sexta-feira, 4 de outubro de 2013



PROJETO HISTÓRIAS DE MINHA TERRA
NA FEIRA DO LIVRO 2013

A criançada faz a festa brincando com personagens da cultura popular do Maranhão. 
Realização: Grupos Foliões, Baile de Caixas, Raízes de Portugal, Teatro UFMA e atores do Grupo Gruta.
Contar estórias sobre para crianças, adolescentes e adultos, reunindo lendas e mitos de São Luís e outras cidades maranhenses com danças e ritmos da cultura popular maranhense. Essa é a proposta que o projeto Histórias de Mina Terra traz à Feira do Livro 2013 (7ª Felis), sob coordenação do Grupo Foliões, em parceria com as companhias Baile de Caixas e Raízes de Portugal, além de jovens artistas dos elencos teatrais da UFMA e Grupo grita.
Trata-se de uma oficina de contação de histórias, em que os artistas caracterizam-se como personagens das lendas e da cultura popular. Então, temos coreiras, “Ana Jansen”, fantasmas, mangudas, deusas do mar e dos rios, vaqueiros, quebradeiras de coco, caboclos de fitas, o boi, o touro negro encantado, Dom Sebastião, índios, portugueses, mouros, entre outros.
A grande sensação é que o público se torna o protagonista, principalmente as crianças. Elas quem personificam os personagens em cena, com suas devidas caracterizações. Tudo com certo improviso ensaiado”. Enquanto os narradores contam as histórias, os integrantes do projeto posicionam os atores mirins em cena. Tudo com muita alegria e diversão, além do fundo musical com ritmos maranhenses.
As apresentações tiveram início dia 2, quarta-feira, com grande público presente no anfiteatro Beto Bittencourt, em frente ao Centro de Criatividade Odylo Costa filho, na Praia Grande. Estudantes da rede pública de São Luís, famílias, turistas e outros visitantes da feira fizeram a festa com as lendas do Olho d´Agua, carruagem de Ana Jansen, manguda, Dom Sebastião (com o touro dançando toadas do bumba-meu-boi), entre outras O ponto alto foi o encontro da serpentes que rodeia a ilha de São Luís com a serpente dos subterrâneos do Ribeirão, com uma grande algazarra embaixo das alegorias.
Na lenda do Olho d´´Agua, por exemplo, as crianças vivenciam o surgimento da linda praia homônima, onde uma linda índia teve o seu amado levado para o fundo do mar pela Mãe d´Água e chorou até morrer. De suas lágrimas, nasceram duas vertentes de água que até hoje correm para o mar.
Quando Ana Jansen entra em cena com sua sombrinha rendada, é uma algazarra. Trazendo seus escravos e a carruagem, ela literalmente faz jus ao nome de “rainha do Maranhão”.
A festa fica ainda maior com a gritaria que acontece quando as mangudas entram cena com seus pijamas grandes e assustadores, brincando com todo mundo. Essa lenda foi forjada por contrabandistas entre os séculsso XIX e XX, para passar mercadorias roubadas pelos portos de São Luís.
Já na lenda de Dom Sebastião, uma batalha épica é travada em cena, com os portugueses tentando invadir Marrocos e sendo derrotados. Em seguida, o rei português é trazido para a Praia dos Lençóis, onde é encantado em touro, seguindo antiga tradição moura.
O momento da apoteose fica mesmo com a entrada das duas serpentes encantadas: a que rodeia a ilha e a que vive nos subterrâneos da cidade. A criançada faz a festa embaixo das serpentes, dançando pelo palco e pela plateia.

EXPERIÊNCIA
O projeto continua até domingo, sempre a partir das 15h, no mesmo local. Nessa sexta, será realizado um grande cortejo de artistas pela área da feira.
O projeto é assinado pelo produtor William Moraes Corrêa, coordenador do ponto de leitura Histórias de  Minha Terra e do pontinho de cultura Foliões Mirins, ambos projetos do Grupo Foliões premiados pelo MinC e pela Funarte. A direção artística é do ator e dançarino Franklin Gomes.
O elenco é formado por 15 pessoas, entre atores, contadores, dançarinos e músicos. As apresentações e oficinas não ficarão limitadas à feira, pois se entenderão a outras ações em São Luís e cidades do interior, tendo o público infantil como sua principal meta.

Oficinas são um marco na história dos grupos envolvidos, uma vez que praticamente todos nasceram da prática de oficina artísticas em suas comunidades, enveredando depois para a produção de espetáculos e outras atividades. Além do São João, envolvem carnaval, Natal, folia de reis, teatro, salas de leitura, projetos socioculturais, ateliês, entre outros.

Os grupos participantes são parceiros dos Foliões há longos anos, tendo realizado belas produções em conjunto. O Grupo Foliões possui 19 anos de existência, tendo sido criado como extensão do Bloco Tradicional os Foliões, que possui 36 anos e traz a marca consagrada do saudoso Mestre Walmir Moraes Corrêa.
Nas participações em festivais e mostras pelo Brasil e exterior, sempre foram realizadas oficinas em comunidades e intercâmbios entre grupos, em valiosa troca de saberes, técnicas e aprendizados.
Os figurinos, adereços e alegorias são de Rubenir Serejo, Dew Rodrigues e Mestre João. Para essa produção, contaram com o logística da Escola de Artes da Apae e da igreja de São Pantaleão.

CONTATOS
·       William Moraes Corrêa – 3194-5453, 8800-7821 e 3302-6359.
·       * Rubenir Serejo – 8850-5809 e 3251-2086.
·       Dew Rodrigues – 8710-6269
·       João (Coor. Baile de Caixas): 8865-8586
·       Franklin Gomes : 9909-3095


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