domingo, 1 de março de 2015

A POESIA DE MÁRCIO MINATO




SONETO

Eu, maluco que sou, bati palmas
Vendo teu chegar sutil, sereno
N’uma prisão, sozinho e pequeno,
Sonhando por bater minhas asas

Dilacero a cada riso ameno
E compartilho a dor com as traças
Não me reconheço nas vidraças
Nem nos potes de puro veneno.

Cortei-me nos cristais da tua face
Gritando vi num eterno enlace
Cura para tão grande agonia.

Mas, se de certo, ainda quiseres
E o tamanho de tal dor souberes,
Dai-me a mão e aquieta minha folia.


Márcio Minato

Recebi este soneto de um jovem bacabalense com o seguinte texto: 

Mestre, segue abaixo o poema de que lhe falei, espero que ao disponibilizá-lo para que você faça a crítica, eu possa estar ajudando a amenizar seu tédio. Rsrsrs

Amante da poesia como sou, pasmei ao ler o seu soneto, belíssimo, de um puro bom gosto e que mais me impressionou foi ver que nessa era de tantas ferramentas informáticas, ainda existe alguém com cérebro humano preocupado em fazer cultura. Márcio Minato além de poeta é músico baixista, compositor  e bacabalense.

Parabéns, seu poema é a própria critica, ele fala por si e emociona.

Nenhum comentário:

Postar um comentário