de certo. O caso foi o
seguinte, estava morando no rio de janeiro de 2005 a 2010, nesses anos produzir
muitos poemas, canções, besteirol, roteiros, etc. enfim, estava vivendo um
momento de muita criação artística e cientifica (projetei um sistema de
refrigeração solar) escrevi o romance “o último pau de arara”, escrevi um livro
de crônicas e desenvolvi alguns modelos matemáticos interessantes até então acreditava
que o universo conspirava a meu favor, a cidade maravilhosa, os amigos, a
saudade da ilha, os porres, um ambiente extremamente favorável para criação,
mas como o universo também é regido, não só pela nossa fé, mas também pela Lei
de Murphy com autorização de Deus “Se alguma coisa pode dar errado, com certeza
dará” cometi mais um pecado capital, imperdoável, tudo que eu conseguir produzir
nessa época estava sendo registrado no meu primeiro notebook, foi quando meu
not, depois de muito trabalho, foi atacado por alguma virose moderna e como
dizem na linguagem da informática “deu pau”, e foi aí que percebi que não tinha
salvado nada do que tinha produzido,
entrei em desespero, perdi tudo, todos esses anos, evaporados em
segundos sem deixar rastros, contratei alguns santos hackeadores, mas nada, sentir
uma sensação de vazio que nunca consegui descrever e nem reviver, é complicado,
quem já sofreu esse tipo de desilusão sabe do que eu estou falando, mas como tudo passa, a gente supera, como
canta Santa Cruz “ pra frente é que se anda” entendi, mais uma vez que tudo passa, vamos em frente. Depois dessas
reflexões lembrei de Luis Fernando Veríssimo ”Nunca se despreze o poder de uma
idéia” então decidir organizar alguns poemas que estavam registrados em
festivais, guardados na casa de minha mãe, deixado para os amigos no orkut e outros
que conseguir gravar na minha péssima memória e os juntei para registrar nesse
livro, resumidamente é isso, decidir lançar
meu primeiro livro de poesias, tá certo que são poemas antigos, amadurecidos
pelo tempo, talvez sem sentido para alguns leitores (acrescentei alguns novos
para tentar parecer moderno), mas não
podia mais deixá-los guardados empoeirados, esquecidos numa estante. Gostaria
de agradecer aos amigos que dividiram poemas e canções ao longo desses anos,
não poderia deixar de citá-los, Celso Reis, Tutuca, Davi Boas, Ed Cândido
(banda guetos), Gerson da Conceição, Maria Spíndola, Frederico, Maninho (meu
guitarrista predileto) e Junior Aziz. O título do livro é uma forma de
presentear um poema antigo de mesmo nome que participou dos festivais de
poesias na UFMA, tempos bons. o que registrei nesse livro de poemas na verdade eu as classifico
como ideias filosóficas de botequim, ponto
de vista distorcido de um bebedor numa mesa de bar, poemas, letras de
músicas...qualquer coisa nesse sentido, porque não é um trabalho original, nem
genial, não vai salvar o mundo, mas tá me fazendo um bem danado, espero que
desperte algum sentimento bom em você que ler, mas deixo ao leitor criar sua
opinião e reflexão sobre o que está
escrito. Comer? Come quem lê.
Jorge Passinho
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