A
deputada Andréa Murad criticou, na sessão plenária desta quinta-feira (14), o
governo do Estado que, segundo ela, mobilizou a Justiça com argumentos falsos
para publicar um direito de resposta no jornal O Estado do Maranhão, referente
às mortes de pacientes na UTI do Hospital Macrorregional de Coroatá, dia 18 de
abril.
A
deputada defendeu a imprensa e lembrou que o jornal publicou todas as
informações repassadas pelo governo sobre as mortes por suspeita de queda no
fornecimento de oxigênio. Para Andréa, as ligações entre o juiz que concedeu a
liminar e o governador Flávio Dino (PCdoB) podem ter interferido na decisão.
Ela explicou que, João Francisco Rocha, da 5ª Vara da Fazenda Pública, é irmão
do Superintendente de Articulação Política, Amílcar Rocha do PCdoB, nomeado
pelo governador e também casado com a irmã de Antônio Nunes, diretor do
Detran-MA.
“Friso
isso desde quando cheguei nesta Casa, que é extremamente importante os poderes
terem independência. O governador não pode se achar o dono do mundo, ele não
pode se achar o dono do Legislativo, assim como também não pode se achar dono
do Judiciário. No meu entendimento, o juiz deveria se colocar com suspeito pela
ligação que tem. É um direito de resposta jamais visto, porque é fora do normal
o que aconteceu nesse caso do jornal O Estado do Maranhão”, disse a deputada.
A
parlamentar enfatizou ainda a necessidade de um governador dedicar-se às
obrigações do Poder Executivo diante das demandas exigidas pela própria
população, como a segurança pública e a saúde, esta última com sérios problemas
de má gestão. Para Andrea Murad, Flávio Dino trabalha para perseguir
adversários políticos e usa a imprensa aliada e as redes sociais para promover
ataques desnecessários como retuitar suposta saída de membros do PMDB.
“O
governador precisa parar com essa perseguição aos seus adversários e procurar
trabalhar. Não acredito que um governador se prestou a promover esse tipo de
boato. Pois saiba que o presidente Sarney me quer no partido, o senador Lobão
me quer no partido, o senador Lobão Filho me quer no partido, a ex-governadora
me quer no Partido e só saio do PMDB quando eu achar que devo sair e se eu
achar que devo. Creio que o senador João Alberto jamais faria uma indelicadeza
dessas com uma deputada que teve mais de 77 mil votos, a deputada mais votada
do PMDB”, finalizou Andrea Murad.
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