domingo, 27 de julho de 2014

TIREM AS CRIANÇAS DA SALA, A NOVELA DA GLOBO VAI COMEÇAR


Primeiro Beijo Gay
Por Zé Lopes
Apesar de gostar da dramaturgia brasileira, a forma como nossos atores e atrizes vivem seus papéis, não gosto de ver, ou melhor, não vejo novelas. 
Levado por um maio em que passei as tardes em casa e com um junho/julho cheio de futebol, acabei por, entre um jogo e outro, assistir alguns capítulos e o que deu para ver, foi o excesso de “ridicularidades” , onde os autores foram além da linha dos seus horizontes e se perderam com histórias absurdas, equivocadas, incompreensíveis, fazendo com que a emissora antecipasse o fim do drama, o exemplo foi a novela das seis “Além do horizonte” que durou pouco mais de dois meses.
Levado pelo sucesso do capítulo final de "Amor à vida" escrita por Walcir Carrasco, onde teve o primeiro beijo gay em novelas da Globo, Niko (Thiago Fragoso) e Félix (Mateus Solano), já dava pra imaginar quais seriam as cenas da próxima novela.
O desfecho da novela foi comentado pelos protagonistas do primeiro beijo gay  "Eu acho que o Walcyr pegou todo mundo pelo amor. Acredito que a maioria se rendeu ao casal", disse o ator Mateus Solano (Félix). Thiago Fragoso (Niko), satisfeito com a cena e com toda a novela, elogiou o talento do colega. "O Mateus é um gênio. A gente tem de reconhecer."

"Estou extasiado por saber que as pessoas estão tendo essa reação. Tudo o que a gente busca como artista, pelo menos para mim, é conseguir se comunicar com as pessoas no nível mais profundo, provocar esse momento da catarse. Ainda estou meio anestesiado", completou Fragoso.

Beijo Feminino na novela da Globo
Baseado nesses comentários já se podia imaginar o que viria na próxima novela, “Em família”, escrita por Manoel Carlos, e aproveitando a onda da diversidade (legal) , apesar de ter dividido a opinião dos telespectadores, o romance entre Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) não empolgou e nem emplacou na novela da Globo. “Em família” foi mais um fiasco, apesar de protagonizar cenas que vive a mais alta burguesia carioca, com suas arrastadas bossas, seus belos apartamentos, suas mansardas e seus romances paralelos. A novela foi abreviada.

Confesso que fiquei boquiaberto com o cenário de “Meu pedacinho de chão”, novela que mistura histórias infantis, conto de fadas, literatura de cordel e personagens de desenhos animados, uma pintura, uma verdadeira obra de arte, mas que, não atingiu a audiência esperada e já está sendo finalizada.

Logo depois vem “Geração Brasil”, uma novela sem sal, que mostra um reality show e também explora a diversidade gay, não consegue atingir a meta, por isso, também, com os dias contados.

Com a onda da TV por assinatura, a Rede Globo passou a veicular na TV aberta, filmes de baixa qualidade, enlatados, velharias, mesmices e o público cada vez mais se dividiu, procurando outros canais, e até as suas produções semanais, foram extintas. Atirando no escuro, a emissora resolveu, para salvar a noite, repaginar o texto de “O rebu” e encenar com modernidade, isso para segurar o público da nova “Império”, novela no modelo antigo, com uma morte no começo e a trama se desenvolve no decorrer para o desfecho no último capitulo.


Pelo menos, a produção buscou músicas de qualidade e no primeiro capítulo se ouviu Cartola, Guilherme Lamonier, Elton John, Paul Mccartney e Bread. Ponto positivo para o entretenimento, só que, mais uma vez, a diversidade gay tem vaga nessa história na pessoa do ator Paulo Betty. Tirem as suas crianças da sala, a novela das oito, que é exibida as nove, na rede Globo, vai começar.

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