PROJETO HISTÓRIAS DE MINHA TERRA
NA FEIRA DO LIVRO
2013
A criançada faz a
festa brincando com personagens da cultura popular do Maranhão.
Realização: Grupos
Foliões, Baile de Caixas, Raízes de Portugal, Teatro UFMA e atores do Grupo
Gruta.
Contar estórias sobre
para crianças, adolescentes e adultos, reunindo lendas e mitos de São Luís e
outras cidades maranhenses com danças e ritmos da cultura popular maranhense.
Essa é a proposta que o projeto Histórias de Mina Terra traz à Feira do Livro 2013
(7ª Felis), sob coordenação do Grupo Foliões, em parceria com as
companhias Baile de Caixas e Raízes de Portugal, além de jovens artistas dos
elencos teatrais da UFMA e Grupo grita.
Trata-se de uma
oficina de contação de histórias, em que os artistas caracterizam-se como
personagens das lendas e da cultura popular. Então, temos coreiras, “Ana
Jansen”, fantasmas, mangudas, deusas do mar e dos rios, vaqueiros, quebradeiras
de coco, caboclos de fitas, o boi, o touro negro encantado, Dom Sebastião,
índios, portugueses, mouros, entre outros.
A grande sensação é
que o público se torna o protagonista, principalmente as crianças. Elas quem
personificam os personagens em cena, com suas devidas caracterizações. Tudo com
certo improviso ensaiado”. Enquanto os narradores contam as histórias, os
integrantes do projeto posicionam os atores mirins em cena. Tudo com muita
alegria e diversão, além do fundo musical com ritmos maranhenses.
As apresentações
tiveram início dia 2, quarta-feira, com grande público presente no anfiteatro
Beto Bittencourt, em frente ao Centro de Criatividade Odylo Costa filho, na
Praia Grande. Estudantes da rede pública de São Luís, famílias, turistas e
outros visitantes da feira fizeram a festa com as lendas do Olho d´Agua,
carruagem de Ana Jansen, manguda, Dom Sebastião (com o touro dançando toadas do
bumba-meu-boi), entre outras O ponto alto foi o encontro da serpentes que
rodeia a ilha de São Luís com a serpente dos subterrâneos do Ribeirão, com uma
grande algazarra embaixo das alegorias.
Na lenda do Olho
d´´Agua, por exemplo, as crianças vivenciam o surgimento da linda praia
homônima, onde uma linda índia teve o seu amado levado para o fundo do mar pela
Mãe d´Água e chorou até morrer. De suas lágrimas, nasceram duas vertentes de
água que até hoje correm para o mar.
Quando Ana Jansen
entra em cena com sua sombrinha rendada, é uma algazarra. Trazendo seus
escravos e a carruagem, ela literalmente faz jus ao nome de “rainha do
Maranhão”.
A festa fica ainda
maior com a gritaria que acontece quando as mangudas entram cena com seus
pijamas grandes e assustadores, brincando com todo mundo. Essa lenda foi
forjada por contrabandistas entre os séculsso XIX e XX, para passar mercadorias
roubadas pelos portos de São Luís.
Já na lenda de Dom
Sebastião, uma batalha épica é travada em cena, com os portugueses tentando
invadir Marrocos e sendo derrotados. Em seguida, o rei português é trazido para
a Praia dos Lençóis, onde é encantado em touro, seguindo antiga tradição moura.
O momento da apoteose
fica mesmo com a entrada das duas serpentes encantadas: a que rodeia a ilha e a
que vive nos subterrâneos da cidade. A criançada faz a festa embaixo das
serpentes, dançando pelo palco e pela plateia.
EXPERIÊNCIA
O projeto continua
até domingo, sempre a partir das 15h, no mesmo local. Nessa sexta, será
realizado um grande cortejo de artistas pela área da feira.
O projeto é assinado
pelo produtor William Moraes Corrêa, coordenador do ponto de leitura Histórias
de Minha Terra e do pontinho de cultura Foliões Mirins, ambos projetos
do Grupo Foliões premiados pelo MinC e pela Funarte. A direção artística é do
ator e dançarino Franklin Gomes.
O elenco é formado
por 15 pessoas, entre atores, contadores, dançarinos e músicos. As
apresentações e oficinas não ficarão limitadas à feira, pois se entenderão a
outras ações em São Luís e cidades do interior, tendo o público infantil como
sua principal meta.
Oficinas são um marco
na história dos grupos envolvidos, uma vez que praticamente todos nasceram da
prática de oficina artísticas em suas comunidades, enveredando depois para a
produção de espetáculos e outras atividades. Além do São João, envolvem
carnaval, Natal, folia de reis, teatro, salas de leitura, projetos
socioculturais, ateliês, entre outros.
Os grupos
participantes são parceiros dos Foliões há longos anos, tendo realizado belas
produções em conjunto. O Grupo Foliões possui 19 anos de existência, tendo sido
criado como extensão do Bloco Tradicional os Foliões, que possui 36 anos e traz
a marca consagrada do saudoso Mestre Walmir Moraes Corrêa.
Nas participações em
festivais e mostras pelo Brasil e exterior, sempre foram realizadas oficinas em
comunidades e intercâmbios entre grupos, em valiosa troca de saberes, técnicas
e aprendizados.
Os figurinos,
adereços e alegorias são de Rubenir Serejo, Dew Rodrigues e Mestre João. Para
essa produção, contaram com o logística da Escola de Artes da Apae e da igreja
de São Pantaleão.
CONTATOS
· William Moraes Corrêa –
3194-5453, 8800-7821 e 3302-6359.
· * Rubenir Serejo – 8850-5809
e 3251-2086.
· Dew Rodrigues – 8710-6269
· João (Coor. Baile de Caixas):
8865-8586
· Franklin Gomes : 9909-3095
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