A campanha de vacinação contra o
sarampo foi prorrogada em toda a região metropolitana de São Luís até o dia 22
deste mês. A decisão foi tomada após a baixa cobertura vacinal verificada na
Ilha de São Luís, até o início da tarde de ontem,
sexta-feira (14), que seria o último dia da campanha de vacinação. As doses estão disponíveis nos postos, gratuitamente, e são destinadas a crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade.
A meta a ser atingida na região
metropolitana é de 95% desta população e até as primeiras horas da tarde de
sexta-feira, a cobertura estava em 49,01%, de acordo com dados do Ministério da
Saúde, apresentados durante reunião realizada na sede da Vigilância em Saúde,
órgão da secretaria de Estado da Saúde (SES). Participaram da reunião o
secretário adjunto de Vigilância em Saúde, Alberto Carneiro, os secretários de
Saúde, de São Luís, Helena Duailibe e de São José de Ribamar, Rodrigo Valente.
Com a finalidade de aumentar a
cobertura, as secretarias de Saúde dos municípios que compõem a região
metropolitana de São Luís – São Luís, Paço do Lumiar, Raposa, São José de
Ribamar e Alcântara – estão levando as doses a escolas e creches das redes
públicas de ensino, além de estarem disponibilizando as vacinas e os
vacinadores em seus postos de saúde.
Alberto Carneiro explica que é
importante os pais e responsáveis levarem as crianças aos postos de saúde. “A
imunização é o que garante que casos de sarampo não voltem a ocorrer em nosso
estado. Temos de imunizar nossas crianças como uma forma de protegê-las de uma
doença que pode trazer muitas complicações, mesmo que a criança já tenha
recebido a dose, é importante levar novamente”, ressaltou o secretário.
Números
No Maranhão, há 14 anos não é
registrado nenhum caso de sarampo. “Esta campanha foi deflagrada pelo
Ministério da Saúde porque foram registrados 110 casos no Ceará, sete em
Pernambuco e três em São Paulo. A doença veio da Europa e aqui houve
contaminações, mas se a vacina for ministrada e tiver tempo de ação, nós
evitaremos a doença”, frisou o secretário.
Para a secretária municipal de Saúde,
Helena Duailibe, alguns fatores podem explicar a baixa procura pela vacina.
“Tivemos a semana que antecedeu o carnaval, bem como a semana da festa na qual
nossa cobertura estava baixíssima. Fizemos também o Dia D, logo após o feriado,
mas choveu muito neste dia, o que também afastou as pessoas dos postos, mas
nesta última semana observamos uma procura maior e com a prorrogação estamos
confiantes de que vamos atingir a meta”, salientou a secretária.
Ela destacou ainda o apoio da SES
para a realização da campanha. “Queria agradecer o apoio incondicional que
recebemos da Secretaria de Estado da Saúde nesta campanha, nos apoiando com
carros, vacinadores e na divulgação da campanha”, enfatizou Helena Duailibe.
O secretário de saúde de São José de
Ribamar, Rodrigo Valente disse que o município vem fazendo vacinações em
escolas e creches públicas do município. “Nossa vacinação, assim como as dos
outros municípios, não se resumiu aos postos de vacinação. Estamos também nas
escolas e creches e fazendo trabalho nas comunidades”.
Até a tarde de sexta-feira, o
município de São Luís havia atingido 52,23% da meta; São José de Ribamar,
53,70%; Alcântara 59,96%; Raposa 53,51%; e Paço do Lumiar 43,21%. A faixa
etária na qual ocorreu a maior cobertura foi entre as crianças de quatro anos e
de menor incidência foi entre crianças de dois anos.
A baixa cobertura vacinal não se
restringiu apenas São Luís, mas todo o Nordeste. Em Alagoas, até sexta-feira
haviam sido vacinadas 59,26% da população alvo; na Paraíba, 44,38%; no Piauí,
30,88%; no Rio Grande do Norte, 16,79%; na Bahia, 14,38% e em Sergipe, apenas
1,31% haviam sido imunizados. Os dados são do Ministério da Saúde e se referem
ao início da tarde de sexta-feira.
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